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Full Version: Ori-Futuro - Onde queremos que a Orientação esteja em 2020 ?!?
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Bem vindos à "silly season",

Agosto é normalmente o mês das noticias vazias e das disputas disparatadas e por isso mesmo os media alimentam-se de "fait divers" e o rigor dá lugar à diversão (Vide tópico Ori-Live). Pois é exactamente isso que irei tentar contrariar com a formulação desta inquietante questão que me assaltou quando tentei fazer o balanço da década passada e cheguei à conclusão que pouco se pode identificar como progresso relevante da Orientação em Portugal nos últimos dez anos.

De facto, colectivamente conseguimos muito pouco para tornar a Orientação um desporto notado, praticado ou mesmo tolerado pela sociedade, pela administração, pelos media, em suma pelos Portugueses.

- Culpa nossa? Evidente que sim, somos os primeiros interessados e somos naturalmente as primeiras vitimas do nosso insucesso!
- Culpa das nossas organizações? Claro que sim, pois esta decorre naturalmente da primeira. Estas organizações (equipas, clubes, federação..) são uma emanação da nossa vontade; são organizações conduzidas por nós e por isso adoptam as nossas virtudes e os nossos defeitos por inteiro.

- Há solução? Claro que sim, mas não é simples e muito menos imediata. Implica uma reflexão profunda sobre o que somos realmente, onde nos inserimos e sobretudo o que queremos para o nosso futuro.

Este mês parece-me ideal (até porque estarei a trabalhar todo o mês Cool ) para dar o meu contributo sereno para moderar a busca de uma resposta inteligente e estruturada para a questão em apreço.

No entanto, é óbvio que gostaria que este exercício não fosse "um monólogo" e por isso convido-vos a todos a dar o vosso contributo para a discussão dos tópicos que quotidianamente irei propor sobre os aspectos nucleares que uma questão prospectiva como esta necessita considerar na formulação da sua resposta.

Em relação à oportunidade deste desafio, lembro os Orientistas Heart que haverá eleições para a FPO em breve (Setembro???) e que qualquer nova equipa que substitua os actuais dirigentes (que se esgotaram totalmente neste mandato) deve ser capaz de responder à questão formulada, e que a nós - os que participarmos, lendo, escrevendo e discutindo - nos compete ajuda-los na reflexão e na busca de uma luz que os guie num caminho sinuoso e difícil.

Por ultimo e para que não se especule desnecessariamente, confirmo a minha total indisponibilidade para assumir qualquer outra responsabilidade associativa que não seja a actual como Presidente da APCA, que felizmente, é por lei incompatível com o exercício de funções federativas relevantes.

Até logo ou até amanhã Smile,

Alexandre
Olá a todos,

Irei iniciar o enquadramento do problema por vos apresentar os dados mais recentes sobre a pratica desportiva na UE e sobretudo reflectir sobre os dados nacionais que são os que caracterizam o nosso universo de angariação de adeptos/ simpatizantes/ praticantes/ dirigentes/ ....

Do estudo realizado pelo EuroBarometro em 2009 e publicados em Março de 2010 ressaltam alguns dados significativos para Portugal:

9% da população faz desporto regularmente;
24% faz desporto com alguma regularidade;
11% faz desporto ocasionalmente;
55% não faz desporto nunca;
1% não respondeu.

17% da população faz regularmente outras actividades físicas para alem do desporto (caminhada, dança, jardinagem, etc.);
31% faz actividade física com alguma regularidade;
15% faz actividade física ocasionalmente;
36% não faz nada (é o nosso mais triste recorde Europeu);
1% não respondeu.

Ou seja, há no nosso país uma clara crise de falta de actividade física. Há razões diversas para isso, sobretudo ligadas à pouca tradição cultural das praticas desportivas nos países do sul da Europa, mas há sobretudo uma enorme oportunidade de tentarmos compreender como poderemos aproveitar esta desvantagem nacional em nosso proveito.

E como fazer?
Se calhar tendo a inteligência de criar novas oportunidades desportivas ou de prática de actividade física que sirvam esta esmagadora maioria da população nacional que se mantém inactiva e que os atraiam para uma pratica física simples e saudável.

Amanhã voltaremos ao estudo do Eurobarometro com mais dados e surpresas Big Grin !!!

Um abraço,
Alexandre
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Olá,
Tal como prometido vamos continuar a caracterização do nosso Universo de interesse, a população Portuguesa.

