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Ori-Futuro - Onde queremos que a Orientação esteja em 2020 ?!? - alix - 08-01-2010 11:32 PM Bem vindos à "silly season", Agosto é normalmente o mês das noticias vazias e das disputas disparatadas e por isso mesmo os media alimentam-se de "fait divers" e o rigor dá lugar à diversão (Vide tópico Ori-Live). Pois é exactamente isso que irei tentar contrariar com a formulação desta inquietante questão que me assaltou quando tentei fazer o balanço da década passada e cheguei à conclusão que pouco se pode identificar como progresso relevante da Orientação em Portugal nos últimos dez anos. De facto, colectivamente conseguimos muito pouco para tornar a Orientação um desporto notado, praticado ou mesmo tolerado pela sociedade, pela administração, pelos media, em suma pelos Portugueses. - Culpa nossa? Evidente que sim, somos os primeiros interessados e somos naturalmente as primeiras vitimas do nosso insucesso! - Culpa das nossas organizações? Claro que sim, pois esta decorre naturalmente da primeira. Estas organizações (equipas, clubes, federação..) são uma emanação da nossa vontade; são organizações conduzidas por nós e por isso adoptam as nossas virtudes e os nossos defeitos por inteiro. - Há solução? Claro que sim, mas não é simples e muito menos imediata. Implica uma reflexão profunda sobre o que somos realmente, onde nos inserimos e sobretudo o que queremos para o nosso futuro. Este mês parece-me ideal (até porque estarei a trabalhar todo o mês ) para dar o meu contributo sereno para moderar a busca de uma resposta inteligente e estruturada para a questão em apreço. No entanto, é óbvio que gostaria que este exercício não fosse "um monólogo" e por isso convido-vos a todos a dar o vosso contributo para a discussão dos tópicos que quotidianamente irei propor sobre os aspectos nucleares que uma questão prospectiva como esta necessita considerar na formulação da sua resposta. Em relação à oportunidade deste desafio, lembro os Orientistas que haverá eleições para a FPO em breve (Setembro???) e que qualquer nova equipa que substitua os actuais dirigentes (que se esgotaram totalmente neste mandato) deve ser capaz de responder à questão formulada, e que a nós - os que participarmos, lendo, escrevendo e discutindo - nos compete ajuda-los na reflexão e na busca de uma luz que os guie num caminho sinuoso e difícil. Por ultimo e para que não se especule desnecessariamente, confirmo a minha total indisponibilidade para assumir qualquer outra responsabilidade associativa que não seja a actual como Presidente da APCA, que felizmente, é por lei incompatível com o exercício de funções federativas relevantes. Até logo ou até amanhã , Alexandre Sabia que somos os recordistas Europeus da inactividade? - alix - 08-02-2010 07:17 PM Olá a todos, Irei iniciar o enquadramento do problema por vos apresentar os dados mais recentes sobre a pratica desportiva na UE e sobretudo reflectir sobre os dados nacionais que são os que caracterizam o nosso universo de angariação de adeptos/ simpatizantes/ praticantes/ dirigentes/ .... Do estudo realizado pelo EuroBarometro em 2009 e publicados em Março de 2010 ressaltam alguns dados significativos para Portugal: 9% da população faz desporto regularmente; 24% faz desporto com alguma regularidade; 11% faz desporto ocasionalmente; 55% não faz desporto nunca; 1% não respondeu. 17% da população faz regularmente outras actividades físicas para alem do desporto (caminhada, dança, jardinagem, etc.); 31% faz actividade física com alguma regularidade; 15% faz actividade física ocasionalmente; 36% não faz nada (é o nosso mais triste recorde Europeu); 1% não respondeu. Ou seja, há no nosso país uma clara crise de falta de actividade física. Há razões diversas para isso, sobretudo ligadas à pouca tradição cultural das praticas desportivas nos países do sul da Europa, mas há sobretudo uma enorme oportunidade de tentarmos compreender como poderemos aproveitar esta desvantagem nacional em nosso proveito. E como fazer? Se calhar tendo a inteligência de criar novas oportunidades desportivas ou de prática de actividade física que sirvam esta esmagadora maioria da população nacional que se mantém inactiva e que os atraiam para uma pratica física simples e saudável. Amanhã voltaremos ao estudo do Eurobarometro com mais dados e surpresas !!! Um abraço, Alexandre [attachment=5] E nós até gostamos de ar-livre ?!?! - alix - 08-04-2010 12:21 AM Olá, Tal como prometido vamos continuar a caracterização do nosso Universo de interesse, a população Portuguesa. Olhando para os 9% que responderam que praticam desporto com regularidade (que por acaso estão na media Europeia) ressalta que o factor económico tem em Portugal um grande impacto (12% dos "afortunados" fazem desporto com regularidade contra apenas 5% dos "desafortunados"). Também resulta claro que os jovens são os que mais praticam regularmente desporto (sendo a proporção de 3,4 rapazes para uma rapariga - na UE é de 2,4). É também sintomático que nos homens mais idosos haja mais desportistas e que nas mulheres o pico (8%) se encontre no escalão 40-54 anos. Importante para a Orientação é a questão (QF3) sobre o local onde se pratica desporto ou actividade física e a resposta de 39% que indica a natureza ou os parques é muito importante pois qualifica uma predisposição que é muito relevante para a angariação de novos participantes para a Orientação. No entanto, importa referir que há uma significativa diferença para a média europeia que é superior em 9 pontos percentuais. É ainda importante perceber o desinteresse na pratica do desporto associativo (Clubes) face à pratica desportiva em espaços comerciais (Fitness) (a diferença percentual é só o dobro - o que está em total desacordo com a média europeia que coloca estes dois items em igualdade de preferencia). Como podemos aproveitar a preferência pelo desporto ar livre dos nossos concidadãos? Se calhar tendo a inteligência de criar oportunidades nos locais que eles já desfrutam doutras formas (corrida, bike, passeio, etc) que não a Orientação, por ex: propondo frequentes eventos nos vários Parques dos Grandes Centros Urbanos e eventulmente complementado-os com uma sessão de Fitness para preparar o aquecimento. Amanhã concluiremos a analise do Eurobarometro com mais dados e outras surpresas !!! Um abraço, Alexandre E somos tão poucos a ajudar !!! - alix - 08-04-2010 11:49 AM Olá novamente, Como o Eurobarometro mostra (vide parte 2-3) e como decorre da vossa ausência de participação nesta discussão (pelo menos até agora ) a nossa vocação para ajudar não existe. Apenas 2% dos nossos concidadãos se voluntaria para ajudar na organização de actividades desportivas, são 3,5 vezes menos que a média da UE e pasme-se 9 vezes menos que Finlandeses e Suecos que com os seus 18% nos deviam fazer reflectir. Sobretudo, porque tantas vezes pretendemos transpor para Portugal os seus modelos de eventos sem nos apercebermos da diferença abismal que existe nos recursos disponíveis, sobretudo nos meios humanos). Como seria natural esperar, os poucos voluntários que "ainda" temos, trabalham muito mais do que seria desejável para uma colaboração gratuita (e como já é regra, Portugal é mais uma vez campeão do "exagero" com cerca de 6% do universo dos voluntários a trabalharem "pro bono" mais de 40 horas por mês - Onde é que eu já vi isto? ). Outro dado muito significativo desta extrema generosidade é o facto de mais de 54% dos voluntários nacionais colaborar mais de 6 horas por mês. Esta regularidade devia levar os dirigentes a equacionar a formação adequada destes voluntários e a criação de condições estruturais para a melhoria da sua produtividade (regras básicas de organização e planeamento, manuais de procedimentos, soluções standard para secretariados, arenas, imprensa, WC's, etc....). E qual é a solução para motivar mais e melhores voluntários? É simples, basta socorrer-mo-nos da "teoria dos Usos e Gratificações". Um voluntário plenamente realizado volta novamente como mais empenho e traz mais voluntários. Mas para isso temos de criar condições para que as pessoas se sintam úteis e compreendam plenamente o seu papel numa organização. O modelo que vigora actualmente na Orientação e no desporto amador em geral é: Voluntário = Pau para toda a obra em prontidão permanente e com "carta de desenrasque" Este estado de coisas, resulta de uma falta de cultura organizativa militante que vê no "desenrascanso" ferramenta permanente e na resposta sacramental que os dirigentes tem para tudo - "Há isso depois logo se vê!?" - que é um autentico passaporte para o erro.... Boa praia, boa sorte, Alexandre P.S: Há mais indicadores no Estudo que podem e devem explorar na Parte 2 do documento (nos 3 blocos). Amanhã há mais surpresas!!! [attachment=7][attachment=9][attachment=10] Só seremos 3500 em 2020 !? - alix - 08-06-2010 07:43 PM Olá novamente, Agradeço, como é natural, a pouca atenção com que os colegas "Orientistas" me tem brindado e que nesta "season" se satisfazem invariavelmente com o sabor a "sangue" que emana de outros tópicos . Ontem, infelizmente , não me foi possível dar continuidade a este esforço prospectivo pois aguardava os dados mais recentes do IDP que obtive hoje "oficiosamente" depois de uma palavrinha com o Presidente Sardinha !!!! Pois bem a ciência diz-nos da análise da nossa evolução que seremos aproximadamente 3500 Orientistas federados (que são os que contam) em 2020 (vide análise em anexo). É pouco dirão os optimistas, chega dirão os conservadores, é uma MER.. digo eu !!!! Mas até não correu mal pois em doze anos (96-2008) triplicamos os números de atletas, o problema é que de 2004 para cá estagnamos, a nossa taxa de crescimento foi de 55 federados por ano o que é pouco, muito pouco para uma federação em que os seus clubes trabalharam tanto na dinamização de eventos nacionais e internacionais (nem uma pessoa nova por prova os nossos eventos conseguiram cativar). Então como é que devemos fazer para cativar mais praticantes/ atletas federados? Não é difícil, outras federações fizeram-no com muito sucesso, nomeadamente o andebol e, sobretudo, o voleibol. Basta olhar para as suas estratégias de captação de novos praticantes para perceber o que nos faz falta fazer (e que infelizmente é muito). É obvio que qualquer estratégia que desenvolvamos deve ser devidamente planeada, deve envolver todos e sobretudo deve ter metas concretas e meios disponíveis para a sua obtenção. Medidas avulsas e voluntariosas como as que temos adoptado são um ERRO CRASSO que infelizmente só nos tem frustrado. Mas as estatísticas do Desporto dizem-nos muito mais e confirmam a nossa insignificancia desportiva, mas isso é para mais tarde, pois agora vou comer um geladinho na "Santini" que o Fim de Semana também é para mim, .... Boa tarde, Bom fim de Semana Alexandre [attachment=11] Continuaremos a ser insignificantes em 2020 !? - alix - 08-07-2010 01:31 PM Olá mais uma vez, Pois é, 0,45% será o valor mais provável da nossa contribuição em 2020 para o total de atletas federados do pais. É de facto uma contribuição insignificante e que infelizmente nos torna "invisíveis" para a Sociedade, para a Administração e para os Media (vide estudo em anexo). No entanto, duplicamos na ultima década a nossa percentagem, mas infelizmente a este nível mesmo um resultado destes, fica muito aquém das legitimas expectativas dos Orientistas - passar de 0,25% para 0,50% continua a manter-nos no conjunto das federações residuais (agrupamento 5) e paradoxalmente as mais dispendiosas para os contribuintes (208 € de financiamento publico/por filiado) ??? (assunto a que voltaremos mais tarde). E como é que saímos deste "anonimato desportivo" ?? Dificilmente!!! Esta é, infelizmente, a verdadeira resposta a esta questão. Em grande parte, devido às características intrínsecas do próprio desporto, dos locais onde se desenrolam as actividades e dos custos associados à sua prática. No entanto, acredito que é possível "dar um salto quantico" e chegarmos ao patamar mínimo que nos deverá ser exigível (1,45% do desporto nacional = 1 em 69 Federações com UPD) mas para isso teríamos de triplicar os números actuais o que me parece, obrigaria a uma filosofia de gestão da FPO completamente diferente da actual e muito mais participada por todos - atletas, dirigente, técnicos e clubes - o que no contexto actual é infelizmente muito pouco provável (vide comunicado sobre a ultima Assembleia da FPO)!!! Para amanhã reservei outros dados interessantes de posicionamento da Orientação face à Federação de referencia actual, "o Voleibol". E ainda um interessante artigo que explica porque é que o Andebol não teve idêntico sucesso e quebrou a sua dinâmica nos últimos anos. Para a semana os tópicos centrar-se-ão no nosso posicionamento face às politicas publicas do Desporto e face à nova realidade Europeia neste domínio. Boa praia, que eu agora vou aspirar a casa ..... se não .... não almoço... Alexandre Anexos: Estudo [attachment=12] Estatísticas do Desporto - Fonte "O Publico" [attachment=13] Porque é que o nosso modelo de desenvolvimento está a falhar !!!.. - alix - 08-08-2010 11:58 PM Olá novamente, Como prometido irei concluir a análise sobre o nosso Universo de "utilizadores" olhando para a nossa "radiografia" e comparando-a com as duas federações de referencia do Desporto nacional - Voleibol (2ª) e Andebol (3ª) do ranking Nacional. Em primeiro lugar, importa referir que ressalta do gráfico comparativo do nº Global de Filiados que estávamos até 2007 a crescer em média ao nível das federações de referencia (6,35% ao ano contra os 7,2% do Voleibol e os 4,1% do Andebol). Ou seja, estávamos supostamente no bom caminho .... então porque é que falhamos !!! O que distingue uma aposta correcta é a sua "sustentabilidade futura" e enquanto os outros, que se destacam, se preocuparam a crescer nos jovens praticantes (7,15% no Voleibol e 4,36 no Andebol) nós crescemos sobretudo nos Adultos (5,02%) e muito pouco nos Jovens (1,34%). E como se isso não bastasse nos adultos crescemos sobretudo nos Veteranos (2,86%) contra apenas (2,1%) nos Seniores. Mas na realidade o problema é mais profundo, pois temos toda a pirâmide invertida, crescendo também menos (0,35%) nos mais jovens (pré-juniores) contra (0,98%) nos juniores . Ou seja, estaremos nós a "Matar o futuro da Orientação" ou a transforma-la num desporto da 3ª Idade (o que até pode ser interessante se considerarmos que esse é um nicho de futuro para o Desporto e para as actividades económicas em geral). E de onde sairão os futuros campeões???? Numa federação tão obcecada com a competição???? Será que alguém está convencido que é possível ter sucesso com um modelo de desenvolvimento destes??? Eu, pessoalmente, não creio que tal seja possível e a "minha formação cristã" leva-me a acreditar em "Milagres" !.... Por ultimo, e porque me parece importante referir o papel das mulheres no futuro do desenvolvimento desportivo de Portugal, importa compreender que o sucesso do Voleibol que recentemente destronou o Andebol se deveu sobretudo às mulheres. E porque? Porque o Voleibol é uma das pouca federações exemplares quanto ao equilíbrio entre os géneros (com repartição idêntica 50% para cada) e com taxas de crescimento iguais - 3,6%. O Andebol e sobretudo a Orientação seguiram uma filosofia de crescimento apoiada no sexo masculino (2,1% no caso do Andebol e 4,3% para a Orientação). Será possível salvar a Orientação deste cenário fatalista? Claro que sim mas primeiro temos de nos convencer que a linha de rumo seguida foi ERRADA! E depois teremos de ter a humildade, tal como já referi anteriormente, de estudar os planos de desenvolvimento destas federações de sucesso (sobretudo o Voleibol) e tentar reflectir sobre o que poderemos aprender com eles e transpor para a Orientação (que tem "condições de fronteira" bem diferentes destes desportos). Amanhã haverá mais novidades, e mantenham-se calados SFF, pois o vosso silencio é d'Ouro Um abraço, Alexandre Estudo Comparativo [attachment=14] Artigo Andebol [attachment=15] P.S: Utilizei para a adimensionalização dos dados os máximos históricos de cada Federação - (Voleibol(2008) = 40898 filiados, Andebol(2008) = 33902 e Orientação(2007) = 2344). A Orientação anda à deriva na Politica Desportiva Nacional ?!? - alix - 08-09-2010 12:16 PM Olá a todos, Estará a Orientação em linha com as Políticas Publicas Desportivas ou navegamos à vista ao sabor de conveniências particulares? O Artª 13 do Estatuto Jurídico das Federações Desportivas, que se encontra incluído na Secção II - do Estatuto de Utilidade Publica Desportiva dá-nos na alínea a) o DIREITO de participar na definição da Política Desportiva Nacional. E no seu ponto 3, o DEVER, entre outros, de cumprir os objectivos de Desenvolvimento e Generalização da Prática Desportiva. Porque este é um assunto central para o nosso desenvolvimento futuro, vale a pena levar alguns dias a compreender a sua importância e sobretudo perceber como a atitude laxista, de permanente ausência dos dirigentes da Orientação dos fóruns de discussão da Política Desportiva, nos tem sistematicamente afastado dos nossos direitos e deveres públicos !!!! Para iniciar o enquadramento do tema, proponho-vos a leitura de um extracto de uma recente publicação (2009) de um dos especialistas nacionais nesta matéria (Mestre José Pinto Correia) que demonstra que em Portugal, a atitude da FPO é infelizmente muito comum (a navegação à vista), e que o prejuízo que isso causa é de facto muito difícil de ultrapassar. E o que temos de fazer para nos alinharmos com as Políticas Publicas Desportivas? É simples, primeiro temos de as conhecer (ou propor), depois temos de as debater e por fim temos de as aceitar e cumprir (vide exemplo do Voleibol), nem que para isso os interesses particulares, de muito poucos, tenham de ser "beliscados". Boa semana de praia ou trabalho, como se aplicar melhor Alexandre P.S: Extracto do Capitulo I - "Políticas Públicas e Desenvolvimento do Desporto" do livro - "O Desporto e o Estado: Ideologias e Práticas", Edições Afrontamento, 2009. [attachment=17] Porque será que a Orientação não tem politicas de desenvolvimento desportivo ???? - alix - 08-10-2010 01:51 PM Olá a todos , No seu Programa e nas Grandes Opções do Plano para 2010-2013, o XVIII Governo preconiza a missão de Mais Desporto, Melhor Qualidade de Vida, suportada numa visão de Serviço Público do Desporto e faz 18 propostas (vide anexo) das quais destaco 8 pela sua importância para a Orientação 1. Generalizar a prática da actividade física e desportiva, apoiar projectos destinados às famílias, incentivar a participação desportiva da mulher, estimular a prática desportiva junto dos idosos; Comentário - O exemplo das muitas "famílias" de Orientistas e a nossa taxa de crescimento nos atletas Veteranos deviam ser razão suficiente para a FPO ter um projecto de desenvolvimento nesta área. Será que tem, alguém conhece ?!?! 