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Full Version: Ideias e Projectos 0 - Intriga e Maledicência 2
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Caros companheiros
No final da Assembleia Geral da FPO de Gouveia li uma declaração sobre a minha percepção do momento actual da orientação (em anexo a totalidade do documento escrito, do qual li apenas o 1º ponto). Alguns dos delegados sentiram-se atingidos, muitos acharam que não tinham nada a haver com isso mas alinharam com os primeiros e abandonaram a AG, alguns ficaram até ao fim e deram-nos alento para lutarmos por aquilo em que acreditamos.
Do que escrevi e disse não me arrependo uma palavra, porque sinto que é o estado actual da modalidade e aquele foi o meu exercício de direito à indignação.
No mês que mediou as 2 AG nada mudou, a conversa de "caserna" continuou a imperar e os boatos a predominar.
A semana passada, apesar do esforço em melhorar o Plano e Actividades/Orçamento e de dialogar com o Conselho Fiscal, este orgão emitiu novo parecer negativo, com os mesmos princípios (tentativa de descredibilização de qualquer ideia inovadora que permita um salto qualitativo da modalidade, caça às bruxas e preconceito).
Na AG de Alter, mais uma vez verificou-se o desconhecimento do que ali estava realmente em discussão (projectos para o futuro da modalidade) e privilegiou-se a necessidade de responder à maledicência.
Apesar de mais uma intervenção extremamente lúcida e assertiva do Tiago Aires (um jovem que tive o privilégio de ver crescer na modalidade, criar o seu próprio caminho e com o qual tenho o orgulho de agora aprender algo mais sempre que com ele privo), que apelou aos delegados para tomarem decisões baseadas nos grandes interesses da modalidade em vez dos pequenos interesses e poderes da pessoa ou clube A ou B, nada mudou no que estava previamente arregimentado.
Pela 2ª vez o Presidente e a direcção da FPO viram o Plano de Actividades e o Orçamento rejeitado e, por falta de condições para continuar a lutar pelos projectos em que acreditam, pediram a renuncia aos seus mandatos.
Vi com mágoa a votação de alguns amigos que prezo e jovens que representam o futuro da modalidade, mas na vida de quando em vez temos estas desilusões.
Quanto ao futuro, como esta modalidade não tem espaço para as ideias inovadoras e projectos acho que estou cá a mais. Vou cumprir com os compromissos que assumi:
- Assegurar as minhas funções de vogal da direcção até que a próxima esteja em funções;
- Realizar a supervisão da prova de O-BTT de Grândola;
- Apoiar os meus colegas de clube para concretizarem o plano de actividades;
- Continuar a treinar os jovens do GDU Azoia pelo menos até Julho.
A partir daqui vou-me dedicar a outros projectos, a ensinar Orientação (na escola e a partir de dia 10/3 na universidade), com o mesmo entusiasmo de sempre e, sempre que possível, praticar orientação como lazer (nos calendários da Extremadura Espanhola ou da Andaluzia ou nos grandes eventos de verão por essa Europa fora).
Não digo até nunca mais (como o grande salvador da orientação que se prepara para mais um regresso triunfal) pois daqui a alguns anos tenho esperança que os jovens "livres pensadores" consigam dar a volta a este estado de baixa intriga que empesta a modalidade e consiga então estar na modalidade que conheci e adoptei há 24 anos.

Um abraço
Jorge Baltazar
Olá Jorge e restantes directores da FPO Smile,

Em primeiro lugar quero dar-vos conta do orgulho que sinto por ter tido a oportunidade de com o Jorge e os restantes membros da direcção da FPO lutar estes longos meses por um futuro para a Orientação.

Vocês são para mim o "Dream Team" que a Orientação desprezou e dificilmente voltará a reunir. Paciência, desta vez o vosso rigor e assertividade não foram capazes de vencer o pântano da intriga e da maledicência!!! No entanto, fiquem certos que a semente foi plantada e germinará pois as ideias que nós defendemos não tiveram, nem terão por inépcia desta oposição "amigada", qualquer proposta alternativa e serão seguramente a ilha ideológica que salvará a modalidade do naufrágio que se avizinha.

Como disse na assembleia irei assumir o papel de faroleiro (é o que entendo deve ser um mandatário de uma lista) e pelo verbo irei tentar evitar o naufrágio da modalidade. Como todos se aperceberam existe um enorme temor sobre o que ai vem (sobretudo o medo de represálias) e por isso será sempre uma empresa arriscada aparecer como alternativa (aliás isso foi notório em todo este processo), por isso terei todo o gosto em contar com a ajuda e disponibilidade de todos para montar uma lista credível e combativa.

De resto, concordo incondicionalmente com a iniciativa do Jorge ou de qualquer um de vós em tornar publicas as vossas reflexões individuais.