Olhando para os 9% que responderam que praticam desporto com regularidade (que por acaso estão na media Europeia) ressalta que o factor económico tem em Portugal um grande impacto (12% dos "afortunados" fazem desporto com regularidade contra apenas 5% dos "desafortunados").

Também resulta claro que os jovens são os que mais praticam regularmente desporto (sendo a proporção de 3,4 rapazes para uma rapariga - na UE é de 2,4). É também sintomático que nos homens mais idosos haja mais desportistas e que nas mulheres o pico (8%) se encontre no escalão 40-54 anos.

Importante para a Orientação é a questão (QF3) sobre o local onde se pratica desporto ou actividade física e a resposta de 39% que indica a natureza ou os parques é muito importante pois qualifica uma predisposição que é muito relevante para a angariação de novos participantes para a Orientação. No entanto, importa referir que há uma significativa diferença para a média europeia que é superior em 9 pontos percentuais.
É ainda importante perceber o desinteresse na pratica do desporto associativo (Clubes) face à pratica desportiva em espaços comerciais (Fitness) (a diferença percentual é só o dobro - o que está em total desacordo com a média europeia que coloca estes dois items em igualdade de preferencia).

Como podemos aproveitar a preferência pelo desporto ar livre dos nossos concidadãos? Se calhar tendo a inteligência de criar oportunidades nos locais que eles já desfrutam doutras formas (corrida, bike, passeio, etc) que não a Orientação, por ex: propondo frequentes eventos nos vários Parques dos Grandes Centros Urbanos e eventulmente complementado-os com uma sessão de Fitness Tongue para preparar o aquecimento.

Amanhã concluiremos a analise do Eurobarometro com mais dados e outras surpresas Cool !!!

Um abraço,
Alexandre
Olá novamente,

Como o Eurobarometro mostra (vide parte 2-3) e como decorre da vossa ausência de participação nesta discussão (pelo menos até agora Heart) a nossa vocação para ajudar não existe.

Apenas 2% dos nossos concidadãos se voluntaria para ajudar na organização de actividades desportivas, são 3,5 vezes menos que a média da UE e pasme-se 9 vezes menos que Finlandeses e Suecos que com os seus 18% nos deviam fazer reflectir.
Sobretudo, porque tantas vezes pretendemos transpor para Portugal os seus modelos de eventos sem nos apercebermos da diferença abismal que existe nos recursos disponíveis, sobretudo nos meios humanos).

Como seria natural esperar, os poucos voluntários que "ainda" temos, trabalham muito mais do que seria desejável para uma colaboração gratuita (e como já é regra, Portugal é mais uma vez campeão do "exagero" com cerca de 6% do universo dos voluntários a trabalharem "pro bono" mais de 40 horas por mês - Onde é que eu já vi isto? Confused ).

Outro dado muito significativo desta extrema generosidade é o facto de mais de 54% dos voluntários nacionais colaborar mais de 6 horas por mês. Esta regularidade devia levar os dirigentes a equacionar a formação adequada destes voluntários e a criação de condições estruturais para a melhoria da sua produtividade (regras básicas de organização e planeamento, manuais de procedimentos, soluções standard para secretariados, arenas, imprensa, WC's, etc....).

E qual é a solução para motivar mais e melhores voluntários? É simples, basta socorrer-mo-nos da "teoria dos Usos e Gratificações". Um voluntário plenamente realizado volta novamente como mais empenho e traz mais voluntários. Mas para isso temos de criar condições para que as pessoas se sintam úteis e compreendam plenamente o seu papel numa organização.
O modelo que vigora actualmente na Orientação e no desporto amador em geral é: Voluntário = Pau para toda a obra em prontidão permanente e com "carta de desenrasque"

Este estado de coisas, resulta de uma falta de cultura organizativa militante que vê no "desenrascanso" ferramenta permanente e na resposta sacramental que os dirigentes tem para tudo - "Há isso depois logo se vê!?" - que é um autentico passaporte para o erro....

Boa praia, boa sorte,
Alexandre

P.S: Há mais indicadores no Estudo que podem e devem explorar na Parte 2 do documento (nos 3 blocos). Amanhã há mais surpresas!!!
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Olá novamente,

Agradeço, como é natural, a pouca atenção com que os colegas "Orientistas" me tem brindado e que nesta "season" se satisfazem invariavelmente com o sabor a "sangue" que emana de outros tópicos Angry .