2. Apostar no contributo do associativismo de base, promovendo o desporto em proximidade, sem discriminações derivadas do género, de deficiência ou proveniência étnica ou cultural; Comentário - Qual é a politica da FPO nesta área ?? - Quantos novos clubes/praticantes surgiram (ou irão surgir) no interior do Pais, sobretudo na zona raiana, que tem sido aposta dos nossos agentes para grandes eventos internacionais - MTB WOC e POM2011-Norte Alentejano ?? 3. Implementar um Programa Nacional de Ética no Desporto, instituindo, de forma sistemática, acções de prevenção, formação e sensibilização adequadas à diversidade do sistema desportivo, às diferentes classes etárias, com prioridade junto dos jovens, actualizando permanentemente o combate à dopagem, à corrupção e violência no desporto, e a defesa da verdade desportiva. Comentário - Esta é uma das áreas em que a FPO poderia dar um contributo importante à comunidade desportiva pois possui (nas CA) algumas das ferramentas que são utilizadas noutros contextos (laborais, grupos de risco, etc.) para fazer formação nestas competências comportamentais. - Será que a FPO já se posicionou nesse sentido ou está "perdida" no limbo tal como o "GUIA DE BOAS PRÁTICAS AMBIENTAIS" está perdido no Site da FPO ?? 4. Desenvolver um programa de investimento em infra-estruturas desportivas focado na reabilitação e requalificação das Cidades, orientado para a oferta desportiva em proximidade e a acessibilidade real dos cidadãos à prática desportiva, em parceria com as autarquias; Comentário - É aqui que cabem os mapas de Parque, Urbanos, das Escolas, etc..etc.. Será que a FPO já tem um plano para se alinhar com esta proposta???? 5. Reforçar a aposta nos eventos desportivos que promovam Portugal, qualifiquem o desporto nacional e incentivem os cidadãos à prática desportiva, em cooperação com a estratégia do turismo e da economia; Comentário - Qual é o plano da FPO para promover Portugal como destino turístico da Orientação e da Aventura??? Basta só dizer que temos os melhores mapas de Corrida de Aventura do Mundo, graças obviamente ao nosso IGEOE !!!! 6. Reforçar a cooperação bilateral e multilateral, com especial relevo para os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e para os países da União Europeia, e manter a aposta em eventos desportivos congregadores da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, designadamente os Jogos Desportivos da CPLP e os Jogos da Lusofonia. Comentário - Sabiam que a Orientação esteve presente a semana passada nos jogos da Lusofonia!!!! É verdade foi no coração do Duarte (Vice-chefe da Delegação). É óbvio que sendo nós os pioneiros no apoio ao lançamento da Confederação Brasileira ficamos muito cansados e são agora os espanhóis que estão em Moçambique !!!! Qual é o plano da FPO para esta área tão importante ???? 7. Concertar com as federações desportivas de utilidade pública os caminhos de sustentação económica da sua actividade, nos termos legítimos da relação que o Estado deve continuar a manter com a autonomia associativa e no respeito pela justa e livre concorrência; Comentário - Será sustentável uma federação que depende em mais de 50% das verbas do Estado??? Qual é o plano para nos libertarmos desta dependência ?!?? Quais as vias indicadas pelo financiador ??!! 8. Estimular condições de participação e quadros competitivos que diminuam os custos para os clubes e contribuam para a sua sustentabilidade desportiva e financeira; e adequar o regime fiscal geral à especificidade do desporto e aos diferentes agentes desportivos, normalizando critérios e regras fiscais e contributivas, bem como actualizar os benefícios fiscais no quadro do Mecenato Desportivo. Comentário - Os quadros competitivos da Orientação são demasiado CAROS e EXTENSOS para a generalidade dos nossos concidadãos e nunca se ouviu falar em estímulos à participação ou em "Mecenato Desportivo" por estas bandas. Direção da FPO, em ficamos??? Quais as medidas para evitar a "sangria" permanente de atletas que, sobretudo por questões económicas, acabam por desistir da modalidade (em media mais de 247 por ano desde 2003)??? Ou seja, o único "alinhamento" que encontro no plano da FPO com a Administração Desportiva é a frase lapidar com que nos brinda todos os anos (no ultimo foi retocada) - " ... temos gerido de forma exemplar os recursos que nos são disponibilizados mas temos de voltar a referir à Tutela que se não forem disponibilizados à FPO os recursos financeiros que lhe permitam lidar com a realidade da modalidade o futuro da Orientação estará comprometido ...." Amanhã haverá mais, "Stay Tune" Alexandre Anexo: Extracto do Plano de Actividades de 2010 do IDP. [attachment=18] Será que temos andado estes anos todos a BATER à porta certa ??? - alix - 08-11-2010 01:39 PM Olá a todos , Outra das frases lapidares da Orientação tem sido o estafado apelo: - "…. apelamos à melhor atenção da Tutela (Instituto do Desporto de Portugal) para a situação particular da Orientação…." Como já referi somos mais ou menos insignificantes no desporto nacional e somos só um em várias centenas (quica milhares) de "StakeHolders" envolvidos na actividade do IDP (vide Extrato1 do Plano do IDP publicado ontem). Por isso é de esperar que não seja muita, a "atenção" que nos pode ser facultada e por isso, importa perceber como poderemos aumentar a nossa notoriedade junto do nosso principal/único "Financiador/Cliente?". Primeiro que tudo, importa compreender quais são os objectivos do IDP, ou seja, quais são, na prática, as principais motivações e linhas de actuação em que nos podemos incluir e das quais beneficiar (mutuamente). Da analise que se pode fazer aos Objectivos plasmados no Plano do IDP para 2010 (vide Anexo) ressalta claro que a área dos financiamentos ao Associativismo Desportivo é uma "outra grande prioridade" - ou seja traduzindo para linguagem comum, é na prática uma mera obrigação que aparece em ultimo lugar na escala de prioridades do IDP - E por acaso, é só aquela em que invariavelmente a Orientação tem estado interessada!!! Pois é, somos insignificantes e só estamos interessados em algo que para o IDP é apenas uma obrigação de rotina??? Se calhar é por isso que eles não nos ligam grande coisa !!!! Então e o que que interessa realmente ao IDP? Simples, basta uma vista de olhos ao seu QUAR para perceber quais são os reais objectivos estratégicos e operacionais da sua direcção. Surpresa, ou talvez não , palavras chave como - "associativismo desportivo" desaparecem por completo e aparecem outras coisas como: (Obj. Estratégicos) - Promover a generalização da actividade física e do desporto; - Reforçar a formação dos agentes desportivos. (Obj. Operacionais) - Centros Municipais de Actividade Fisica e Desporto; - Programa Marcha e Corrida (Actividades e Participantes); - Certificação e Formação de Treinadores; - Centros de Alto Rendimento; - Avaliação e controlo do Treino dos Praticantes Desportivos; - Relatórios de Avaliação e Exames Médicos de Atletas; - Gestão da Qualidade; - Manual de Boas Práticas …; E é por aqui que os nossos "financiadores" vão ser avaliados, ou seja, é pelo cumprimento destes objectivos que, em primeira linha, terão de prestar contas. Por isso se quisermos ser "prestativos" à Tutela teremos é que nos alinhar com estas preocupações e esquecer as "fantasias competitivas" ou os "apelos vãos" a orelhas necessariamente moucas. Já agora, alguém sabe qual é a participação da Orientação neste novo "Programa Marcha e Corrida" do IDP? Se não sabem, amanhã irão descobrir !!!! Um abraço do Alexandre P.S: Em "futebolês" já lá vão dez "secos" ou como quem diz, sem resposta, eh, eh, eh, eh……. estamos a deixa-los sem fôlego !!!! Anexo - Extracto 2 do Plano IDP 2010 [attachment=19] RE: Ori-Futuro - Onde queremos que a Orientação esteja em 2020 ?!? - jorge_baltazar - 08-11-2010 05:49 PM Olá O Alexandre está a preencher este período de pausa na orientação (que a partir desta época não é o período de "defeso", mas que na prática coincide com uma menor actividade) com um conjunto de reflexões que têm o mérito de nos despertar para a realidade da Orientação aos olhos da tutela (IND -IP, secretaria de estado do desporto,...). Infelizmente essa é a visão que o IND tem do nosso desporto, mas ele é muito mais do que isso: 1 - Apesar da estagnação e posterior redução do nº de praticantes nas provas e no nº de federados, a modalidade promove a pratica desportiva ao longo da vida (apesar da falta de dados objectivos, muitos são os exemplos de longevidade); 2 - O discurso (programa) e a prática do IND são contraditórios, uma vez que formulam objectivos de promoção da prática de actividade física entre a população "senior" e na prática valorizam apenas os nº de federados e as competições para jovens e seniores; 3 - As federações exemplares (Voleibol e Andebol) implementaram regras estatutárias que obrigam à inscrição de equipas de jovens ( http://www.fpvoleibol.pt/regulamentos/index.htm - artº 18 - página 4), que na prática resulta na existência de praticantes fictícios e cujo incumprimento pode ser resolvido com o pagamento de taxas. Será que queremos aumentar o nº de praticantes desta forma? 4 - Na Orientação, nas 3 ultimas épocas os escalões cujo nº de praticantes tem crescido são os jovens e com elevado crescimento junto das raparigas; 5- As autarquias onde têm sido realizadas actividades de grande dimensão, ao contrário do IND e restante tutela, têm uma boa imagem da capacidade organizativa e mobilizadora da modalidade, que se traduz em várias situações em que os apoios são concedidos ao longo de vários anos (Ex. municípios do Alto Alentejo, do Alto Barroso e da Costa de Prata). 6- Relativamente à visibilidade da nossa modalidade, tal como as restantes modalidades (Voleibol, Andebol e Atletismo incluídas) continuam todas as modalidades a lutar contra a "tirania" do futebol e a ter que pagar para aparecerem (mesmo na televisão pública), quando por outro lado as cadeias de TV generalistas fazem leilões milionários para adquirirem os direitos de transmissão da Liga de futebol. O que faz o IND para alterar este estado de coisas? 7- A tutela impôs um regime jurídico das federações desportivas, concebido para retirar "poder" às associações distritais de futebol, que esta modalidade ignorou, talvez por não necessitar das migalhas do IND para nada, cujo regime de incompatibilidades, na pratica, por sermos uma modalidade de agentes/praticantes impede a quase totalidade dos nossos mais validos elementos de dar o seu contributo nos órgãos de gestão da modalidade o que obrigou também à realização de eleições intercalares em Setembro. Não quero dizer que tudo esteja bem, e que nada há para fazer, mas temos que ter uma visão mais alargada e informada da realidade desportiva nacional e da nossa modalidade em particular. Um abraço JB Que é lá isto! Nós ao IDP, não lhes damos confiança....nem lhes ligamos nenhuma ;);) - alix - 08-12-2010 07:45 PM Boa Jorge , É que quem na realidade já estava a ficar sem fôlego era eu, !!!! Por favor, Orientistas sigam o exemplo do Jorge e contribuam que é de "graça" e a "malta" agradece. Retomando a reflexão, importa dar resposta à questão formulada ontem !!! Assim, pelo que pude pesquisar o Programa Nacional de Marcha e Corrida assenta em três vértices - Municípios (empurrados pelas delegações regionais do IDP) que promovem Marchas/Corridas, o Movimento Associativo (neste momento só a FP Atletismo, que enquadra tecnicamente??) e a Universidade (Univ. do Porto) que transfere o know-how (na área do exercício e saúde) para a elaboração dos percursos/actividades adequados à população sedentária/ idosa. (corrijam-me se não for bem assim). A contrapartida para a FPA é de 18 000,00 Euros mensais (216 mil euros anuais - 1,7 vezes o que a FPO recebe para o Desenvolvimento da Prática Desportiva) (dados de 2010). Presume-se que a Univ. do Porto também receba e quiçá os técnicos regionais do IDP também ganhem umas horas extraordinárias. E será que a FPO também poderia participar? Da análise do contrato programa com a FPA não resta nenhuma dúvida de que sim, bastaria para tal apresentar ao IDP uma proposta que explicite objectivos concretos e metodologias a utilizar para a sua concretização. Alguém acha que não teríamos capacidade de organizar marchas pedestres nos nossos "eventos"? Quanto a mim até o faríamos com valor acrescentado (o celebre gostinho d' Aventura das saudosas "Marchas Nacionais de Orientação?"). Então, do que é que estamos à espera para rentabilizar o nosso "tão incompreendido" esforço !!!!!! Por acaso, em 2005 ou 2006 trouxe de uma visita a Castro Marim um panfleto que achei curioso. Divulgava um circuito de Marchas que alguns municípios do interior algarvio vinham levando a cabo e acabei por o passar a uma técnica superior do IDP, hoje foi com um que descobri que no site do Programa o exemplo que aparece é exactamente o do calendário actual dessas Marchas - que na altura já reuniam centenas de participantes .... Concluindo e dando resposta à questão formulada. Como é óbvio, a FPO não participa no Programa de Marcha e Corrida, nem de resto, em nenhum outro programa/actividade/instalação do IDP, a saber Programa Nacional de Formação de Treinadores, Jamor, Centros de Alto Rendimento...... Mas então como é que nos relacionamos com o nosso principal Financiador/ patrocinador?