Um enorme abraço,

Alexandre
Presidente da FPO (Demissionário)


PS: Em Anexo reproduzo em texto corrido o documento que o Jorge anexou.

Intervenção de Jorge Baltazar na AG de Gouveia

1º assunto - O clima no seio da modalidade

A Orientação vive há vários anos num clima de hipocrisia e paz podre. Nos anteriores mandatos a AG estava condicionada por um membro que proferia discursos desconcertantes e por vezes ofensivos. Os delegados ouviam, consentiam as barbaridades proferidas e salvo raras excepções, nada diziam, ou comiam e calavam, talvez movidos compadrios e interesses menos claros. No presente mandato, finalmente livres da ditadura militar, dão largas à sua liberdade e aniquilam logo à partida as ideias validas de uma das poucas pessoas que apareceu nos últimos anos, no seio da modalidade, com ideias e projectos. Por outro lado temos 1/2 dúzia de pseudo jornalistas, blogers e pretendentes a opinion-makers que utilizam os seus espaços para fazer eco de toda e qualquer questão que possa por em causa os órgãos dirigentes da modalidade. Como têm necessidade de protagonismo são persistentes e minam a modalidade com constantes artigos de opinião e comentários que, de construtivos pouco ou nada têm. Temos ainda um conjunto de atletas que em vez de se preocuparem em fazer o que sabem fazer bem, perdem o seu tempo a fazer comentários nos seus blogues e a tentar mostrar que são muito bons porque treinam 200Km/mes ou 12h/semana (se calhar têm desculpa porque ficam muito cansados e deixam de pensar). Ainda bem que estão a treinar. Quando tiverem oportunidade vão mostrar que são bons ou que o treino fez efeito. Não vale a pena porem-se em bicos de pés ou gritar porque na floresta é que têm que ser bons. A direcção da FPO e a DTNacional estão a trabalhar no planeamento do trabalho das selecções/rendimento como nunca se trabalhou até aqui, mas sem ter uma decisão sobre o financiamento não pode assumir em pleno as suas opções. Conhecemo-nos todos uns aos outros, o que por um lado é bom , mas tem como reverso da medalha o comportamento de comadres que vão comentando e decidindo a vida do “bairro” com alianças circunstanciais, comentários no “solo duro” e troca de impressões por e-mail.. Está na hora de acabar com a hipocrisia na orientação. Esta AG tem que assumir que esta direcção representa a nossa modalidade e tem que dar um sinal inequívoco de apoio à mudança no paradigma de funcionamento e gestão da modalidade, ou então rejeitam os 3 documentos e criam realmente uma situação de desgoverno da modalidade e talvez assim consigamos ter destaque nas notícias dos OCS a sério. De uma coisa podem ter a certeza, eu não estou disposto aturar este clima negativo que envolve a modalidade, pelo que hoje tomarei decisões quanto ao meu futuro na modalidade, não sendo de descartar o abandono, como fez o anterior pres. da mesa da AG.

2º assunto - O parecer do CF

O documento produzido pelo CF não me surpreendeu nada porque estava à muito predefinido e demonstra o claro preconceito do seu Pres. - Já na anterior AG o CF extravasou as suas competências ao emitir um parecer sobre um documento de trabalho que não foi posto à sua apreciação para emissão de parecer. Nessa altura tinham que mostrar preocupação e cingir-se às questões relacionadas com a falta do PA e do Orçamento, tudo o resto foi um exercício de alimentação do ego do Pres do CF e o prelúdio para o actual parecer. É claro que depois de colocar a fasquia tão alta não ia emitir um parecer favorável e perder mais um momento de protagonismo e os 5 minutos de fama entre os leitores do Orientovar. - Só consigo entender a postura do Pres. do CF e da demissionária Pres. CD à luz de interesses obscuros e contrários ao interesse da modalidade. - O Parecer do CF faz juízos de valor baseados no preconceito da remuneração dos membros eleitos, levantando uma suspeita sobre a intenção dos membros que propõem o orçamento auferirem dividendos do seu trabalho voluntário através do pagamento das deslocações. Será que para além do trabalho voluntário, e do apoio que não dou à família, também tenho que retirar ao orçamento familiar verbas para as deslocações que tenho que fazer em prol da modalidade? Não contem comigo para isso, até porque o orçamento não dá. - O CF mistura o parecer propriamente dito com queixumes e atitudes de caça às bruxas, procurando criar suspeição sobre situações de incompatibilidade de membros da direcção. A propósito, refiro que eu não reuno condições para fazer parte do OS da FPO, pois estou a incorrer em 3 incompatibilidade: sou treinador (e não abdico dessa condição, porque me dá gozo e não há alternativa no clube), apesar de ter pedido a demissão da direcção do GDU Azoia continuo a liderar a secção de orientação (assino documentos e ofícios enviados à FPO e outras entidades, passo cheques e auxilio a Pres da Direcção em muitos dos assuntos); Sou árbitro (ainda anteontem fui a Grândola fazer uma visita no âmbito da supervisão da prova do CN Alvito. Já agora alerto para o facto de no CA haverem varias situações de incompatibilidade (conselheiros que são nomeados supervisores).
- Face à postura do Pres do Cons. Fiscal (porque dos outros conselheiros nunca tivemos nenhum motivo para duvidar da sua postura e idoneidade) a direcção decidiu manter um relacionamento apenas no âmbito do que está definido na lei e no Reg. Geral, evitando assim desgastar-se e perder o seu precioso e escasso tempo a alimentar o ego e os interesses obscuros do seu Pres.