Ontem, infelizmente Undecided , não me foi possível dar continuidade a este esforço prospectivo pois aguardava os dados mais recentes do IDP que obtive hoje "oficiosamente" depois de uma palavrinha com o Presidente Sardinha !!!!

Pois bem a ciência diz-nos da análise da nossa evolução que seremos aproximadamente 3500 Orientistas federados (que são os que contam) em 2020 (vide análise em anexo).

É pouco dirão os optimistas, chega dirão os conservadores, é uma MER.. digo eu !!!!

Mas até não correu mal pois em doze anos (96-2008) triplicamos os números de atletas, o problema é que de 2004 para cá estagnamos, a nossa taxa de crescimento foi de 55 federados por ano o que é pouco, muito pouco para uma federação em que os seus clubes trabalharam tanto na dinamização de eventos nacionais e internacionais (nem uma pessoa nova por prova os nossos eventos conseguiram cativar).

Então como é que devemos fazer para cativar mais praticantes/ atletas federados? Não é difícil, outras federações fizeram-no com muito sucesso, nomeadamente o andebol e, sobretudo, o voleibol. Basta olhar para as suas estratégias de captação de novos praticantes para perceber o que nos faz falta fazer (e que infelizmente é muito).

É obvio que qualquer estratégia que desenvolvamos deve ser devidamente planeada, deve envolver todos e sobretudo deve ter metas concretas e meios disponíveis para a sua obtenção. Medidas avulsas e voluntariosas como as que temos adoptado são um ERRO CRASSO que infelizmente só nos tem frustrado.

Mas as estatísticas do Desporto dizem-nos muito mais e confirmam a nossa insignificancia desportiva, mas isso é para mais tarde, pois agora vou comer um geladinho na "Santini" que o Fim de Semana também é para mim, Big Grin ....

Boa tarde, Bom fim de Semana
Alexandre
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Olá mais uma vez,

Pois é, 0,45% será o valor mais provável da nossa contribuição em 2020 para o total de atletas federados do pais. É de facto uma contribuição insignificante e que infelizmente nos torna "invisíveis" para a Sociedade, para a Administração e para os Media (vide estudo em anexo).

No entanto, duplicamos na ultima década a nossa percentagem, mas infelizmente a este nível mesmo um resultado destes, fica muito aquém das legitimas expectativas dos Orientistas - passar de 0,25% para 0,50% continua a manter-nos no conjunto das federações residuais (agrupamento 5) e paradoxalmente as mais dispendiosas para os contribuintes (208 € de financiamento publico/por filiado) ??? (assunto a que voltaremos mais tarde).

E como é que saímos deste "anonimato desportivo" ?? Dificilmente!!! Esta é, infelizmente, a verdadeira resposta a esta questão. Em grande parte, devido às características intrínsecas do próprio desporto, dos locais onde se desenrolam as actividades e dos custos associados à sua prática.
No entanto, acredito que é possível "dar um salto quantico" e chegarmos ao patamar mínimo que nos deverá ser exigível (1,45% do desporto nacional = 1 em 69 Federações com UPD) mas para isso teríamos de triplicar os números actuais o que me parece, obrigaria a uma filosofia de gestão da FPO completamente diferente da actual e muito mais participada por todos - atletas, dirigente, técnicos e clubes - o que no contexto actual é infelizmente muito pouco provável (vide comunicado sobre a ultima Assembleia da FPO)!!!

Para amanhã reservei outros dados interessantes de posicionamento da Orientação face à Federação de referencia actual, "o Voleibol". E ainda um interessante artigo que explica porque é que o Andebol não teve idêntico sucesso e quebrou a sua dinâmica nos últimos anos.

Para a semana os tópicos centrar-se-ão no nosso posicionamento face às politicas publicas do Desporto e face à nova realidade Europeia neste domínio.

Boa praia, que eu agora vou aspirar a casa ..... Rolleyes se não .... não almoço...

Alexandre

Anexos: Estudo [attachment=12]
Estatísticas do Desporto - Fonte "O Publico" [attachment=13]
Olá novamente,

Como prometido Angel irei concluir a análise sobre o nosso Universo de "utilizadores" olhando para a nossa "radiografia" e comparando-a com as duas federações de referencia do Desporto nacional - Voleibol (2ª) e Andebol (3ª) do ranking Nacional.

Em primeiro lugar, importa referir que ressalta do gráfico comparativo do nº Global de Filiados que estávamos até 2007 a crescer em média ao nível das federações de referencia (6,35% ao ano contra os 7,2% do Voleibol e os 4,1% do Andebol).
Ou seja, estávamos supostamente no bom caminho .... então porque é que falhamos !!!