/ parceiro? Bom, isso é um segredo muito bem guardado, mas que será revelado, . Estejam atentos aos próximos episódios???? Alexandre Anexo - Contrato Programa do IDP e a FPA - Programa Nacional de Marcha e Corrida. [attachment=22] Aliás, nós até somos conhecidos por lhes (IDP) dificultar a vida e ….. "mentir" !!! - alix - 08-13-2010 10:39 AM Olá a todos , Pois é, recentemente o nosso relacionamento com o IDP não tem sido nada "linear", bem pelo contrario, tem tido inúmeros episódios que não abonam em nada para a nossa imagem e credibilidade . Um facto, que despertou a minha atenção foi o notório "sub-financiamento" da Orientação que detectei nas prestações de contas do IDP nos anos de 2008 e 2009. Os mapas publicados em Diário da Republica, indicam que o IDP só transferiu para a FPO - 62 500,00€ no primeiro semestre de 2008 e e 28 749,00 € no primeiro semestre de 2009. Ou seja, em dois anos só entraram nos cofres da FPO 36% da verba mínima que a FPO alega ser imprescindível para o seu funcionamento e pasme-se nesse mesmo período até contratamos um técnico extra e tudo correu com "aparente?" normalidade nas várias vertentes da modalidade - quadros competitivos, compromissos internacionais, selecções, formação, etc.. Então, como é que se explica que a FPO não tivesse publicamente manifestado a sua indignação com a Tutela (leia-se IDP)??? Simples, o IDP limitou-se a fazer cumprir os requisitos legais, algo em que a FPO falhou em toda a linha, e não transferiu as verbas. Assim cai por terra e soa a falso o constante pregão que vem expresso nos relatórios da FPO " …. As principais condicionantes continuam a ser as questões financeiras, não só pelas parcas verbas provenientes da Administração Publica …." . São "parcas" e nós mesmo assim não somos capazes de nos organizar para as receber !!!! Investigada a origem do problema descobrimos que a "Lista Única" proposta pelo Presidente à AG incluía elementos "Hostis" à Orientação e que bloquearam durante meses a aprovação de documentos fundamentais para cumprir a lei !!!! Um verdadeiro tiro nos pés, dirão todos, uma total imprudência e falta de rigor na escolha das pessoas, direi eu !!! A situação foi tão dramática que fomos a única Federação que assinou a 31 de Dezembro (ou 26 de Janeiro 2010) o Contrato-programa de desenvolvimento desportivo do Ano de 2009(vide Anexo1). Ou seja, na prática mantivemos em suspenso toda a maquina do IDP (Dep. Desenvolvimento Desportivo) até ao ultimo dia do ano por nossa culpa (podem imaginar os "amigos" que fizemos no referido Departamento???). Mas visto com mais cuidado, esta já não é a primeira vez que criamos "mau ambiente operacional" no IDP, já em 2007 somos referidos pelo Tribunal de Contas como incumpridores - foi detectada a falta do relatório e conta de gerência e respectiva documentação do ano de 2007 (vide Anexo2). E como isso já não bastasse, a FPO nos documentos oficiais que lhes (IDP) dirige "mente" descaradamente (e já agora desnecessariamente). A FPO no relatório de 2008 (Capitulo 3, alínea a) ) diz como de costume "… O aumento de praticantes tem-se acentuado nas últimas épocas, com a natural correspondência no no aumento de praticantes federados: ….. Em 2008 mais 335 novos praticantes. … " Ora, junto ao mesmo documento, enviou ao IDP os mapas de filiados de 2008 e surpresa o numero de filiados diminui em cerca de 207 filiados em 2008 por causa das 542 desistências registadas nesse ano. Então FPO, em que é que ficamos, crescemos ou diminuímos em 2008 ???? Foi uma distracção? Um corta e cola mal feito? Ou terá sido uma tentativa de esconder a realidade aos associados em ano de tantos "sucessos - POM, WMOC, etc…" e que acabou mal. É bom que nos convençamos todos, Orientistas e FPO, que no IDP os funcionários são profissionais e episódios destes só geram desconfiança e descredibilizam o trabalho "são e suado" de todos. Que fazer então para recuperar a nossa imagem e notoriedade junto do nosso financiador ??? Basicamente mudando a nossa atitude!! Cumprindo as nossas obrigações a tempo e horas, fazendo-nos representar prestando a devida "vassalagem" nos eventos e actividades do IDP e sobretudo, demonstrando interesse e participando activamente naqueles que são os programas que consubstanciam os Objectivos Estratégicos e Operacionais do IDP? Para amanhã fica prometido o fim deste capitulo, onde lançarei um olhar pelas políticas desportivas micro (autarquias, desporto escolar, universitário, militar, laboral ) e MACRO (neste caso União Europeia pós tratado de Lisboa). Para a semana iremos analisar as "massas", o "carcanhol", em suma aquilo que nos falta sempre "nos bolsos" para podermos ir mais longe..... Mantenha-se atentos, pois como já vem sendo hábito, há também aqui muitas surpresas !!!! Não se acanhem e participem !!! Um grande abraço, Alexandre Anexo1: Contrato-programa de desenvolvimento desportivo da FPO para o Ano de 2009 [attachment=23] Anexo2: Extracto do Relatório de Auditoria do Tribunal de Contas ao IDP 2006-2007 [attachment=24] RE: Ori-Futuro - Onde queremos que a Orientação esteja em 2020 ?!? - nuno_leite - 08-15-2010 01:40 PM Isto?!?! [attachment=25] A Orientação, infelizmente, não sabe bem a que portas bater nem como o fazer bem ….. - alix - 08-16-2010 01:42 PM Olá a todos, E muito obrigado Nuno, pelos vistos já se marcha em Estarreja !!!!! E porque é que em cima desses percursos não se monta um TRAIL-O ou mesmo se realizam Multiactividades tipo SCORE 100 !!!! Retomando o nosso percurso, refiro que o Portal do Desporto do Sapo nos dá uma boa ideia sobre a estrutura da Administração Publica Desportiva e foi com base nesta organização que no "Sábado", no meio das visitas familiares preparei este texto dirigido a lançar um olhar sobre as "micro" políticas desportivas e a natureza das suas organizações. Administração Pública Desportiva Regional - Açores e Madeira Nos Açores temos a DREFD que administra as políticas regionais e gere o financiamento publico regional às actividades desportivas (FRFD) que vale anualmente 12 milhões Euros para 20 205 praticantes (600 €/atleta*ano) . Do seu plano para 2008? (único disponível no site) destaco duas referencias à Orientação: - uma na pagina 3 onde é referida a aptidão do território para a Orientação e o interesse da região no seu desenvolvimento, - e outra na página 14 onde nos anos lectivos 2003/04 e 04/05 estão referenciados jovens açorianos a participar no Desporto Escolar Nacional em Orientação (os números estão agregados a outras modalidades). E a Orientação nos Açores ?? Temos à vários anos um clube "vazio"!!! Porque será, alguém sabe ?? … Na Madeira temos o IDRAM que administra as políticas regionais e gere o financiamento publico regional às actividades desportivas que valeu em 2008, 34 milhões Euros para 16 482 praticantes (2060 €/atleta*ano). Não foi possível encontrar planos ou relatórios institucionais mas em contrapartida os dados da Demografia Desportiva são muito completos e dão-nos uma boa ideia da Orientação no arquipélago: - A Orientação partiu de 10 atletas em 98/99 para sempre em crescendo atingir 198 em 2008/2009 (2000% de crescimento numa década é notável ???). A Orientação em 2009 teve na Madeira 8 clubes em 4 concelhos que organizaram 10 eventos regionais que distribuíram 12 títulos regionais. Participaram 37 e 22 atletas em provas nacionais e internacionais. Administração Pública Desportiva Local - Autarquias A lei 159/99 passou para as autarquias as seguintes competencias que em 2007 implicaram um orçamento de mais de 300 milhões de Euros, da qual a Orientação tem beneficiado essencialmente através dos seus clubes: - Planeamento, gestão e realização de investimentos públicos em instalações e equipamentos para a prática desportiva e recreativa de interesse municipal; - Licenciamento e fiscalização de recintos para espectáculos; - Apoio de actividades desportivas e recreativas de interesse municipal; - Apoio na construção e conservação de equipamentos desportivos e recreativos de âmbito local. Ao nível autárquico não existe uma linha comum de desenvolvimento desportivo, no entanto, há uma prevalência clara para o apoio preferencial às organizações locais face aos forasteiros (e a Orientação é muitas vezes vista como forasteiro, sobretudo no interior do País)!!! Forças Armadas e Forças de Segurança O Dec. Reg. nº31/97 estabelece a constituição de uma Comissão de Educação Física e Desporto Militar (CEFDM), como um órgão do Ministério da Defesa Nacional que funciona, com carácter permanente, na dependência da Direcção–Geral de Pessoal e que define e gere todos os aspectos do desporto militar em Portugal. A Orientação nas suas vertentes Pedestre e Corridas de Aventura tem sido objecto de competições neste âmbito. Não foi possível descobrir qual o orçamento disponível para esta Comissão nem me pareceu que as funções da mesma (promoção da actividade desportiva) tivessem relevância no seio dos objectivos da DG em que se encontra subordinada. INATEL (Desporto no trabalho) O Decreto-Lei nº 61/89 ( actuais Estatutos do INATEL) define como atribuições de carácter desportivo o estímulo pela cultura física e pelas actividades desportivas como meio polivalente de valorização humana, nomeadamente: - Apoiando a criação e desenvolvimento de grupos desportivos de trabalhadores; - Promovendo provas desportivas entre grupos de trabalhadores e fomentando o intercâmbio desportivo com organizações similares estrangeiras. A Orientação, que já teve no passado alguma expressão nos calendários de actividades propostos pelo INATEL aos seus CCD's hoje desapareceu completamente do espectro da sua oferta desportiva. Quais as razões desta ausência e quais as medidas correctivas a adoptar para reverter a situação deverão ser questões que nos deverão fazer reflectir. Importa salientar que o âmbito das actividades do INATEL é sobretudo para uma população adulta - Seniores e Veteranos (+ 35). Porque será que a Orientação não tem uma política assertiva no seu relacionamento com a Administração Publica Desportiva?? E, não existindo, é possível corrigir esta lacuna?? Mais uma vez este é um assunto simples que nós complicamos em demasia. E complicamos porque? Basicamente porque permitimos que se estabeleça uma quase caça ao subsidio entre os vários agentes da Orientação - com propostas concorrentes apresentadas às mesmas entidades por actores "idênticos" (clubes de Orientação) com objectivos semelhantes (competições de Orientação) e com pedidos completamente dispares e muitas vezes inconsistentes. Como se resolve este problema? Fácil, estabelecendo protocolos com as entidades (ou as suas Associações) que definam as regras de contratualização para cada tipo de iniciativa enquadráveis no âmbito da Orientação (Ex: Caderno de encargos Standard, Guia de financiamento de Clubes, etc.) De seguida, e no âmbito das micro politicas irei lançar um olhar sobre o Desporto Escolar e Universitário. Aguardem pois por aqui também há surpresas, Boa praia porque eu amanhã também vou , Alexandre Anexo: Estrutura da Administração Publica Desportiva como apresentada no Portal do Desporto no SAPO [attachment=26] E nalgumas portas batemos e depois não sabemos o que fazer …. - alix - 08-17-2010 02:00 PM Olá novamente, Desta feita fui directamente às fontes DGIDC - Desporto Escolar e à FADU - Federação Académica do Desporto Universitário. Do Desporto Escolar consultei o Programa para 2009-2013, o Protocolo FPO-DE e o Regulamento das Competições de Orientação. Li também a entrevista do Ricardo (actual Director da FPO) ao OrientOvar e registei a existência em "2008/2009 de 47 escolas com grupos/equipas de Orientação e 60 Escolas com G/E de Multiactividades de Ar Livre" sobretudo em Lisboa e Vale do Tejo e no Norte. De resto, foi o vazio…. não consegui encontrar nenhuma informação no site da FPO, nem no site do Desporto Escolar sobre os dados relativos ao ano de 2009/2010. No entanto, na área das estatísticas o DE disponibiliza um interessante estudo com 142 paginas sobre os Anos de 2001 a 2005 onde a Orientação aparece como a 2ª modalidade do grupo das Actividades Nauticas e Exploração da Natureza logo atrás das Multiactividades de Aventura ???? Ou será que devo dizer a Orientação aparece em primeiro lugar com largo destaque (63,5%) mercê das suas disciplinas de Corridas de Aventura (43,6%) e Pedestre (19,9%). Pois é, um dos erros flagrantes que detectei é a não assunção pela FPO de esta enorme mais valia que são as Multiactividades de Aventura (leiam-se Corridas de Aventura) para a sua esfera de influencia. De referir que o actual regulamento para as competições de Orientação (leia-se Ori-Ped) é totalmente omisso em relação à disciplina, como de resto à Ori-BTT, mas permite a participação de estudantes oriundos dos G/E de Multiactividades de Aventura. Terá sido esta uma escolha sensata??? Estará a ter o sucesso devido??? Gostaria que alguém que conhecesse a realidade dos quadros competitivos nacionais se pronunciasse pois a mim parece-me que não terá havido grande dinâmica e que os números médios anuais de 2001-2005 de 3272 alunos em Multiactividades e os 1497 em Ori-Ped não se repetiram em 2009. Tomando como base os números médios de alunos participantes em 2001-2005 (105 000) e os números do financiamento do Desporto escolar de 2008 (5 450 000,00€) temos como indicador o valor de 52,00 € por participante (é obvio que há dois custos muito importantes não contabilizado que são a afectação dos salários dos professores e funcionários às actividades e os custos de transporte das deslocações que em regra são suportados pelas autarquias). Por outro lado, no Desporto Universitário constatei que a Orientação não existe, ou melhor, aconteceram nos últimos dois anos um TNU e um CNU Directo montados em cima de outros eventos que acabaram por abafar a Competição Universitária e que em média tiveram menos de 20 participantes???. Aliás o TNU teve mais participantes que o CNU???? É um resultado paupérrimo, considero que é mesmo um ultraje face ao esforço desenvolvido na promoção da modalidade. Então o que é que falha sistematicamente??? Porque é que não há competições locais e regionais? Lembro-me que na época da AEGIST havia só no IST 4 a 6 actividades de Orientação por ano. Onde é que fica a FPO no meio disto tudo??? Qual é o tipo de relacionamento que existe com a FADU, com a ADESL, com a Fed. Académica do Porto, com a U. Minho ….. ??? Em boa verdade, eu recebi todos os comunicados da FADU (3) sobre o CNU de Orientação 2010 e li as noticias produzidas em duas Newsletter's e fiquei com a ideia que a divulgação foi boa, sobretudo em ano de Jornadas Técnicas de Orientação em Ambiente Académico- no mês de Janeiro na Escola Superior de Desporto de Rio Maior. Então o que é que aconteceu para que a Orientação tivesse o CNU menos participado de 2010???? Do meu ponto de vista cometeram-se três erros crassos: - 1. Embeber a única prova Universitária do ano num CN Absoluto; - 2. As datas tardias de Maio a coincidir com o inicio das épocas de Avaliação das Universidades e após época das "Queimas"; - 3. Um evento de dois dias a obrigar a custos extras para os atletas e para as AE's (ou acham que o solo duro era solução aceitável???). Resumindo criaram-se todas as condições para o insucesso na captação de atletas e depois verificaram "in loco", os responsáveis da FADU, a ausência total de suporte técnico da FPO e teve de ser um atleta/dirigente/promotor/... a ter de tocar todos os instrumentos, inclusive produzir os resultados??? (é óbvio que com tanta versatilidade tinha de ser do Técnico, mas isso já é habitual ). Enfim, para que conste a FADU em 2009 teve 105 clubes associados, 7152 atletas federados e recebe anualmente em subsídios 401 990,00 € (56 €/atleta) (do IDP só recebem 72 500,00€) para as suas actividades que envolvem 25 modalidades diferentes. Resumindo e baralhando - Demonstra-se na pratica que a FPO não tem capacidade para se relacionar de uma forma útil e proveitosa com os parceiros críticos para o seu sucesso e por isso algo tem que mudar!!! Se nada se fizer, a Orientação irá perder esta janela de oportunidade que se nos fechará inexoravelmente!!!! Só a titulo de exemplo refiro que o Programa Gira-Volei (Projecto Especial do Desporto Escolar) representa directamente para a FPV cerca de 19% dos seus filiados, foram 7610 filiados (3,25 vezes o total da FPO) em 2009 (Extracto dos dados Estatísticos da Relatório da FPV em Anexo) e indirectamente 54% por via da captação feita pelos clubes neste Programa (21593 filiados). Será que a Direcção da FPO irá continuar a dar "falta de comparência" no comentário a estes números !!!!! E ainda faltam as Macro Politicas Desportivas, Mas isso será para mais tarde, pois agora vamos ver ... €€€€€€ ... ou ficar a vê-los passar que tem sido essa a nossa triste sina. Mantenham-se atentos pois ficarão de queixo "caído" ou de boca escancarada conforme os casos !!!!! Alexandre Anexo: Mapa de Filiados FPVoleibol 2009 [attachment=27] O desporto, em Portugal, recebe menos de um terço do que a Ferrari gasta numa época!! - alix - 08-18-2010 12:41 PM Olá a todos, Pois é , em 2007 o valor total que a Administração Central e Local (ACL) Portuguesa disponibilizou para desenvolver o desporto e se realizarem actividades desportivas foi de cerca de 172 milhões de euros enquanto que o orçamento despendido na F1 pela Ferrari foi de cerca de 600 milhões. De resto, já em 2006 no Congresso do Desporto, Ferreira da Silva estabelecia esta mesma comparação referindo que uma equipa de topo do Futebol nacional tem um orçamento médio de 38 milhões - pouco menos de um quarto da verba disponibilizada pelo Estado para o Desporto . Em gráfico (vide anexo) apresento-vos a evolução dos financiamentos directos da ACL às Federações e Eventos Desportivos desde 1996 até 2007 e comparo-os com a evolução do financiamento do Desporto Escolar. Os dados foram rectificados com a evolução da inflação e adimensionalizados com o máximo histórico de 157 milhões de euros que ocorreu em 2003 (129 milhões a preços de 1996). Da análise das tendências verifica-se que a AL (leia-se Autarquias Locais) tem investido na promoção desportiva de forma consistente ao longo do período (taxa media de crescimento de 4% ao ano) e que a Administração Central (AC) tem praticamente estagnado a sua contribuição, inclusive decrescendo?? a uma taxa média de 0,12% ao ano. O Desporto Escolar tem mantido inalterada a sua verba com ligeira flutuações que registaram máximos em 1999 e mínimos em 2005. Desta análise resulta claro que a FPO, que tem apostado tudo na fonte de financiamento da AC, escolheu mal e ignorou a fonte de financiamento que tem crescido consistentemente e que representa em volume mais de 3 vezes o IDP e que é a AL. De facto, só nos anos em que a FPO organizou grandes eventos se nota alguma capacidade de captação de recursos vindos da AL, e mesmo assim só em 2010 as verbas apresentam valores significativos. Resta saber se os clubes de Orientação tem sabido captar em condições os recursos que a AL tem disponibilizado localmente. Não consegui ainda encontrar nenhum Contrato-Programa de Desenvolvimento