3º AssuntoA representação na AG

Mais uma vez temos uma AG em que os representantes das classes e dos atletas estão-se a representar a si próprios, porque não houve auscultação das posições dos que representam. No meu caso, estou representado por 4 delegados, que são o rep dos praticantes veteranos de O-Ped; Rep dos praticantes veteranos de O-BTT, Rep dos praticantes de CAs, Rep dos supervisor e o Rep dos treinadores. (felizmente a direcção não nomeou ainda o Dep. de cartografia, porque seria mais um representante de si próprio),
Como não fui auscultado sobre a posição a tomar na votação dos documentos enviados para apreciação, solicito aos delegados que me representam que se abstenham na votação dos documentos postos a apreciação previa (PE, PA Orçamento). Caso estas abstenções não aconteçam tenho intenção de impugnar a AG.
Assim, com um pedido de desculpas à mesa, solicito que sejam identificados perante a assembleia todos os delegados presentes e que em cada votação seja também referido o voto de cada delegado.
Boa noite a todos,

Estava fora do meu pensamento intervir neste e noutros fóruns sobre este assunto. E porquê?

Porque no meu entendimento, o que tinha que se dizer e fazer, foi dito e foi feito em sede própria, ou seja: Nas três, (três!!!) Assembleias Gerais marcadas e realizadas para o efeito.
Na elaboração dos documentos, (que são públicos!), nas suas análises, (que são públicas!), na sua defesa, (pela Direcção) e finalmente nas decisões da Assembleia Geral, que em última instância é quem manda!

Meus amigos: Os projectos e as ideias podem ser muito interessantes e aparentemente coerentes, mas isso não basta: Para serem exequíveis, têm de ser financiáveis! E a evidência do financiamento esteve sempre muito ausente. Essa foi a questão em tempos de crise.

Ainda vou deixar mais duas ou três ideias pessoais, mas que provavelmente não estarão muito longe do pensamento dos meus colegas do Conselho Fiscal. Até para acalmar um pouco a poeira que parece toldar algumas mentes brilhantes, que pouco mais vêm para além do seu umbigo, pensando que todos os outros são cegos:

1- O C. Fiscal apenas se pronunciou sobre documentos e factos que lhe foram apresentados e os pareceres são públicos!
2 - O C. Fiscal sempre foi, é e será colaborante. Sempre esteve disponível e sempre contribuiu com ideias e sugestões para a elaboração dos documentos.
3 - O C. Fiscal apenas actuou dentro do limite das suas competências, com total isenção e pugnou sempre, por ajudar a encontrar o melhor caminho para a FPO e para as modalidades que esta representa.
Contudo, tenho que reconhecer que o C. Fiscal nunca se deixou intimidar com ameaças e provocações, que ainda continuam, neste e noutros fóruns!

Um abraço e tudo de bom para a modalidade e para os seus apoiantes.

2343 - Fernando Feijão.
Caro Feijão,

A avaliação da vossa prestação será seguramente feita por todos quando ficar claro o que vos move mas a poeira, essa continua a ser levantada por frases como esta ....

"Os projectos e as ideias podem ser muito interessantes e aparentemente coerentes, mas isso não basta: Para serem exequíveis, têm de ser financiáveis! E a evidência do financiamento esteve sempre muito ausente. Essa foi a questão em tempos de crise.".

Para se conhecer a "Evidencia" de algo é sempre necessário conhecer a sua Origem e a sua Justificação - ora isso, é algo que é clarissimo e elequoente em todas as alineas de receita dos planos que vos foram formalmente apresentados. A vocês caber-vos-à a seu tempo, explicar as sórdidas motivações que conduziram e toldaram o vosso juízo, em todo este Carnaval. WinkWink

Alexandre
Caros Presidente e Direcção da FPO,

Muito poderia (e pode) ser acrescentado aqui para ilustrar todo este "Carnaval", mas prefiro chamar a atenção para o último parágrafo do vosso Comunicado ainda disponível no site da FPO:

"Nós saberemos aceitar com serenidade e assertividade o vosso veredicto."

É agora a altura de o demonstrar na prática!

Um abraço,

Luís Sérgio
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