O que distingue uma aposta correcta é a sua "sustentabilidade futura" e enquanto os outros, que se destacam, se preocuparam a crescer nos jovens praticantes (7,15% no Voleibol e 4,36 no Andebol) nós crescemos sobretudo nos Adultos (5,02%) e muito pouco nos Jovens (1,34%). E como se isso não bastasse nos adultos crescemos sobretudo nos Veteranos (2,86%) contra apenas (2,1%) nos Seniores. Mas na realidade o problema é mais profundo, pois temos toda a pirâmide invertida, crescendo também menos (0,35%) nos mais jovens (pré-juniores) contra (0,98%) nos juniores Huh.

Ou seja, estaremos nós a "Matar o futuro da Orientação" ou a transforma-la num desporto da 3ª Idade (o que até pode ser interessante se considerarmos que esse é um nicho de futuro para o Desporto e para as actividades económicas em geral).

E de onde sairão os futuros campeões???? Numa federação tão obcecada com a competição???? Será que alguém está convencido que é possível ter sucesso com um modelo de desenvolvimento destes??? Eu, pessoalmente, não creio que tal seja possível e a "minha formação cristã" leva-me a acreditar em "Milagres" !....

Por ultimo, e porque me parece importante referir o papel das mulheres no futuro do desenvolvimento desportivo de Portugal, importa compreender que o sucesso do Voleibol que recentemente destronou o Andebol se deveu sobretudo às mulheres.
E porque? Porque o Voleibol é uma das pouca federações exemplares quanto ao equilíbrio entre os géneros (com repartição idêntica 50% para cada) e com taxas de crescimento iguais - 3,6%. O Andebol e sobretudo a Orientação seguiram uma filosofia de crescimento apoiada no sexo masculino (2,1% no caso do Andebol e 4,3% para a Orientação).

Será possível salvar a Orientação deste cenário fatalista? Claro que sim mas primeiro temos de nos convencer que a linha de rumo seguida foi ERRADA! E depois teremos de ter a humildade, tal como já referi anteriormente, de estudar os planos de desenvolvimento destas federações de sucesso (sobretudo o Voleibol) e tentar reflectir sobre o que poderemos aprender com eles e transpor para a Orientação (que tem "condições de fronteira" bem diferentes destes desportos).

Amanhã haverá mais novidades, e mantenham-se calados SFF, pois o vosso silencio é d'Ouro Wink Big Grin Tongue

Um abraço,
Alexandre

Estudo Comparativo
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Artigo Andebol
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P.S: Utilizei para a adimensionalização dos dados os máximos históricos de cada Federação - (Voleibol(2008) = 40898 filiados, Andebol(2008) = 33902 e Orientação(2007) = 2344).
Olá a todos,

Estará a Orientação em linha com as Políticas Publicas Desportivas ou navegamos à vista ao sabor de conveniências particulares?

O Artª 13 do Estatuto Jurídico das Federações Desportivas, que se encontra incluído na Secção II - do Estatuto de Utilidade Publica Desportiva dá-nos na alínea a) o DIREITO de participar na definição da Política Desportiva Nacional. E no seu ponto 3, o DEVER, entre outros, de cumprir os objectivos de Desenvolvimento e Generalização da Prática Desportiva.

Porque este é um assunto central para o nosso desenvolvimento futuro, vale a pena levar alguns dias a compreender a sua importância e sobretudo perceber como a atitude laxista, de permanente ausência dos dirigentes da Orientação dos fóruns de discussão da Política Desportiva, nos tem sistematicamente afastado dos nossos direitos e deveres públicos !!!!

Para iniciar o enquadramento do tema, proponho-vos a leitura de um extracto de uma recente publicação (2009) de um dos especialistas nacionais nesta matéria (Mestre José Pinto Correia) que demonstra que em Portugal, a atitude da FPO é infelizmente muito comum (a navegação à vista), e que o prejuízo que isso causa é de facto muito difícil de ultrapassar.

E o que temos de fazer para nos alinharmos com as Políticas Publicas Desportivas? É simples, primeiro temos de as conhecer (ou propor), depois temos de as debater e por fim temos de as aceitar e cumprir (vide exemplo do Voleibol), nem que para isso os interesses particulares, de muito poucos, tenham de ser "beliscados".