Desportivo de âmbito autárquico com a Orientação, apesar de já ter encontrado inúmeros no âmbito de outras modalidades, sobretudo Futebol. Se alguém tiver conhecimento e quiser contribuir, penso que esse exemplo pode ser importante para abrir os olhos à Modalidade. Uma duvida, que me assaltou e que procurarei responder amanhã é a seguinte: "Então se o financiamento da AC à actividade desportiva estagnou em volume o que é que lhe aconteceu por praticante? É que o IDP tem-se vangloriado de ter aumentado o numero de praticante com de facto já constatamos em Post anterior….. Mantenham-se atentos pois amanhã iniciaremos a descoberta da CRUA realidade em que a FPO está inserida (e já agora muitas outras federações). Um abraço, Alexandre Anexo: Evolução do financiamento publico às Actividades Desportivas (Movimento Associativo e Eventos Desportivos) [attachment=28] Porque é que à uma década que estamos abaixo da média de Financiamento do IDP ??? - alix - 08-19-2010 04:34 PM Olá a todos, A vosso pedido e porque só é possível o download dos anexos por utentes registados no Forum passarei apartir de hoje a embeber no POST os gráficos mais relevantes da análise em curso. A realidade dos números mostra que a Orientação está desde 2001 abaixo da média de financiamento do IDP às Federações. De facto, a valores de 2008 temos perdido desde 1996 cerca de 11,5 €/ por ano por atleta (isto quando a redução média do IDP foi de 7,0 €/ por ano por atleta). Pelos vistos, a suposta atenção que nos foi dada nos últimos tempos pelos "políticos do Desporto" serviu apenas para nos iludir e manter sob rédea curta enquanto procediam a uma sangria continuada dos fundos que nos seriam devidos. É bom que quando os nossos dirigentes lhes "apertarem" a mão ou lhes derem uma "palmadinha" nas costas o façam com a força do garrote com que a Administração Central tem "sufocado" a Orientação. Em doze anos o nosso financiamento por atleta diminuiu 329 % e nós na prática não fizemos "nada" para inverter ou alterar esta situação, que sintomaticamente se agravou apartir de 2007 após um período de breve recuperação (ver a tendência da curva na extremidade da direita). Bom mas há federações em situação "pior" que a nossa, o Voleibol por exemplo passou de 348 Euros por atleta para 65 actualmente (mesmo assim mais do que a orientação) ou seja, uma redução de 536 % mas no mesmo período gerou-se uma necessária economia de escala pois a federação cresceu 660% no mesmo período. Por outro lado verifica-se que o SURF teve uma evolução bastante idêntica a nossa, mas menos reconhecida em termos financeiros pelo IDP, inverteu nos últimos anos essa tendência crescendo em financiamento de uma forma sustentada desde 2003 até 2008 (aliás em 2008 ultrapassou-nos e chegou a níveis muito próximos do financiamento médio do IDP). Nos casos atípicos, extraordinários mesmo, temos as federações de Esgrima, Remo e Equitação em que os valores de capitação por atleta chegam a ser 17,5 vezes superiores à Orientação (Esgrima em 2003). Nestas federações tem-se assistido a uma redução superior no financiamento (77€/ano*atleta para a Equitação - que já convergiu para a média do IDP, 40€ para o Remo e 39€ para a Esgrima). Um novo caso que surgiu é o do financiamento da "missão Olimpica e respectivas esperanças" que se autonomizou no COP apartir de 2006 e que representa um valor superior a 20 000,00 €/ por ano por atleta. Ou seja, a velha desculpa de ser modalidade Olímpica já não pode ser evocada para justificar a diferença de financiamento entre as Federações. Então porque é que somos sistematicamente preteridos pela AC-IDP??? Simples, não fazemos o trabalho de casa bem feito. Não nos insinuamos devidamente, não pressionamos nos lugares devidos nem usamos os argumentos correctos. Em suma, e como já referi anteriormente, não existimos ...... para o poder instalado!!!! Para amanhã fica prometida a radiografia do IDP e a análise às suas rubricas de financiamento e talvez a explicação para o nosso insucesso. Alexandre Anexo: Gráfico comparativo do Financiamento do IDP por atleta às Federações 1996-2008. [attachment=29] RE: Ori-Futuro - Onde queremos que a Orientação esteja em 2020 ?!? - rmarques - 08-19-2010 05:18 PM Bom Dia, É muito importante esta discussão e tenho pena de os dirigentes da FPO não se designem a contestarem os números. Se não dizem nada, se não contradizem nenhum aspecto do que aqui é dito, é porque tudo o que o Alexandre aqui diz faz algum sentido e é realmente merecedor de profunda reflexão de todos os praticantes. Eu não posso falar sobre o relacionamento com as várias entidades que “patrocinam” a FPO porque não tenho conhecimento, mas penso que essa relação deveria ser valorizada e estimada. Sobre o que posso dar a minha opinião, é no que tenho observado ao longe de mais de uma década de anos que tenho acompanhado a orientação e as corridas de aventura. Esta modalidade têm condições para se tornar umas das disciplinas com mais aderentes. Por exemplo, enquanto o volei e o andebol é preciso que os praticantes tenham alguma disponibilidade fisica, vela é necessária alguma disponibilidade financeira, entre muitos outros casos. A orientação, pode ser praticada por qualquer pessoa, mesmo sem disponibilidade física ou financeira. Agora é preciso é de mostrar às pessoas isso, e a FPO precisa de uma equipa de promoção e imagem forte. Nesse sentido acho que o trabalho feito em torno do ARWC 2009 foi um grande exemplo de trabalho de imagem. A FPO nestes últimos dois anos, têm apostado forte na promoção das selecções, dos campeonatos da Europa e do Mundo. No meu ver esse não deveria ser o objectivo principal. Os esforços deveriam ser centralizados maioritariamente na captação de praticantes. A Orientação não é uma disciplina que sobre a qual se consiga estar a acompanhar na televisão e que consiga dessa forma captar a essência de competição e atrair milhares de espectadores, como o futebol e o triatlo. Além de que nós não temos as condições que muitos outros países têm nesta modalidade. Não temos condições de ir lá fora e ganhar como aconteceu no triatlo e ganhar notoriedade com isso. Não estou a dizer que se deveria abdicar do apoio às selecções, só estou a dizer que a FPO deveria centralizar as suas forças na promoção da modalidade. Com isso irá-se conseguir mais dinheiro para apoiar as selecções e criar uma base de atletas muito maior. De seguida deixo um conjunto de sugestões para a promoção da disciplina: - Promover mais provas nos grandes centros urbanos. A FPO deveria anualmente (com apoio de clubes da zona), realizar provas como o baixa anima. É nos grandes centros urbanos que existe mais população, é também lá que existe pessoas com vontade de ter mais contacto com a natureza. Introduzi-las no campeonato, porque também as pessoas ao verem ao vivo outros atletas a correrem e darem o litro também ficam curiosas para saber o que se trata. Organizar anualmente duas provas nas grandes cidades seria uma boa forma de promover a Orientação. - Criar equipas de voluntários para apoiar novos atletas nessas provas. Principalmente quem participa pela primeira vez. Os clubes da zona podem também usar estas provas para se promoverem e fazer com que os atletas adiram a esses clubes. - Maior divulgação dessas provas, nos sites das câmaras, jornais, universidades, OTV, etc. E com bastante antecipação. - Criar preços especiais para quem participa pela primeira vez. Ou criar um preço que permita às pessoas por exemplo pagar um X e participar em 3 provas ao longo do ano. Olhar para as politicas de marketing actuais e utilizá-las na orientação. A FPO têm que ter uma politica de marketing mais agressiva. Quem vai participar uma ou duas provas, não se vai federar. Até porque exige, pagamento de mais de 20 EUR, porque exige exame médico. Temos que olhar para os não federados como agentes de possíveis federados. Na orientação, a maior fonte de atletas até agora é por amigo que traz amigo. - O site da FPO deveria ser mais apelativo, em 10 noticias da página principal, 7 são de selecções, ou mundiais. Devia sempre haver algum destaque para quem quer participar pela primeira vez, sobre as histórias da orientação, como o Margarido têm feito no blog Orientovar. - A FPO deveria ter uma equipa de voluntários de apoio aos novos atletas. Ter um email para responder a qualquer duvida colocada por novos aderentes. Do género: “Gostavas de Praticar Orientação? Não sabes como? Manda-nos um email.” E colocar também, umas imagens de pessoas a passearem no campo com um mapa. É sempre algo que atrai. Abraço, Rui Marques RE: Ori-Futuro - Onde queremos que a Orientação esteja em 2020 ?!? - fabio_silva - 08-21-2010 12:24 AM Ola a todos, Antes de mais gostaria de deixar os meus cumprimentos ao Alexandre pela iniciativa de criar este tópico. E pena é que os restantes federados e participantes deste forúm não participem mais activamente nas discussões Em relação ao post do Rui: penso que neste momento a fpo (entendendo fpo por toda a comunidade orientista de Portugal) precisa de evoluir em várias vertentes. E verdade. O aproveitamento que temos na captação de jovens é insuficiente. Nisso concordo plenamente com a sua opinião de que é necessária uma promoção mais ofensiva da modalidade perante a população. Apesar disto, evolução na promoção não chega. E necessário aumentar a qualidade do que fazemos! E impossível formar atletas competentes e capazes se o meio envolvente não acompanhar as exigências dos mesmos. Há que tornar os eventos atractivos. Há que eliminar margens para erros técnicos, quer estes sejam na ordem da cartografia, dos traçados dos percurso ou mesmo na logística da provas. Se a mensagem que transmitirmos aos iniciantes for de uma modalidade madura, experiente e desafiante estou seguro que eles voltarão a experimentar ou pelo menos tentarão informar-se sobre o assunto e, quem sabe, falar da orientação aos amigos. Para este último ponto as selecções são um ponto fulcral. Estas são o fruto de todo o trabalho que é desenvolvido no meio. São o resultado do nosso aproveitamento da modalidade. Poderão mostrar evolução, aí os atletas preparam-se para as competições internacionais de relevo (tendo na preparação a contribuição das provas TP, estágios de treinos específicos, etc) e tem técnicos dedicados e capacitados a acompanha-los (sim, porque os técnicos desempenham os papéis mais essenciais na preparação. Ter alguém inexperiente é completamente diferente de ter alguém com conhecimento da modalidade, das técnicas de treino mais actuais e de como anda a orientação pelo mundo e não apenas no nosso país). Quero com isto dizer que todos estes pontos estabelecem uma simbiose. Nenhum poderá alcançar sucesso sem que o outro o acompanhe. E esta a infeliz realidade que nos mantém largos passos atrás dos pólos orientistas mundiais. Mas não há que desesperar, não ainda! Talvez se todos começarmos a pensar em prol do mesmo objectivo [ORIENTAÇÂO] consigamos lá chegar. Não é um caminho fácil, exige empenho por parte de todos, exige sacrifício, exige que ponhamos os interesses da modalidade a frente dos nossos. Será que lá vamos chegar?? Abraço, Fábio Silva fed nº 4563 Sabiam que o Financiamento Publico depende das flutuações do jogo??? - alix - 08-21-2010 03:08 PM Olá a todos, Lanço um particular cumprimento para o Rui e para o Fábio pelas suas contribuição para esta discussão e sobretudo por lançarem o seu olhar para novas questões que ainda não tive oportunidade de abordar mas que são de facto muito relevantes e oportunas. Fica registado o meu agradecimento e a promessa de lá regressarmos mais à frente. Posto isto, continuaremos com a análise do financiamento publico que corresponde a cerca de metade do Orçamento anual da FPO. Assim após ter criado o gráfico das rubricas de financiamento público várias dúvidas me assaltaram, nomeadamente quais as razões para a sazonalidade de algumas rubricas e para o comportamento algo errático que apresentam ao logo dos anos. Por isso, aceitei humildemente que não percebia e pedi ajuda a um "amigo" de longa data técnico superior nestas coisas do "Desporto"..... E claro, que a resposta foi clara como a água, os dinheiros do IDP estão ligados ao JOGO (Totobola, Totoloto e recentemente Euromilhões). Por isso, as flutuações tem estado associadas à entrada em cena das várias modalidades em voga do jogo (quando os dinheiros do Totobola caíram, veio o Totoloto e criou um maná temporário e quando o Totoloto caiu, veio o Euromilhões e criou-se o actual estado de aparente "graça" desta Administração. Mas inevitavelmente, o ciclo irá repetir-se com uma nova depressão nas receitas e um novo período de vacas magras, bastará só estar atento à evolução das receitas do jogo para compreender o que se irá passar no ano seguinte..... A realidade dos números mostra que as rubricas das quais a Orientação têm sido contemplada ao longo dos últimos anos só inclui uma das rubricas de financiamento principais do IDP - [u]O Desenvolvimento da Prática Desportiva (DPD) que em média tem valido cerca de 59% do financiamento concedido (os mínimos ocorreram em 2007 e 2008 cerca de 52% e o máximo ocorreu em 1998). A outra rubrica principal que é a Alta Competição e Selecções Nacionais (ACSN) que vale em média 28% (mínimo 24% em 2005 e máximo 33% em 1996) tem sido sistematicamente ignorada. A importância relativa de ambas as rubricas tende a manter-se praticamente inalterada com o DPD a diminuir ligeiramente a sua importância (-0,8% ao ano) e as selecções aumentarem à taxa de 0,1%/ano. As outras rubricas, das quais já fomos contemplados foram as dos Eventos Desportivos Internacionais (EDI), do Apetrechamento, da Formação de Recursos Humanos (FRH) e do Enquadramento Técnico (ET). Da observação do gráfico resulta evidente que estas rubricas tem flutuações significativas que correspondem ao facto de haver maior ou menor disponibilidade financeira ou à mudança de programa (interesses) dos responsáveis pelo IDP (quatro no período em análise - Vasco Lince, Manuel Brito, José Manuel Constantino e Luís Sardinha). No entanto, feitas as respectivas contas (regressões lineares) verifica-se que o andamento médio é quase constante com a rubrica EDI a valer cerca de 5% do financiamento disponibilizado com ligeira tendência de redução (0,1%/ano), a rubricas da FRH e ET a valerem 3% cada uma e com andamentos diferentes (crescimento para o ET de 0,85%/ano e redução da formação em 0,06%/ano). As rubricas de investimento (Apetrechamento e Apoio às Sedes Sociais são as que valem menos, 2% e 1% respectivamente e tem taxas de evolução contrarias - Apetrechamento tem subido a cerca de 0,18% (com um máximo em 2006) e as sedes sociais decrescido a 0,17% - aliás esta rubrica aparentemente deixou de existir apartir de 2006...??) Desta informação resulta evidente que os grandes "bolos" de financiamento estão no Desenvolvimento da Prática Desportiva e no apoio à Alta Competição e às Selecções Nacionais. O bolo dos Eventos Desportivos Internacionais é menor mas bastante apetitoso, tanto que tem sido nos últimos anos sistematicamente comido por "outsiders" provenientes do Desporto Automóvel (ACP, Autódromo do Algarve, Circuito do Porto, etc.). Restam as rubrica mais pequenas e oscilantes que tem nas dotações de recursos humanos - enquadramento técnico e formação as rubricas mais interessantes (a formação de treinadores é um dos programas bandeira desta administração) pois as rubricas de investimento são diminutas (3%) face ao restante apoio público. E a FPO como é que tem captado estes recursos? Quais tem sido as apostas estratégicas ao longo dos anos??? Isso ficará para o próximo post que espero consiga terminar ainda HOJE, Alexandre E que a FPO não tem tido "jeito" nenhum no jogo do Financiamento Publico???? - alix - 08-23-2010 07:52 PM Olá a todos, Este, até agora, foi o artigo (POST) mais difícil de concretizar. Primeiro porque foi difícil compreender e digerir toda a informação e depois porque foi muito trabalhoso compreender o seu real enquadramento. No entanto, o esforço deu resultado e consegui constituir uma base de dados completa dos contratos programa do IDP em 2010, eventualmente a única existente para além da dos próprios serviços do IDP . Primeira grande conclusão deste estudo às rubricas do Financiamento Público da Orientação: - A FPO, sistematicamente, não faz trabalho de casa e limita-se a aceitar o que o IDP lhe resolve dar em cada ano !!!! (há uma desvalorização sistemática do crescimento da modalidade no financiamento concedido e um copiar da pratica orçamental anterior sem a sua devida adequação à realidade da modalidade - inflação e nº de praticantes são sistematicamente desprezados) A segunda conclusão é: - A FPO não propõe, não constrói e/ou não exige??? que a sua proposta de financiamento publico seja considerada por rubricas independentes (contratos separados) e insiste num modelo de contrato único que só nos prejudica !!! (aqui estamos ao nível da Petanca, do Aeromodelismo, do Karaté ...e fomos completamente ultrapassados pelo Surf, pelo Golfe, pelo Triatlo....) A terceira conclusão é: - A FPO não propõe??? para financiamento todas as suas provas internacionais, penalizando desnecessariamente as suas organizações!!!! (É confrangedor ver os apoios concedidos a outras federações em inúmeros eventos que de "Mundial" e "Europeu", só tem o nome e a atribuição de pontos de ranking internacional para os atletas nacionais - e os nossos Campeonatos Ibéricos (Espanha é o nosso maior mercado de turistas), e os nossos WRE's e as nossos 5 Dias na Praia .....) A quarta conclusão e ultima, e quiçá a mais impactante de todas: - a FPO despreza sistematicamente a quantificação e contabilização de dois dos seus MAIORES ACTIVOS que são: - o TRABALHO VOLUNTÁRIO dos seus atletas, dirigentes e simpatizantes; - a PRESTAÇÃO de ACTIVIDADE FÍSICA DESPORTIVA aos participantes eventuais (não regulares) das nossas iniciativas. NOTA: - voltarei a estes dois últimos temas - Voluntariado e Classes de Iniciação/Formação porque de facto, a culpa é da nossa total ignorância legal, e não só, no tratamento a dar a estes assuntos críticos do desenvolvimento da Orientação. Debrucemos-nos agora sobre o gráfico da evolução do financiamento publico à Orientação de 1996 a 2010 (com os valores actualizados a preços de 2008 e normalizado pelo nº de atletas). Como anteriormente referido a tendência do financiamento publico à Orientação tem sido decrescente (incluindo 2009 e 2010 a taxa é de - 11,5 €/ano*atleta). Essa evolução é bem patente no andamento da curva correspondente à FPO-Total (quadrados azuis). Verifica-se também que o andamento desta curva é influenciado decisivamente pela rubrica do Desenvolvimento da Pratica Desportiva (DPD) que tem desde há uns anos ??? incluído uma verba para as Selecções Nacionais reduzindo ainda mais a verba do DPD. Do andamento da curva verificamos que o período de maior queda do financiamento ocorreu entre 1999 e 2002 e que de lá para a frente o andamento tem estabilizado de forma oscilante em torno dos 49 €/atleta. Como será natural prever esta verba que inclui, no nosso caso, as selecções nacionais tem condicionado fortemente a capacidade da FPO de promover o Desenvolvimento da Orientação e das Corridas de Aventura. De facto, a incapacidade notória da FPO em responder às solicitações externas é confrangedora e gera o desinteresse dos promotores, sobretudo das escolas e das autarquias .... os dois pilares principais do nosso desenvolvimento !!?? A FPO tem tido no Enquadramento Técnico uma das rubricas mais mal tratadas ou menos exigidas à tutela. O ET só apareceu explicitamente uma única vez em 2004 e mesmo assim só nos foi concedido um técnico a meio tempo para as CA (conforme referido à época). Aconteceu mais tarde também de forma esporádica e ao abrigo de um programa de modernização administrativa que não teve seguimento. A nível do Apetrechamento denota-se um esforço crescente apartir de 2002 e que culminou num máximo em 2007 (o valor médio deste esforço cifrou-se nos 9,7 €/atleta*ano e a sua taxa de crescimento foi de 4,51 €/por/atleta*ano) e aparentemente terminou sem deixar qualquer continuidade para 2008 e seguintes...??? O apoio aos Eventos Desportivos Internacionais (EDI) teve um pico extraordinário em 2000 (Congresso do Centenário da IOF em Sintra) mas tem sido genericamente diminuto face aquilo que tem sido a evolução da internacionalização do nosso pais como palco de eventos. É tão ridículo o valor que nos tem sido atribuído face ao que temos produzido de receita e de notoriedade para o País que se torna até confrangedor referir este assunto. De qualquer forma, nós também não temos sabido aproveitar as oportunidades e construir as candidaturas a este importante programa de financiamento do IDP (caso flagrantes foram o WMOC 2008, o ARWC 2009 e agora o WOC/ JOCMTB 2009 - neste ultimo o valor orçamentado foi muito aquém do real com consequências claras no valor obtido). Para o final reservo a rubrica correspondente à Formação de Recursos Humanos (FRH). Esta rubrica tem sido a 2ª mais importante do apoio à FPO mas tem decrescido ao longo do tempo a uma taxa de -1,81 €/atleta*ano para desaparecer apartir de 2008??? Será que alguém sabe porque??? É que apesar de ser uma verba modesta de cerca de 15,0 € /atleta*ano, ela foi imprescindível para a formação dos nossos atletas/técnicos/voluntários e é seguramente a principal responsável pela qualidade da nossa actual prática desportiva e organizativa. Será que nos podemos dar ao luxo de perder as verbas da formação??? E qual será o preço que iremos pagar no futuro por isso??? Dito isto, importa referir que não só é imperioso continuar a formar os nossos técnicos e atletas como importa repensar toda a lógica da formação e centra-la no nosso futuro que são os novos praticantes - Jovens ou adultos ou quiçá deficientes e idosos, aos quais normalmente não prestamos qualquer atenção. Demonstradas que estão as nossas fragilidades face ao financiamento publico importa aprender com a lição e sobretudo saber usar esta informação agora produzida para exigir o respeito que nos é devido e que se tem perdido ao longo desta década e meia de vida Orientista .... Amanhã há mais novidades sobre a forma como governamos os dinheiros que são colocados ao nosso dispor... Alexandre Sabia que, aos olhos do IDP, somos muito bem tratados e "enigmáticos"!!!! - alix - 08-24-2010 07:51 PM Olá a todos, Ficaram perplexos com o titulo do POST !!!! Pois então, imaginem a minha surpresa quando fiz o exercício de me colocar do lado do IDP e olhar para os relatórios da Orientação (FPO neste caso). A grande surpresa decorre da simples observação do gráfico da evolução da taxa de cobertura pelo IDP dos custos de Desenvolvimento da Prática Desportiva (DPD) da Orientação em Portugal. Verifica-se um crescimento anual da taxa de cobertura do IDP às grandes rubricas de despesa da Orientação +6,2%/ano ao Desenvolvimento da Actividade Desportiva (DAD) e +4,7%/ano às Selecções Nacionais (SN). Em relação aos custos estruturais da FPO verifica-se uma quase estagnação (+0,3% de crescimento anual) que no entanto não impede que o financiamento do IDP tenha crescido à taxa de 2,78% ano. Em termos reais o IDP suportou em média entre 2006 e 2009, 37,6 % dos custos de gestão da FPO (OGF), 58,2% dos custos do Desenvolvimento da Actividade Desportiva (DAD) e 47,2% dos custos das Selecções Nacionais (SN) ou seja, na prática para o IDP considera que financia 45% da actividade da Orientação em Portugal, o que comparativamente com outras modalidades desportivas nos coloca numa posição muito privilegiada!!!! e com muito pouca ou nenhuma margem negocial face ao IDP ...... Será que a FPO acredita mesmo nestes números que envia sistematicamente para o IDP??? É que, pelo que escrevem e dizem, não é essa a mensagem que passam???? Então o que é que está mal nisto tudo??!! Pois é, isso a FPO não diz a ninguém, muito menos ao IDP a quem não dá "nenhuma" confiança!!! É um segredo fechado a 7 chaves e que só nos pode fazer "corar" de vergonha (lembram-se da "bucha" que pregamos ao IDP, pois então preparem-se que esta é muito MAIOR)!!!!! Então, e que segredo é este, que nos últimos anos, tem condicionado totalmente a percepção que a Administração Publica Desportiva tem de nós em enquanto modalidade desportiva!!!! Simples, a FPO diz ao IDP, de forma sistemática, que os Quadros Competitivos Nacionais custam em média por dia de prova - 546 € - à Orientação ???? Tem inclusive dito, estes anos todos (2006-2009) que os Campeonatos Nacionais Absolutos Pedestres são orçamentados em cerca de 10 900,00 € e que, só se gastam 1 200,00 € (pouco mais de dez por cento do orçamentado - somos os Campeões Mundiais da Poupança, melhor que nós só o Socrat...)..... Quanto é que a FPO irá dizer ao IDP que custou a prova deste ano em Sesimbra???? É que a organização garante que os custos foram superiores a mais de 15 000,00 € !!!!! (são uns gastadores estes "moços" do Azoia). Enfim, andamos a enganar o IDP estes anos todos e a convence-los que se estavam a portar bem connosco e a ajudar a sério??? É que aos olhos deles qualquer reclamação nossa só pode ser por "birra" ou pelo vão exercício de reclamar, pois no fundo deveríamos estar satisfeitos com o "maná" que eles nos proporcionam. Qual foi a estratégia dos dirigentes da FPO??? O que é que tinham em mente para nos apresentarem como a modalidade mais "barata" do País???? E porque é que se esqueceram de dizer que estes custos que apresentavam para o DAD não eram os reais, mas sim uma ínfima parte dos custos que os Orientistas (Atletas e clubes) tem para realizar a sua actividade desportiva nos quadros competitivos da FPO. Tenho para mim que, mais do que aselhice pura, isto foi uma falta de consideração total pelos atletas, pelos clubes e em ultima análise pela Orientação e é uma herança pesada que urge desmontar rapidamente. O IDP e a Administração Pública Desportiva têm de ser confrontados com os números reais e compreender que em vez de financiar a 45% a Orientação só o fazem a pouco mais de 5% dos custos reais do DPD. Depois disto será que ainda há mais?? Infelizmente para a Orientação esta é uma novela sem fim ... ainda .... à vista ..... Um enorme abraço do Alexandre Anexos: Quadro resumo das rubricas de financiamento consideradas pelo IDP para o DPD da Orientação de 2006 a 2009. Extracto do Quadro B.1 extraído do Relatório Final do Programa 1-DPD 2009 da FPO. RE: Ori-Futuro - Onde queremos que a Orientação esteja em 2020 ?!? - nuno_leite - 08-25-2010 12:25 AM Ora, os 6 dias de provas que o Ori-Estarreja organizou esta época pontuáveis para rankings só custaram 3276€? Ui como isso era tão bom! Isso não chega nem para metade do investimento em mapas! E note-se que não é um valor que chegue ao clube directamente como apoio específico às provas! Sim, porque quem assume a organização de um evento, por exemplo de uma Taça de Portugal, está a assumir à partida uma despesa de milhares de euros que depois vai espernear por tudo o que é canto na esperança de dar um lucrozito! Pois se eles acham que nos pagam metade das despesas, obviamente não nos dão mais! Duas palavras: BRU TAL! Sabia que nós tratamos mal quem nos quer ajudar…. - alix - 08-25-2010 05:34 PM Olá a todos, O tema do VOLUNTARIADO é um dos mais mal tratados e ignorados pela FPO, e porque? quando representa mais de 99% da força de trabalho da modalidade!!!! Basicamente porque é mal compreendido por todas as partes e sobretudo pouco "valorizado" pelos dirigentes, espantosamente também eles voluntários !!! É caso para dizer "em casa de ferreiro espeto de pau"…. Saberá a FPO (ou os seus dirigente) que há desde 1998 uma lei de bases do Voluntariado que protege as organizações e os voluntários !!! Sabem que a regulamentação dessa lei define um regime de protecção cível das organizações face às ocorrências da actividade dos voluntários. E ainda que prescreve um valor máximo de 40 horas anuais de dispensa de trabalho para acções de voluntariado tanto para funcionários públicos como para privados. Pois é, não sabiam mas ficaram de certeza surpreendidos com a noticia. É que os mais de 100 voluntários de Montalegre poderiam ter estado devidamente assegurados e não necessitavam de tirar uma semana de férias bastava uma simples requisição feita pela FPO de voluntários devidamente registados no Conselho Nacional para a promoção do Voluntariado ao abrigo do Dec. Lei 389-99 ….. Parece simples e de facto é!!! Para além disso a FPO deveria mostrar de forma evidente a "força" que o trabalho voluntário representa na modalidade. Devia quantificar horas de trabalho e especialidades e se se quisessem dar ao trabalho quantificar isso com os mais recentes estudos e práticas desenvolvidas a nível europeu. Mas não, isso dá com certeza muito trabalho e a FPO não tem meios para se meter nisso!!!! Errado, não dá trabalho nenhum e há em Portugal organizações com milhares de voluntários registados e devidamente enquadrados e protegidos - Cruz Vermelha, AMI, Liga Portuguesa Contra o Cancro….. Será que a partir de hoje a Orientação passará a olhar doutra forma para este assunto que considero critico para o nosso desenvolvimento??? Amanhã teremos mais números, espero!!! Boa tarde, boa praia, Alexandre Stor, só erramos 2000% no cálculo dos valores, será que faz mal ??!! - alix - 08-26-2010 04:47 PM Olá a todos, Para concluir a análise dos números relativos ao financiamento e utilizando as equações fundamentais da Orientação (modelo linear): - para a evolução do nº filiados (y= 148,93*(x-1995)+ 519,38) (x=ano de calendário) e, - para a evolução do financiamento publico (IDP) por filiado (y= -11,17*(x-1995)+188,64) chegamos à conclusão que a FPO (a custos de 2008) receberá em 2020 do IDP, cerca de 89 230,00 €. Ou seja, a FPO se não fizer nada receberá em 2020 menos 37% da media do financiamento anual, abaixo mesmo que o mínimo histórico de 2003 que foi de 93, 704 € (atenção que todos os custos históricos são reportados a 2008 para efeitos de comparação). Ou seja, a Orientação vai no mau caminho em relação à sua principal fonte de financiamento e têm que, com a máxima urgência, demonstrar ao IDP o nosso quadro REAL de desenvolvimento desportivo e os fortíssimos constrangimentos que o actual sub-financiamento REAL (que não o declarado pela FPO) impõe ao crescimento da modalidade. Um simples exercício de projecção de custos permite concluir que, em media em 2008, para cada evento de 2 dias (Ped, BTT e CA) o custo geral é de cerca de 12 000,00 €. Para eventos de um dia devemos considerar 7 500,00 dia e para eventos de 4 dias podemos considerar cerca de 20 000, 00 €. Para quantificarmos a colaboração Voluntária, que em regra é 100% da mão de obra consumida nos eventos (desconta-se naturalmente os funcionários municipais, policia municipal, bombeiros, etc que são normalmente disponibilizados pelas autarquias como apoio ao evento), podemos considerar por evento de 2 dias que são consumidas 1524 H/h (Horas/homem) distribuídas da seguinte forma: - 300 H/h em Direcção e Coordenação do Projecto (3 pessoas* 10 horas semana*10 semanas) (5º escalão - 3*SMN); - 480 H/h em Trabalho Técnico Especializado (4 pessoas*15 horas* 8 semanas) (4º escalão - 2,5*SMN) - 384 H/h em Trabalho Técnico (12 pessoas* 16 horas *2 semanas) (2º escalão - 1,5*SMN), - 360 H/h em Tarefas de Apoio (20 pessoas* 18 horas*1 semana) (1º escalão - SMN). Nota: Os vários escalões utilizados estão descritos no Art.º36 do DL nº40/89 e aplicam-se ao Voluntariado para efeitos de contribuição facultativa para a Segurança Social Considerando que em 2008 o SMN foi de 426,00€/mês para um total de 158 H mensais (2,7 €/H) temos para valor da contribuição dos Voluntários para uma prova tipo de 2 dias o montante de 8200,00 €. Aplicando a mesma proporção apura-se o valor de 5125,00 € de contribuição para uma prova de 1 dia e cerca de 13 600,00€ para uma prova de 4 dias (POM). Ou seja, aplicando estes valores e considerando o valor declarado pela FPO - 546,00 €/dia - como um custo marginal adicional dos eventos (supervisor, SI, etc.) chegamos a um valor médio diário de - 10 646,00 €/dia - para o quadro competitivo da Orientação que é só 20 vezes o valor declarado pela FPO ao IDP !!!!! É obra e deixa-nos a todos muito mal vistos na "fotografia". Rectificando os gráficos à luz desta nova realidade verificamos que, de facto, os sinais que fomos paulatinamente enviando OFICIALMENTE para o IDP criaram uma realidade absolutamente distorcida da Orientação com a desnecessária penalização de todos os agentes da modalidade. Na realidade o IDP só tem financiado em média 4,3 % do DAD e 8,4 % do DPD da Orientação o que nos coloca no final da tabela dos apoios do IDP em vez do pelotão da frente em que erradamente as várias direcções da FPO nos têm levianamente colocado. Era bom, que apresentado este modelo de cálculo o mesmo fosse AFINADO pelos principais actores da Orientação de modo a que possamos construir as bases de uma nova realidade que temos OBRIGATORIAMENTE que divulgar à tutela. Para amanhã fica prometido o fim deste capitulo do financiamento olhando para as fontes inexploradas do financiamento publico e do "deserto" que tem sido o financiamento privado, vulgo "patrocínios" !!!... Alexandre Sabe que quem financia a Orientação a mais de 94% são os praticantes???? - alix - 08-27-2010 03:41 PM Olá a todos, Onde pára o dinheiro???? Como é que podemos canalizar mais fundos para a Orientação??? E em tempo de crise como é que nos resguardamos??? Mas antes de responder a estas questões importa ainda compreender completamente a estrutura de custos da modalidade. Já vimos que 50% do dinheiro que a FPO recebe vem do JOGO via IDP e já percebemos que isso corresponde grosso modo a menos de 5% dos Custos Gerais de Organização da Modalidade. Falta ainda calcular uma fatia importante dos custos da Orientação que vem sendo sistematicamente suportada pelos atletas e seus clubes e que são os custos de participação. O "núcleo duro" da participação normal nas provas de Orientação (sobretudo Pedestre) é do tipo "grupo familiar" e assenta num agregado familiar de 3 pessoas (lembram-se do objectivo da AP em relação à promoção do "desporto em família"). Se considerar-mos que essa família compete para se classificar em rankings tem pelo