Boa semana de praia ou trabalho, como se aplicar melhor Wink Wink Wink

Alexandre

P.S: Extracto do Capitulo I - "Políticas Públicas e Desenvolvimento do Desporto" do livro - "O Desporto e o Estado: Ideologias e Práticas", Edições Afrontamento, 2009.
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Olá a todos Dodgy,

No seu Programa e nas Grandes Opções do Plano para 2010-2013, o XVIII Governo Tongue preconiza a missão de Mais Desporto, Melhor Qualidade de Vida, suportada numa visão de Serviço Público do Desporto e faz 18 propostas (vide anexo) das quais destaco 8 pela sua importância para a Orientação

1. Generalizar a prática da actividade física e desportiva, apoiar projectos destinados às famílias, incentivar a participação desportiva da mulher, estimular a prática desportiva junto dos idosos;

Comentário - O exemplo das muitas "famílias" de Orientistas e a nossa taxa de crescimento nos atletas Veteranos deviam ser razão suficiente para a FPO ter um projecto de desenvolvimento nesta área. Será que tem, alguém conhece ?!?!

2. Apostar no contributo do associativismo de base, promovendo o desporto em proximidade, sem discriminações derivadas do género, de deficiência ou proveniência étnica ou cultural;

Comentário - Qual é a politica da FPO nesta área ?? - Quantos novos clubes/praticantes surgiram (ou irão surgir) no interior do Pais, sobretudo na zona raiana, que tem sido aposta dos nossos agentes para grandes eventos internacionais - MTB WOC e POM2011-Norte Alentejano ??

3. Implementar um Programa Nacional de Ética no Desporto, instituindo, de forma sistemática, acções de prevenção, formação e sensibilização adequadas à diversidade do sistema desportivo, às diferentes classes etárias, com prioridade junto dos jovens, actualizando permanentemente o combate à dopagem, à corrupção e violência no desporto, e a defesa da verdade desportiva.

Comentário - Esta é uma das áreas em que a FPO poderia dar um contributo importante à comunidade desportiva pois possui (nas CA) algumas das ferramentas que são utilizadas noutros contextos (laborais, grupos de risco, etc.) para fazer formação nestas competências comportamentais. - Será que a FPO já se posicionou nesse sentido ou está "perdida" no limbo tal como o "GUIA DE BOAS PRÁTICAS AMBIENTAIS" está perdido no Site da FPO ??

4. Desenvolver um programa de investimento em infra-estruturas desportivas focado na reabilitação e requalificação das Cidades, orientado para a oferta desportiva em proximidade e a acessibilidade real dos cidadãos à prática desportiva, em parceria com as autarquias;

Comentário - É aqui que cabem os mapas de Parque, Urbanos, das Escolas, etc..etc.. Será que a FPO já tem um plano para se alinhar com esta proposta????

5. Reforçar a aposta nos eventos desportivos que promovam Portugal, qualifiquem o desporto nacional e incentivem os cidadãos à prática desportiva, em cooperação com a estratégia do turismo e da economia;

Comentário - Qual é o plano da FPO para promover Portugal como destino turístico da Orientação e da Aventura??? Basta só dizer que temos os melhores mapas de Corrida de Aventura do Mundo, graças obviamente ao nosso IGEOE !!!!

6. Reforçar a cooperação bilateral e multilateral, com especial relevo para os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e para os países da União Europeia, e manter a aposta em eventos desportivos congregadores da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, designadamente os Jogos Desportivos da CPLP e os Jogos da Lusofonia.

Comentário - Sabiam que a Orientação esteve presente a semana passada nos jogos da Lusofonia!!!! É verdade foi no coração do Duarte (Vice-chefe da Delegação). É óbvio que sendo nós os pioneiros no apoio ao lançamento da Confederação Brasileira ficamos muito cansados e são agora os espanhóis que estão em Moçambique !!!! Qual é o plano da FPO para esta área tão importante ????

7. Concertar com as federações desportivas de utilidade pública os caminhos de sustentação económica da sua actividade, nos termos legítimos da relação que o Estado deve continuar a manter com a autonomia associativa e no respeito pela justa e livre concorrência;

Comentário - Será sustentável uma federação que depende em mais de 50% das verbas do Estado??? Qual é o plano para nos libertarmos desta dependência ?!?? Quais as vias indicadas pelo financiador ??!!

8. Estimular condições de participação e quadros competitivos que diminuam os custos para os clubes e contribuam para a sua sustentabilidade desportiva e financeira; e adequar o regime fiscal geral à especificidade do desporto e aos diferentes agentes desportivos, normalizando critérios e regras fiscais e contributivas, bem como actualizar os benefícios fiscais no quadro do Mecenato Desportivo.