menos de cumprir 70% dos percursos o que representou na época 2007/2008 para a TP Pedestre (16 dias de prova), TFPO N(15 dias de prova), TFPO S (11 dias), TP O-BTT (11 dias) e TPCA (8 dias). Suponhamos que só competiu isoladamente numa das disciplinas (o que é muito conservador pois normalmente há sobreposição de disciplinas) e que o fez pelo mínimo necessário para classificação. Ranking TP Pedestre - 1 680,00 €/familia, 560,00 €/atleta ; Ranking N Pedestre - 1368,00 €/familia, 456,00 €/atleta ; Ranking S Pedestre - 1026,00€/familia, 342,00€/atleta Ranking TP O-BTT - 1 260,00 €/familia, 420,00 €/atleta; Ranking TP CA - 840,00 €/familia, 280,00 €/atleta. Indicadores (TP Pedestre, O-BTT e CA): 210 €/ (familia*prova), 35 €(atleta*dia); Norte/Sul Pedestre: 171 €/ (familia*prova), 28,5 €(atleta*dia) Dados estimados para o calculo- Distancia média do local de prova (TP) - 150 km por dia (normalmente 300km ida e volta), Custo por km (0,39 €/km) Distancia média do local de prova (T FPO Norte/Sul) - 100 km por dia (normalmente 200km ida e volta), Custo por km (0,39 €/km) Nº Refeições principais - (Jantar de Sabádo e Almoço de Domingo), Custo por refeição (7 €/pessoa) Nº Refeições volantes - (Almoço Sábado e Peq. Almoço Domingo), Custo por refeição (2,5€/pessoa) Nº de Pernoita em Albergue Juventude - (Noite de Sábado), (12€/pessoa) Então e qual é o custo estimado global da Participação nos Rankings das Taça de Portugal e FPO? Simples basta utilizar estes indicadores e multiplica-los pelo nº de atletas inscritos nos respectivos rankings e chegamos a um numero próximo de um milhão de Euros (1 000 000,00 €). Em percentagem, a estimativa aponta para 75% do valor ser gasto na disciplina Pedestre, 15% na disciplina de Ori-BTT e 10% para as Corridas de Aventura. Na disciplina Pedestre a preponderância vai para a TP que consome mais de 50% dos custos totais. Se adicionarmos este custo de participação aos custos de organização (113 dias de competição em 2008) chegamos a um valor de 2 200 000,00 € para os custos anuais do calendário competitivo da orientação, ou seja cerca de 19 500,00 €/ dia (mais de 35 vezes o valor declarado pela FPO). Como já reparam o dinheiro que financia a Orientação sai quase integralmente dos bolsos dos praticantes e das parcas receitas que os clubes geram organizando eventos (são raras as subvenções que os clubes de Orientação recebem para o DPD por parte das autarquias) !!! Identificado como está de onde vem o dinheiro para a Orientação importa agora compreender como podemos ser correctos com os nossos principais financiadores e como é que podemos ir viabilizar outras fontes de receita!!! Mas isso fica para o fim de semana Boaaaaaaaaaa praia, que eu tambémmmmmmm vou !!!! Alexandre Mais uma vez ignoramos olimpicamente quem verdadeiramente nos financia !!! - alix - 08-30-2010 11:21 AM Olá a todos, Aproveitei o fim de semana para estudar com alguma profundidade esta nova realidade sobre o financiamento da Orientação e cheguei à conclusão que mais uma vez não estamos a agir no sentido de criar oportunidades para a Orientação. É objectivo da Administração Pública potenciar a utilização do Mecenato Desportivo para o Desenvolvimento da Prática Desportiva, e nesse sentido simplificar os mecanismos que a lei prevê para a aplicação dos benefícios fiscais a pessoas colectivas e singulares (leia-se famílias). Exercício simples: Família que tem rendimentos do 4º escalão (18 000 a 41000 €/ano) (muito comum na Orientação - 2 pais a trabalhar e filho a estudar) que em sede de IRS são taxados a 34% e que participa na TP Pedestre e TFPO Norte custeando do seu bolso os custos de participação em cerca de 3 040,00€. Essa família, se obtivesse da FPO uma declaração de mecenato iria poupar em IRS cerca de 260,00 € que eventualmente iria utilizar para participar em mais algumas provas, Então e se estendêssemos isso a toda a família Orientista quanto é que isso significava em volume global liberto para a Modalidade só com a poupança em impostos??? Uma conta simplista dá-nos o numero de 85 000,00 € como ordem de grandeza da poupança fiscal realizada pela família Orientista. Será que um valor que representa dois terços do valor recebido do IDP não justificaria uma atitude diferente por parte da FPO??? Acharemos todos que sim mas a direcção da FPO acha que só deve usar esta poderosa ferramenta em beneficio "de alguns" dos seus dirigentes, ou será que estou enganado…???? Será que alguém conhece a "lista de mecenas" da FPO??? Será que a FPO conduz o processo de acordo com a Lei??? E como é que faríamos para obter este beneficio???? Estas são todas questões que uma nova direcção deverá procurar esclarecer e corrigir com urgência pois irá seguramente ajudar a Orientação e estará em linha com a direcção da Politicas Públicas Desportivas, e já agora como retribuição todos nós poderíamos em sede de imposto ajudar suplementarmente a FPO indicando-a como beneficiária de 0,5% da nossa contribuição em IRS (quadro 9 do anexo H da sua declaração). Pois é, mais uma vez se conclui que algo simples e fundamental para o desenvolvimento da Orientação foi ignorado pelos dirigentes. Então e que dizer das restantes linhas de financiamento público que poderiam ser accionadas. Ai, o deserto é total….. Por exemplo: Para a promoção da disciplina mais ignorada pela FPO, o TRAIL O (e aquela em que infelizmente eu poderei vir a ter alguma hipótese ) existem inúmeras linhas de apoio a funcionar junto do Instituto Nacional para a Reabilitação (MTSS) onde a Orientação é ainda uma modalidade desconhecida. Por exemplo: Para a promoção da internacionalização da Orientação, sobretudo na cooperação com os países lusófonos para as quais existem também muitas linhas de apoio ao desenvolvimento de projectos a funcionar no IPAD (MNE). Por exemplo: Para a promoção de práticas e atitudes de protecção do ambiente (e da floresta) para as quais existem também linhas de apoio ao desenvolvimento de projectos (Min. Ambiente e Min. Agricultura). Por exemplo: Para a prevenção e combate à violência e toxicodependencia, utilizando o Desporto e a Aventura como ferramentas de ensino de novas atitudes e comportamentos para as quais o Instituto da Droga e Toxicodependencia (MJ) tem também linhas de financiamento a acções e projectos, e por ultimo junto dos Governos Civis que financiam acções e eventos de interesse e relevância Distrital. Deste leque retirei as Autarquias e os Governos Regionais pois são entidades às quais a Orientação já recorre mas que infelizmente a FPO, quase ignora. Para o fim guardei uma extraordinária fonte de financiamento que ignoramos por completo e que tem natureza fundacional e que actuam também nas áreas supracitadas e noutras que importava explorar….. Mas isso será em próxima oportunidade!!! Um grande abraço do Alexandre Sabe porque é que a palavra patrocínio não existe na Orientação???? - alix - 08-31-2010 01:02 PM Olá a todos, Guardei este tema do financiamento privado para o fim da reflexão sobre a envolvente económica da Orientação pois parece-me que este é um dos principais pilares que nos faltam para a definitiva afirmação do nosso desporto. O interesse mercantil pelo Desporto tem vindo a ganhar relevo nas ultimas décadas, sobretudo mercê da grande identificação do publico com os seus ídolos e pelo fenómeno de "cópia" de usos e costumes que isso promove!!! Um par de ténis nos pés de Mikael Jordan, ou um par de chutarias nos pés de Cristiano Ronaldo não é a mesma coisa que um par de sapatos de Orientação nos pés da Maria Sá, ou será? Para quem idolatra a Maria Sá (felizmente serão "poucos" ou talvez não, ) copiar-lhe o estilo de vestuário, os gostos, os hábitos é uma forma de comunhão com o seu ídolo, ou seja, este comportamento é para o "mundo mercantilista" uma ferramenta comercial muito poderosa!!! Este exemplo, foi ao longo do tempo estendido com normalidade a outras componentes e características do fenómeno desportivo e hoje é, em algumas modalidades, explorado com enormes vantagens económicas para ambas as partes - Agentes desportivos e Empresas/Marcas/Produtos. Os desportos "profissionais" sobrevivem em grande medida com as receitas que obtém desta fonte de financiamento privada. No entanto, existe uma peça fundamental neste "negócio" que é a capacidade de comunicação da associação das marcas e produtos com o desporto/atleta/equipa. É a medida desta capacidade de chegar aos "consumidores" que determina o volume do financiamento disponível para a actividade desportiva. Nesse sentido, os desportos tem-se modificado progressivamente e assumido muito mais uma postura de espectáculo do que de competição táctico/atlética. Nesta transformação do fenómeno desportivo os media, nomeadamente a televisão, têm imposto a generalidade dos condicionamentos que hoje regem as grandes competições desportivas. E como é que a Orientação pode chegar aos consumidores e desta forma se tornar atractiva para o mundo mercantil??? Internacionalmente tem sido difícil este designio da Orientação, sobretudo num modelo de comunicação assente na unidireccionalidade (televisão analógica) em que a modalidade surge necessariamente como um produto caótico e pouco compreensível pelo espectador (nomeadamente nas reportagens alusivas a provas de orientação pedestre e BTT). Então e há solução??? Sim, mas ainda temos de ter alguma paciência e a inteligência para construir uma forma mais aliciante de retratar a Orientação tirando partido das capacidades bidireccionais que a televisão digital nos irá proporcionar (semelhantes às que hoje já temos na Internet), mas isso será tema dos últimos Posts desta semana (Stay tune). E que ferramentas e experiências a Orientação deve actualmente considerar para entrar decisivamente neste "jogo" do financiamento privado!?!?! O primeiro passo deverá ser o de procurar estudar o problema e associar-se aos parceiros que decididamente procuram compreender e aplicar as boas práticas do "Sponsoring". Que implicam obviamente, definir uma estratégia de comunicação e marketing sólida e efectiva. Mas isso será assunto para amanhã, Um abraço, Alexandre E que somos muito pouco simpáticos e úteis para quem nos visita!?!! - alix - 09-01-2010 01:11 PM Um grande Olá para todos, É verdade, a nossa porta de entrada é "pesada" e está muito "mal lubrificada", range muito e agrada pouco …. Estou a falar como é natural do nosso portal da Orientação que é o Site da FPO - pesadão, mal organizado e sobretudo muito pouco útil para quem o visita (sobretudo para quem procura um primeiro contacto com a modalidade, falamos naturalmente dos jovens). E porque que a FPO caminhou neste sentido e não corrigiu o rumo ??? Simples, a FPO não tem qualquer estratégia definida para as áreas da comunicação e marketing e portanto a sua(s) ferramentas de comunicação surgiram de iniciativas individuais, bem intencionadas, mas totalmente desgarradas de um quadro de valores e objectivos que importa definir para a modalidade. O Portal da Orientação, que não existe, deveria ser o principal veiculo de comunicação da modalidade e tinha obrigação de agregar "quase" todas as ferramentas de comunicação e marketing da modalidade. Deveria ser estruturado por grupos de interesse, deveria conter informação e matérias de apoio que constituíssem uma mais valia para o utilizador/visitante/espectador de modo a que o regresso frequente deste ao Portal fosse incentivado e potenciado. Então e como é que se faz??? O site da Federação Inglesa de Orientação é um excepcional exemplo de um Portal que convida ao regresso dos visitantes. A informação está organizada por grupos de interesse (Noticias, Primeira Visita, Equipas Inglesas, Voluntariado e Formação, Informação das Provas,….) e o Portal tem no seu seio vários sites ou ligações a sites que ajudam a agregar a informação e a disponibilizar os matérias de uma forma fluída e mais interactiva. O site para as crianças é uma verdadeira pérola onde o grafismo, a linguagem e os estímulos (jogos, actividades, etc.) estão devidamente concebidos para a cultura e desenvolvimento dos publico alvo. Uma preocupação que se sente em todo o site inglês é a valorização da marca Orientação enquanto factor de captação de recursos - humanos e materiais. A criação de condições para a normalização da imagem e dos procedimentos é uma constante na componente de Desenvolvimento da Modalidade incluída no Portal. E nós em Portugal, como é???? Bom, nós conseguimos ser melhores do que eles, com o recurso a ferramentas de gestão avançadas para o desenvolvimento da competição (o OASIS é uma ferramenta muito avançada de gestão desportiva, é se calhar o equivalente à VIA VERDE da Orientação), e depois conseguimos ser paupérrimos na forma como não sabemos apresentar a Orientação a quem nos procura pela primeira vez (isto vale tanto para praticantes como para patrocinadores/apoiante/voluntários). Há que mudar rapidamente esta permanente atitude autista de desprezo pela áreas da comunicação e marketing e construir uma estratégia sólida, com objectivos mensuráveis, para nos expormos junto do nosso mercado alvo. Iniciativas como o O'TV e a Orientação em Revista tem de ser pensadas e planeadas de forma a criar nos telespectadores/leitores uma necessidade de interagir com a Modalidade (Portal) e por essa via abrir-lhes o apetite para a experimentação, formação e prática desportiva!!!! Só assim é que a Orientação capitalizará o interesse do publico e se tornará apetecível para os Patrocinadores!!!! Amanhã veremos como é que todos os meios (media) se devem articular e complementar no esforço de EXPOR a Orientação… Um abraço e até amanhã, Alexandre P.S: Exemplo da importância da gestão dos conteúdos do Portal na promoção do interesse do espectador/utilizador (monitorização do ARWC Portugal 2009 via Google Analytics). Será que vale a pena utilizar bem as ferramentas que nos podem tirar do anonimato? - alix - 09-02-2010 11:36 AM Olá, o fim já está próximo…… Ao fim de 25 episódios a novela aproxima-se a passos largos para o seu final que VOÇE pode escolher !!!!! Ligue o 21 999 9999 para final feliz, 21 666 6666 para final trágico ou compareça na próxima semana na Universidade Lusíada (em dia e hora ainda a confirmar) para assistir interactivamente ao final REAL!!!! Poís é, só saberão qual a "receita" se se dignarem levantar da cadeira e vir à "floresta do saber" para comungar em grupo o final deste exercício prospectivo. Pela minha parte, procurarei surpreender-vos com a simplicidade da solução e dar-vos o conforto de saber que afinal poderá haver LUZ ao fundo do túnel……… Quem conhece a História Secreta de Portugal sabe que fomos nós que explicamos aos Ingleses onde estava e para que servia o Mar Oceano, para além disso fomos nós que os instruímos na arte da Supremacia Naval (leia-se manobra táctica e artilharia) e eles tiveram a humildade de aprender "demasiado" bem e passaram a dominar o Mundo ….. da comunicação…. É verdade, hoje a língua inglesa é cada vez mais global e hegemónica e tende, se nada for feito, a dominar as relações entre os homens nos próximos séculos e isto é feito utilizando, com mestria e muito saber, as actuais ferramentas de comunicação. Por isso, o exemplo de ontem utilizando o portal da BOF (British Orieentering Federation) como ilustração não foi inocente. Uma analise cuidada, dos portais desportivos ingleses, mostra uma pujança incrível na forma de apresentar os conteúdos, de os valorizar e de tornar o utilizador um actor activo e satisfeito da modalidade (inscrevendo-se, voluntariando-se, doando, comentando, etc.). E isto é, tanto mais importante e evidente, não fosse Londres a sede dos Jogos Olímpicos de 2012. Apresento-vos dois exemplos de Portais em que a agregação de conteúdos é notável, em que as ferramentas do Media Social (Redes sociais) estão presentes em grande profusão gerando efeitos multiplicativos muito significativos sobre a valorização dos conteúdos tradicionais com base em - texto, foto, áudio, vídeo - que são disponibilidades em grandes quantidades e segmentados por grupos de interesse. O objectivo de comunicação do primeiro portal centra-se na equipa Olímpica/Paralimpica inglesa; as suas "estrelas", as modalidades "top" e toda a cultura de sucesso que rodeia os campeões que é terreno fértil para as actividades "mercantis" leia-se promoção de marcas e produtos (merece uma visita prolongada e reflectiva). O segundo portal aproxima-se mais daquilo que se pretende para uma modalidade desportiva, neste caso escolhi o Portal da Federação Inglesa de Natação que é membro da ESA (lembram-se) e que recentemente obteve um patrocinador de sonho, a "British Gas". Tal como o portal anterior, há uma agregação perfeita de conteúdos (noticia, entrevista, reportagem, testemunho, arquivo, etc.) em vários formatos e com grande capacidade de interactividade com o utilizador (ou seja, estamos perante um sistema multimedia maduro e perfeitamente desenvolvido). E em Portugal, não se faz nada? E o que é que a Orientação já conseguiu fazer? A resposta, infelizmente, é mais uma vez pouco simpática, para os actuais dirigentes da Federação. Fez-se e faz-se muito bem, com reconhecimento internacional, mas é