Comentário - Os quadros competitivos da Orientação são demasiado CAROS e EXTENSOS para a generalidade dos nossos concidadãos e nunca se ouviu falar em estímulos à participação ou em "Mecenato Desportivo" por estas bandas.
Direção da FPO, em ficamos??? Quais as medidas para evitar a "sangria" permanente de atletas que, sobretudo por questões económicas, acabam por desistir da modalidade (em media mais de 247 por ano desde 2003)???

Ou seja, o único "alinhamento" que encontro no plano da FPO com a Administração Desportiva é a frase lapidar com que nos brinda todos os anos (no ultimo foi retocada) - " ... temos gerido de forma exemplar os recursos que nos são disponibilizados mas temos de voltar a referir à Tutela que se não forem disponibilizados à FPO os recursos financeiros que lhe permitam lidar com a realidade da modalidade o futuro da Orientação estará comprometido ...."

Amanhã haverá mais, "Stay Tune" Angel

Alexandre

Anexo: Extracto do Plano de Actividades de 2010 do IDP.
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Olá a todos Rolleyes,

Outra das frases lapidares da Orientação Idea tem sido o estafado apelo: - "…. apelamos à melhor atenção da Tutela (Instituto do Desporto de Portugal) para a situação particular da Orientação…."

Como já referi somos mais ou menos insignificantes no desporto nacional e somos só um em várias centenas (quica milhares) de "StakeHolders" envolvidos na actividade do IDP (vide Extrato1 do Plano do IDP publicado ontem). Por isso é de esperar que não seja muita, a "atenção" que nos pode ser facultada e por isso, importa perceber como poderemos aumentar a nossa notoriedade junto do nosso principal/único "Financiador/Cliente?".

Primeiro que tudo, importa compreender quais são os objectivos do IDP, ou seja, quais são, na prática, as principais motivações e linhas de actuação em que nos podemos incluir e das quais beneficiar (mutuamente).

Da analise que se pode fazer aos Objectivos plasmados no Plano do IDP para 2010 (vide Anexo) ressalta claro que a área dos financiamentos ao Associativismo Desportivo é uma "outra grande prioridade" - ou seja traduzindo para linguagem comum, é na prática uma mera obrigação que aparece em ultimo lugar na escala de prioridades do IDP - E por acaso, é só aquela em que invariavelmente a Orientação tem estado interessada!!!

Pois é, somos insignificantes e só estamos interessados em algo que para o IDP é apenas uma obrigação de rotina??? Se calhar é por isso que eles não nos ligam grande coisa !!!!

Então e o que que interessa realmente ao IDP? Simples, basta uma vista de olhos ao seu QUAR para perceber quais são os reais objectivos estratégicos e operacionais da sua direcção. Surpresa, ou talvez não Cool, palavras chave como - "associativismo desportivo" desaparecem por completo e aparecem outras coisas como:

(Obj. Estratégicos)
- Promover a generalização da actividade física e do desporto;
- Reforçar a formação dos agentes desportivos.


(Obj. Operacionais)
- Centros Municipais de Actividade Fisica e Desporto;
- Programa Marcha e Corrida (Actividades e Participantes);
- Certificação e Formação de Treinadores;
- Centros de Alto Rendimento;
- Avaliação e controlo do Treino dos Praticantes Desportivos;
- Relatórios de Avaliação e Exames Médicos de Atletas;
- Gestão da Qualidade;
- Manual de Boas Práticas …;


E é por aqui que os nossos "financiadores" vão ser avaliados, ou seja, é pelo cumprimento destes objectivos que, em primeira linha, terão de prestar contas. Por isso se quisermos ser "prestativos" à Tutela teremos é que nos alinhar com estas preocupações e esquecer as "fantasias competitivas" ou os "apelos vãos" a orelhas necessariamente moucas.

Já agora, alguém sabe qual é a participação da Orientação neste novo "Programa Marcha e Corrida" do IDP? Se não sabem, amanhã irão descobrir Big GrinBig GrinBig Grin !!!!


Um abraço do
Alexandre

P.S: Em "futebolês" já lá vão dez "secos" ou como quem diz, sem resposta, eh, eh, eh, eh……. estamos a deixa-los sem fôlego !!!!

Anexo - Extracto 2 do Plano IDP 2010
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