completamente ignorada e "trucidada" por conveniências e vaidades "mal explicadas" !!!! O site que o Nuno Pestana desenvolveu para o Campeonato do Mundo de Corridas de Aventura que se realizou em Portugal o ano passado é um exemplo internacionalmente elogiado (e também um bocadinho "odiado") de sistema de comunicação de massas da Orientação, neste caso da disciplina de Corridas de Aventura. Ultrapassou o milhão de acessos com origem em mais de 180 países e tempos de permanência on-line (assistindo) fantásticos (salvo erro, o acumulado somou cerca de "vinte anos de duração"). Então e o que é que a FPO, fez com o trabalho do Nuno que incluiu um sistema inovador de agregação de conteúdos (incluindo geo-localização em tempo real e relevo 3D) baptizado de "Follow My Team" e que poderia ser facilmente utilizado para o WOC MTB??!!! Não fez nada, ignorou pura e simplesmente todo o trabalho benemérito e gratuito de um dos nossos melhor consultores internacionais de IT (grande parte ou a totalidade do desenvolvimento foi feito num escritório na torre Petronas, em Kuala Lumpur na Malásia e portanto não devia estar conforme os "standards" da FPO). Outro exemplo, de sistema de comunicação de massas da orientação de classe internacional desenvolvido com amor à camisola em Portugal e completamente ostracizado pela FPO é o já celebre Ori-live!!!! E porque??? Desconhecerão porventura que estes serão os sistemas que, no futuro, poderão tornar a Orientação num espectáculo desportivo no mundo da Comunicação Digital (leia-se TV Digital, Computador, Tablet PC e obviamente telefone móvel). Será que é porque os génios que pensam e desenvolvem estes sistemas tem "mau feitio" ou andam com "más companhias"!!! Por favor, meus senhores dirigentes, tenham vergonha da vossa inércia e incompreensão e deixem que o "sonho" se realize!!!!! Para amanhã, fica prometida uma análise desapaixonada sobre a evolução da minha "criança" que tem tido uma adolescência "cinzenta e alienada" !!! Procurarei esquecer que fui o pai do O'TV e conduzirei uma análise sobre os princípios comunicacionais, estéticos e editoriais que presidiram à sua criação e implementação e que, infelizmente, se foram perdendo com o passar do tempo…. Um grandíssimo abraço de agradecimento pela vossa persistente atenção, Alexandre Sabia que dissemos ao IDP que o O'TV era um investimento ruinoso !!! - alix - 09-04-2010 01:11 PM Olá a todos, Mil perdões pela ausência de ontem, sei que vos deixei em suspenso e ansiosos por saber mais. Mas pelo menos escolhi um titulo "bombástico" que já vos está a deixar com "água na boca" É verdade, é difícil de acreditar mas a FPO nos seus relatórios para o IDP de 2006 a 2008, disse-lhes que o Magazine O'TV era a componente principal do seu Projecto Inovador do Desenvolvimento da Prática Desportiva Juvenil (PIDPDJ) e por acaso, esqueceu-se de mo transmitir a mim. Eu, que à época, era só o Produtor/Realizador do magazine. Paciência, acharam não devia ser necessário dar-me conhecimento desse facto "quase" irrelevante …..!?!?). Eu já vos tinha dito, que nós aos olhos do IDP somos enigmáticos, mas isto é demais !!!!! Conseguimos gastar pouco mais de 500 Euros por dia de competição nacional e no entanto, gastamos durante um ano quase 14 000,00 Euros num PIDPDJ para perder 21 jovens praticantes !!!!! Vai lá vai, assim só nos podemos queixar da nossa falta de jeito para tratar dos assuntos sérios!!!! E obviamente, não colhe, a desculpa do costume; de que somos todos voluntários e que nos portamos todos muito bem…… Posto isto, vamos agora falar do O'TV enquanto única ferramenta de comunicação de massas de que a Orientação dispõe. O O'TV é um investimento necessário e obviamente tem de ser rentabilizado o melhor que conseguirmos. O problema é que para rentabilizar o investimento o magazine tem de cumprir dois objectivos fundamentais: - Gerar e fidelizar audiências; - Gerar e fidelizar clientes das marcas Orientação e Aventura*. A linha editorial e o plano de acção que se estabeleceram e foram afinando nos primórdios do O'TV tiveram sempre em conta estes dois objectivos. Para atingir o primeiro, criou-se um modelo de magazine muito dinâmico (um pouco à imagem do Portugal Radical, cujo produtor foi a nossa principal "bengala" nos primeiros passos televisivos) e teve-se o cuidado de dar preferência aos assuntos e intervenções, que em cada momento, desvendavam para o espectador o que era e que valores defendia a Orientação. Para lograr o segundo objectivo, criou-se um clima acolhedor no magazine de modo a transmitir ao espectador a ideia de convite permanente por parte da modalidade e dos seus agentes (atletas, dirigentes, organizadores, apoiantes, etc). No entanto, para cumprir estes propósitos teve de se secundarizar a componente "beligerante" da modalidade; a "luta" pelo titulo, os "ufanos" guerreiros, as "ululantes" hostes de apoio, etc... Mas isso, não podia mais ser tolerado, pois aos "ufanos" e às "ululantes" não estava a ser prestado o devido tributo e assim um projecto de comunicação de sucesso (o O'TV chegou a ser o magazine de referencia da RTP2) perdeu-se e transformou-se naquilo que considero um produto fraco, demasiado segmentado e por essa razão demasiado caro para a Orientação. Hoje o magazine de Orientação visa um único objectivo: - Criar e dar visibilidade às "vedetas" da modalidade; Para isso, mais de 50% do conteúdo do magazine são entrevistas a "actores" do evento; que falam invariavelmente na primeira pessoa, utilizando linguagem (calão da Orientação) incompreensível para o espectador comum e em enquadramentos que não retratam, na maioria das vezes, o ambiente que rodeia a prática da Orientação e das Corridas de Aventura (ressalvo a excelente intervenção do Rui Ferreira (OriMarão) que no magazine de Junho deste ano num minuto e nove segundos se preocupou em explicar o que é que se estava "realmente" a passar em Vila Pouca de Aguiar - e que era tão somente a prática da Orientação em BTT ). De facto, o retratar da Orientação enquanto actividade desportiva e o desvendar da especificidade das suas características fundamentais, é totalmente desprezado por esta linha editorial. Omite-se muitas vezes ao espectador a sequência lógica dos acontecimentos (há provas que nunca começaram, mas tem final e vencedores; há provas que começaram e nunca terminaram mas que tem vencedores e há, espante-se, campeões que afinal ficaram em segundo mas que mesmo assim ganharam o titulo ????? ). Pois é, caros amigos, hoje o O'TV falará, na melhor das hipóteses, só para os orientistas e esses são pouco mais de 2346 (em 2009) espectadores interessados. Gastar cerca de 13 655,00 € (media declarada pela FPO ao IDP, 2006-08) para satisfazer um publico alvo tão segmentado (e já angariado para a modalidade?) é demasiado caro para a Orientação (5,82 €/atleta*ano) e não produz, infelizmente, nenhuma mais valia significativa para a modalidade (crescer 55 atletas é francamente pouco). E o que é que se faz ao O'TV??? Acabasse com ele ou reformula-se??? Penso que a segunda opção é a correcta - o O'TV deve regressar aos seus objectivos iniciais, e quiça, virar-se primordialmente para o desenvolvimento da Pratica Juvenil como erradamente a FPO disse que fazia ao IDP. A televisão é ainda hoje, apesar do predomínio avassalador dos conteúdos de entretenimento, uma excepcional ferramenta de ensino e formação. Devemos explorar essa capacidade de nos expormos junto do grande publico falando com ele numa linguagem simples e demonstrar-lhe, com exemplos claros a beleza e a mais valia que este desporto lhes pode proporcionar. Não são necessários grandes meios para ser eficaz na mensagem e gerar gratificação e retorno no espectador - basta só ter a humildade de querer aprender como se faz bem ….. !!!!!! Nota importante: Todavia considero que tem havido por parte da produção uma evolução significativa na correcção técnica e jornalística do magazine e isto, apesar de considerar que na tomada de imagens há ainda muitas deficiências técnicas e estéticas, sobretudo de realização (aliás função que me parece não estar preenchida por ninguém, pelo menos não vêm mencionada na ficha técnica do magazine). Para hoje, se me portar bem, fica prometido um olhar sobre os restantes media (sobretudo new media) que a Orientação utiliza bem para passar a sua mensagem ….. Um grande abraço, Alexandre *(No inicio e durante todo o período de transição (2004-2007) das CA's para a FPO a APCA financiou todos os custos das corridas de aventuras, inclusive os custos relativos ao O'TV)[/b]. O futuro da Orientação dependerá da sua capacidade de penetração nas Redes Sociais!!! - alix - 09-04-2010 09:24 PM Olá novamente, Duas peças num só dia é obra mas se o assunto motiva a oportunidade aparece !!!! Já vos tive oportunidade de dizer que a Revolução Digital nos media (leia-se conteúdos digitais e interactividade) veio tornar mais "fácil" comunicar a Orientação ou pelo menos, mais fácil para o espectador de seguir e compreender o fenómeno. O facto de ser possível definir digitalmente o espaço onde decorre a acção (terreno+mapa) e de seguir instantaneamente a posição dos atletas já está a tornar a Orientação num espectáculo digital com audiência global via internet. Estes primeiros passos, são experiências que tem grande importância para as modalidades desportivas que se desenvolvem na natureza (na Vela as regatas internacionais já são exibidas em directo via Internet) e que tem grande handicap em relação à presença de espectadores presenciais e por isso, importa criar condições para que eles possam assistir remotamente à acção tornando-se espectadores virtuais. É natural, que esta evolução leve a que para além da internet, a televisão digital e os novos dispositivos de comunicação móvel comecem a interessar-se por exibir conteúdos de orientação (esse é o caminho da segmentação dos conteúdos que está actualmente em marcha). Dois exemplo práticos de segmentação de conteúdos que conhecemos são o OrIOASIS e World of O em que numa pagina devidamente organizada nos aparece o que, os autores/gestores dessas paginas segmentaram apartir de vários "providers" de acordo com os seus interesses e que julgam representar uma média dos interesses dos Orientistas que visitam as suas paginas. No futuro, todos nós e de acordo com os nossos gostos/interesses teremos capacidade de seleccionar o que quotidianamente consumiremos de conteúdos informativos, entretenimento e formativos - e isso nos mais diversos interfaces homem-maquina, televisão incluído. Por isso, o que irá passar a atrair os "consumidores" de desporto, nomeadamente os da Orientação, será a qualidade dos conteúdos e a sua disponibilidade. Assim será fundamental para a modalidade ter os seus agentes (atletas, clubes, dirigentes, "trovadores", fotógrafos, etc..) a "mostrarem-se" e a interagir com os espectadores via "blogs", "facebook", "twitter","flikr", "youtube", etc.. . Alguns terão a sua qualidade reconhecida e apreciada, o ORIENTOVAR é um desses bons exemplos, outros serão puros exercícios de "narcisismo", no entanto não devemos temer pois o "mercado" (leia-se espectadores interactivos ou "interespectadores"?) se encarregará de separar o trigo do joio ! ! ! Mais uma vez, chamo a atenção para a importância da utilização correcta da lingua(gem) na formulação dos conteúdos que pretendemos disponibilizar. Não interessa falar "orientes" (calão Orientista) para o grande público, nem falar de "grandes aventuras ou desafios" em matérias que se destinem a crianças, ou falar de matérias de interesse internacional em língua Portuguesa. Ou seja, temos cada vez mais que objectivar a nossa comunicação e ser capazes de com pouco dizer muito !!!! Para amanhã está prometido um final "escaldante", quiça quente de mais para as extremidades auriculares de alguns (ir)responsáveis , desta fase da investigação prospectiva. Bom resto de fim de semana, Alexandre Sabia que os Cofres do Estado se enchem com o dinheiro da Orientação ?? - alix - 09-06-2010 11:30 AM Olá a todos , Guardei este post para ultimo pela simples razão de que não foi possível obter em tempo útil todos os dados que necessitava para sustentar a tese apresentada, que porventura é sentida por todos, mas que a FPO nunca se preocupou em fundamentar junto da Administração Publica - Secretaria de Estado do Desporto e IDP. É fácil demonstrar que os grandes números da Orientação geram impostos directos e indirectos vultuosos, é também "fácil" (agora que já tenho os dados) compreender que um terço do valor recebido anualmente do IDP, via FPO serve para pagar contribuições obrigatórias (IRS, ISelo, SSocial) e obrigações legais (certificação contas, seguros, filiações obrigatórias). O que é mais difícil de estimar são os apoios financeiros que são atribuídos pelas autarquias e regiões à Orientação e por isso, tivemos de nos socorrer de um numero que nos pareceu adequado, 22,5% do valor gasto no desenvolvimento da prática desportiva vem de subsídios da Administração Local e Regional (Autarquias e Regiões) - (33% do montante despendido na organização de eventos (396 000,00€) e 10% do montante despendido na participação (100 000,00€)) . Os valores já estimados para ambas as rubricas no ano de 2008 são: Organização de Eventos - 1 200 000,00€ (considerando combustíveis: 25%, alimentação: 25%, serviços: 40%, consumíveis:10%) Participação em Eventos - 1 000 000,00€ (considerando combustíveis: 55%, alimentação: 35%, serviços: 10%) Chegamos aos seguintes valores de contribuições arrecadadas pelo Estado*: Combustíveis: ISP+IVA (Taxa média 54%) = 162 000 + 297 000 = 459 000,00€ IVA (restauração e bebidas) (Taxa 12%) = 36 000 + 42 000 = 78 000,00€ IVA (serviços e consumíveis) (Taxa 21%) = 100 800+ 25 200+ 21 000 = 147 000,00€ * Nota: Considerei que a esmagadora maioria dos clubes são clientes finais para o IVA. Fazendo o balanço Global para o ano de 2008 do deve e haver da Orientação com o Estado verifica-se que: A FPO, recebeu 126 000,00€ e devolveu 43 367,00€ (saldo +82 633) As Organizações, receberam 396 000,00€ e devolveram 324 000,00€ (saldo +72 000) Os participantes, receberam 100 000,00€ e devolveram 360 000,00€ (saldo -260 000) Ou seja o Estado Português, no final ainda "lucra" com a Orientação cerca de 105 000,00€ ou seja, praticamente aquilo que supostamente nos dá!!!! Será este modelo de calculo tão elaborado que os dirigentes da FPO nunca se tivessem dado ao trabalho de o formular??? Estará ele tão distante da realidade que não merece ser considerado??? Estas são mais algumas das questões que ficam infelizmente sem resposta pois a capacidade de trabalho, de pre(visão) e de análise não tem sido "o forte" de quem tem tido a ir(responsabilidade) de governar os destinos da Orientação em Portugal !!!! Eis-nos chegados ao final desta fase (discussão) do exercício de analise prospectiva da Orientação, muitos de vós ficarão com a sensação que ficaram de fora os temas que normalmente alimentam o fórum - a "conquista" do podium ou melhor o falhanço na sua conquista por culpa de outrem, normalmente da organização!!! De facto, essas preocupações não são relevantes para o nosso desenvolvimento futuro e servem tão somente para alimentar o "folclore" da modalidade e infelizmente afastar-nos da realidade de um mundo cada vez mais "competitivo" e "agressivo" na busca dos recursos que serão cada vez mais escassos. Os modelos de analise apresentados, são apenas isso, modelos !!! Necessitam de ser estudados, validados e sobretudo reflectidos para que nos possam ser úteis na previsão do "futuro", sobretudo na antecipação dos resultados das decisões que no dia a dia são tomadas, muitas vezes sob pressão e sem uma devida reflexão das suas consequências: Por exemplo o "triângulo invertido do desenvolvimento desportivo" é consequência directa dos custos de participação e da decisão de obrigar a 70% de resultados para efeitos de ranking (claramente só possível para atletas de clubes que suportem integralmente os custos de participação ou para participantes das Classes A e B, regra geral "quadros médios e superiores" que competem em Veteranos). Para esta semana, ainda a confirmar, fica prometido a conclusão do Estudo com a apresentação das Conclusões e das Medidas Concretas (saltos quânticos) que deverão ser adoptadas para transformar a Orientação num Desporto de Referencia a nível nacional e para em 2020 sermos significantes …. Um enorme abraço , Alexandre P.S: Optei por não publicar os gráficos obtidos com os dados fornecidos pela FPO pois mais uma vez são "enigmáticos" e in(seguros) ….. Ori-Futuro 2020 - Convite à participação na apresentação das conclusões!!!! - alix - 09-07-2010 12:11 AM Caros(as) amigos(as) Orientistas, É com enorme prazer que vos convido, em nome da Universidade Lusíada de Lisboa, a assistir e a participar na apresentação que irei fazer das conclusões do estudo prospectivo que em boa hora resolvi empreender. Como o Margarido referiu "....de agora em diante, já ninguém poderá escudar-se no “desconhecimento” da “causa das coisas”!...." e por isso, agora mais que nunca, devemos caminhar na busca do conhecimento que tornará real o nosso sonho. Por isso, convido todos os que puderem a juntar-se a mim e a uma Fundadora da FPO, a Katia Almeida para em conjunto debater-mos e reflectirmos sobre um conjunto de ideias que poderão ajudar a moldar o futuro da Orientação em Portugal. A apresentação decorrerá na proxima Sexta-Feira, pelas 18:00 no Anfiteatro I da Universidade Lusiada de Lisboa, na Rua da Junqueira 188 (estacionamento abundante e gratuito na zona poente do Edifício da Cordoaria Nacional ou podem utilizar as várias carreiras existentes) Divulgem SFF junto dos vossos clubes e dos vossos companheiros e apareçam!!! Um grande abraço e até sexta-feira, Alexandre RE: Ori-Futuro - Onde queremos que a Orientação esteja em 2020 ?!? - mnovo - 09-08-2010 04:14 PM Em primeiro lugar, acho que é de justiça agradecer ao Alexandre o importantíssimo e relevante trabalho que fez e o serviço que está a prestar à Orientação. Por isso, aplausos para ti, Alexandre! Pela minha parte, embora a minha participação nestas andanças tenha sido bastante irregular, a verdade é que sou dos primeiros tempos e, por isso, assisti ao "explodir" da modalidade e, agora, à sua relativa estagnação ou mesmo declínio. Não reflecti o suficiente sobre todas as causas desta situação para poder ter uma opinião definitiva, mas há algumas coisas que são tão evidentes que me é difícil não as apontar. Em primeiro lugar, os chamados escalões de entrada (OPT1, escalões de formação e escalões mais jovens) são com demasiada frequência excessivamente exigentes, em termos físicos e técnicos, para a experiência, a capacidade física e a maturidade desportiva e/ou emocional dos adultos, jovens e crianças que normalmente os fazem. É comum ver percursos de OPT1, Formação ou D/H 13 de apreciável dificuldade técnica, com pontos longe de caminhos e/ou de referências óbvias para um novato, em zonas perigosas (em grandes declives, por exemplo) e demasiado longos, muitas vezes para serem cumpridos em bem mais do que uma hora (a rondarem ou mesmo a ultrapassarem os 3km, no pedestre, e os 12km, em BTT). Ora, para quem está a participar pela primeira vez ou é muito jovem, apanhar com um percurso destes é muito desmotivante! Se queremos que as pessoas voltem e que os pais não hesitem em levar consigo os seus filhos para os iniciar na modalidade ou deixá-los participar sozinhos pela primeira vez, isto tem de mudar! Por isso, deixo aqui o meu apelo aos traçadores de percursos, supervisores e organizadores de provas em geral: por favor, tenham em devida atenção as pessoas que fazem estes percursos. Não são mini-elites nem potenciais campeões que têm de ser "esticados" ou "praxados": são pessoas sem experiência e, na esmagadora maioria dos casos, com pouca capacidade física, acrescida, para os mais jovens, de imaturidade emocional. Nos escalões de entrada, não é suposto ver crianças todas arranhadas e aterrorizadas no meio do mato sem saberem onde estão, nem adultos completamente à nora, já sem nenhuma capacidade de discernimento. Se isto se continuar a verificar, cada vez teremos menos gente, adultos ou jovens e, mais tarde ou mais cedo, vamos ter um acidente grave a lamentar. Por outro lado, nos escalões mais veteranos, D/H45 e superior, é também frequente verem-se percursos desajustados em termos de dificuldade física (excessiva, por vezes totalmente disparatada) e dificuldade técnica (demasiado simples), exactamente o inverso do que deveria acontecer nestes escalões. Esta situação é particularmente dramática no BTT. Só para dar um exemplo, no meu escalão, D45, esta época, das 17 provas realizadas até à data, só 5 é que cumpriram as normas do regulamento de competição! Escusado será dizer que, por este andar, daqui a nada não têm lá ninguém! Isso até podia ser positivo, pois sempre se poupava um percurso ou dois em que só há meia dúzia de participantes, mas a verdade é que se nós, os mais "entradotes" deixarmos de ir, se calhar os nossos filhos ou netos também não vão, nem os nossos amigos e aí por diante... Por cada um de nós que desista porque não está mais para ser "praxado", há muitas pessoas que deixam de ir, podem ter a certeza! Por isso, deixo aqui um outro apelo aos traçadores de percursos, supervisores e organizadores de provas em geral: nos escalões veteranos, podem fazer o mais tecnicamente difícil que souberem que ninguém se vai queixar, mas diminuam a dificuldade física! Tem de haver razoabilidade quando se traçam estes percursos. Já existe um historial importante de provas realizadas para que se possam tirar conclusões quanto a médias de progressão no terreno, tanto a pé, como de bicicleta, por isso não há desculpa possível para que esta situação se mantenha! Correndo o risco de ser injusta, muitas vezes dei comigo a pensar que o percurso de OPT1 que estava a fazer com as minhas filhas ou o meu percurso de D45 em O-BTT tinha sido feito com bocados dos percursos dos outros escalões e não desenhado a pensar especificamente nas características das pessoas a que se destinava... Ora, tudo isto leva-me a uma conclusão: estes escalões, os de entrada e os veteranos, não têm sido muito acarinhados, bem pelo contrário, embora sejam ambos cruciais para o futuro da modalidade. Os de entrada, por assegurarem a tão necessária renovação dos praticantes; os de veteranos, por assegurarem um "fornecimento" regular de filhos, netos e amigos, que incentivam e a quem possibilitam entrar na modalidade. Por isso, se queremos que haja cada vez mais praticantes, condição essencial para que a modalidade evolua, temos de ter determinação suficiente para alterar a situação actual, tanto nos escalões de entrada, como nos mais veteranos. A Orientação "explodiu" como modalidade precisamente porque era acessível a qualquer um. Ao tornar-se inacessível (em termos técnicos e/ou físicos) e a privilegiar em demasia a competição em detrimento do lazer e duma componente mais lúdica, como sucede hoje, caminha a passos largos para a sua irrelevância completa no panorama desportivo nacional. Temos de ser capazes de re[/size][/font]encontrar um equilíbrio, hoje perdido, entre a exigência própria dos escalões verdadeiramente de competição e o divertimento característico da aprendizagem desportiva e do puro lazer, correspondentes à esmagadora maioria dos escalões. Margarida Gonçalves Novo Ori-Futuro 2020 - Apresentação das conclusões no Youtube!!!! - alix - 09-12-2010 08:33 PM Olá a todos , Agradeço as mensagens e cumprimentos simpáticos que me têm dirigido nestes últimos dias, em particular o elogio e contributo da Margarida que me deixa muito honrado . A apresentação das conclusões na sexta-feira foi muito "caseira", como de resto já é tradição na Orientação em véspera de jornada dupla - Corridas de Aventura e Orientação Pedestre. No entanto, foram poucos mas muito bons debatemos ideias durante mais de hora e meia e sobretudo ficamos com mais animo para contribuir para a necessária mudança de rumo que urge fazer na Orientação. O vídeo da apresentação já está disponível para visualização no Youtube (em vários formatos, inclusive HD). Amanhã iniciarei uma série de POST's que reunirão todas as conclusões e medidas que preconizei para nos guiarem nesta década turbulenta e incerta. Estejam atentos que haverá, como sempre muitas surpresas....para todos os gostos, Alexandre RE: Ori-Futuro - Onde queremos que a Orientação esteja em 2020 ?!? - mnovo - 09-13-2010 11:08 AM Este post é para vos chamar a atenção para as propostas de alteração ao Regulamento da FPO e ao Regulamento de Competição a serem postas à votação na próxima Assembleia Geral, suponho eu. Ambos os regulamentos são cruciais para o futuro da modalidade e é por isso que trago este assunto para aqui. O primeiro ainda não li. Pelo segundo, passei os olhos e saltou-me logo à vista que as alterações propostas são muito mais do que as assinaladas a azul, o que poderá induzir em erro os menos atentos. Ou bem que se assinalam todas as alterações, ou bem que não se assinalam nenhumas. Assinalar só algumas é que não! Por isso, peço ao responsável por esta proposta (já agora, quem é?) que faça a gentileza de disponibilizar uma versão comparada face ao regulamento em vigor, para que se possa ver com clareza tudo o que está em cima da mesa e o que nos vão pedir para votarmos. Trata-se duma proposta de alteração, por isso as alterações têm de ser todas identificadas e explicadas, não apenas algumas. É que têm de ser todas votadas, uma a uma e, para isso, temos de saber quais são! [/u] Entre as alterações não assinaladas, houve uma (aliás, são várias) que chamou também logo a minha atenção porque me diz directamente respeito. Desaparecem praticamente todas as normas técnicas sobre O-BTT, nomeadamente os tempos máximos recomendados por percurso, a escala dos mapas, a adequação dos percursos à realidade nacional dos escalões... Só deixaram recomendações para os OPTs!!!! Como não quero acreditar que estas alterações (melhor dizendo, eliminações) se devam a ter havido tanta gente a protestar este ano por essas recomendações não serem cumpridas, gostaria de saber qual é o motivo desta importantíssima alteração em termos de competição de O-BTT. Fico a aguardar! Vi também com tristeza que esta proposta continua a insistir numa distância máxima de 4km ou um tempo máximo de 40m para o OPT1 do Pedestre. Conhecem alguém com pouca ou nenhuma experiência que faça 4km de orientação em 40 minutos? Eu não! Por isso, vamos aproveitar esta oportunidade para pôr aqui uma distância razoável (2,5km ou mesmo 2km), mantendo os 40 minutos, para evitar a continuação do descalabro que se tem verificado nestes percursos? É que deixar lá os 4km, apesar dos 40 minutos (muito subjectivos), é deixar a porta aberta para a continuação do estado actual de coisas... Não façam de conta que isto não vos diz respeito. Se continuarmos a assobiar para o lado, mais tarde ou mais cedo deixa de haver modalidade. 1º salto quânticos da Orientação - Dimensão - alix - 09-13-2010 11:35 PM Olá a todos, Inicio agora o desenvolvimento das ideias apresentadas no vídeo e para a variável Dimensão entendo que a Orientação deve ganha-la em algumas da suas componentes e deve comprova-la claramente a noutras, em que que já têm números muito significativos mas desconhecidos da Sociedade. E onde é que deve ganhar dimensão? Deve crescer nos meios humanos da FPO criando uma equipa multidisciplinar profissional leve e ágil que dê resposta cabal às necessidades de coordenação e suporte das actividades comuns da Orientação. A dimensão da equipa deve em cada momento reflectir os objectivos da Orientação que só, ou de preferência, sejam responsabilidade executiva da FPO. A dimensão critica mínima proposta é de oito colaboradores equivalente a tempo inteiro: - Secretário Executivo - 1 Colaborador Full-Time (CF-T), - Secretario Direcção - 1 Colaborador Full-Time (CF-T), - Responsável Técnico Arenas - 1 Colaborador Full-Time (CF-T), - Responsável Técnico Formação - 1 Colaborador Full-Time (CF-T), - Responsável Técnico Marketing e Comunicação - 1 Colaborador Full-Time (CF-T), - Responsável Técnico Alta Competição - 1 Colaborador Full-Time (CF-T), - Responsável Médico - 2 Colaboradores Part-Time (CP-T), - Técnicos de Arenas e Marketing - 2 Colaboradores Part-Time (CP-T). Nos meios materiais, sobretudo em termos de infra-estrutura comum de utilização partilhada: por ex: uma "Arena Móvel" composta por vários veículos e estruturas que definam claramente um "Welcome Center" para os eventos. Os objectivos principais serão: - receber condignamente os novos praticantes, - dar o apoio necessários aos praticantes regulares, - criar oportunidade de dar retorno efectivo aos patrocinadores e apoiantes do evento, - criar condições para interagir com as populações locais estabelecendo laços e visibilidade para a modalidade. Os meios mínimos que preconizo são: - 1 veiculo (tipo autocaravana) para Secretariado Móvel da FPO (destinado sobretudo aos novos praticantes mas não só), - 1 veiculo (tipo autocaravana) para Apoio Social (destinado a BabySitting e recepção a Deficientes), - 1 veiculo (tipo autocaravana) para Apoio Sanitário (destinado a servir de Posto Médico - Exames Med. e resposta secundária a Acidentes), - 1 veiculo de transporte de apoio logístico - Produção de energia e transporte de estruturas metálicas e toldos. - 1 grande tenda para o centro de recepção com infra-estrutura para suportar o secretariado da prova e espectadores sentados. - 1 ecrã adequado à dimensão da tenda para apresentação de resultados, vídeos e simuladores de prova (tipo Follow My Team, Ori-Live, MultiSport Live, … Nos meios financeiros a FPO tem de fazer reflectir o volume financeiro actual da Modalidade (estimado em 2,5 M€) nas suas contas. Isto permitirá criar condições à FPO para: - criar proveitos financeiros decorrentes dos fluxos de capitais negociando boas taxas junto dos Bancos, - aceder a capitais de investimento com taxas favoráveis, - exigir da tutela as contrapartidas financeiras normais que são concedidas às outras federações (normalmente acima de 10% do fluxo financeiro), Deve ainda utilizar com normalidade e inteligência as ferramenta fiscais: do Mecenato (extraordinariamente importante) e do Donativo de Imposto em sede de IRS. E deve procurar no Sponsoring tornar-se atractiva para os parceiros comerciais - pequenos ou grandes, todos são de extrema importância para o desenvolvimento da modalidade. Na sua notoriedade e relevância económica para o desenvolvimento do pais, nomeadamente do seu interior. Assim preconizo que a FPO valorize efectivamente a sua capacidade de realização internacional, tanto em termos de provas internacionais, como na realização de estágios de equipas e selecções e ainda na realização de eventos de carácter turístico. As medidas que preconizo são: - Apresentação obrigatória de candidaturas das provas internacionais da FPO à obtenção de financiamentos junto das seguintes entidades: - IDP, ITP (Turismo de Portugal), Agências de desenvolvimento regional e local, Governos Civis e naturalmente às Autoridades Locais (Câmaras e Juntas de Freguesia). - Construção e oferta de pacotes turísticos (em parceria com os operadores locais) para os estrangeiros com a criação de mais valias financeiras para a Modalidade. - Criação e distribuição de Media Kits e respectivos Press-Releases, obrigatórios para Todos os Eventos Internacionais e das Taças de Portugal (de tipo Standard a definir pela FPO) pela Imprensa Nacional, Especializada, Regional e Local (só para os meios das zonas de interesse). - Estabelecimento de parcerias com empresas e marcas desportivas nacionais para o desenvolvimento de produtos adequados para a Orientação. Esta parceria deverá ser estabelecida no âmbito das selecções nacionais que serviram de laboratório de ensaio e desenvolvimento dos produtos, com óbvias vantagens para as selecções e para a modalidade. Amanhã haverá mais , Um abraço, Alexandre 2º salto quânticos da Orientação - Atitude - alix - 09-14-2010 11:05 AM Olá a todos , Estou profundamente reconhecido aos entusiastas que todos os dias procuram este tema e o "devoram" com sofreguidão. É um sinal de esperança no Renascer de uma modalidade que necessita de animo e inspiração !!!! A Orientação tem de mudar de Atitude, tratando bem quem a procura, quem a ajuda e sobretudo, quem vive com ela uma paixão. E qual é a nova atitude que deve ser impressa à Orientação? No relacionamento Institucional a FPO deve aparecer como membro de pleno direito em todos os Fóruns desportivos nacionais e internacionais, fazendo proposta, discutindo políticas e marcando com eficácia a sua posição. Internamente a Orientação tem de apresentar face aos seus Parceiros Estratégicos e Essenciais como uma modalidade forte, com potencial de crescimento e com relevância para o desenvolvimento das políticas públicas desportivas. Para isso, a FPO tem de estudar correctamente a modalidade, conhecer os seus pontos fortes e fracos, definir uma estratégia de médio-longo prazo e estabelecer parcerias assertivas (ex: candidaturas comuns a projectos de desenvolvimento) com todas as instituições relevantes para o seu desenvolvimento. Externamente a FPO deve marcar pontos na Lusofonia e na IOF, estabelecendo com esta ultima um plano de desenvolvimento da modalidade no Brasil, África, Índia, China e Oceânia. Devemos também partilhar internacionalmente a nossa experiência com as Corridas de Aventura dado o seu carácter inovador e diferenciador face à inexperiência internacional nesta matéria. Assim e no curto prazo preconizo que a FPO desenvolva as seguintes acções: - Normalização do relacionamento com o IDP, corrigindo as incorrecções referidas no estudo prospectivo e renegociando os planos de financiamento face a esta nova realidade; - Desenvolvimento de um estudo aprofundado dos últimos 5 anos da modalidade (2005-2010) (o estudo prospectivo será um bom ponto de partida), - Realização de uma cerimónia formal de tomada de posse dos novos Órgãos da FPO com o endereço de convites a todas as Instituições do Desporto, as Federações Desportivas e os restantes "Stakeholders" da Orientação. - Nomeação de representantes Oficiais da FPO para todos os Orgãos Nacionais e Internacionais em que tem direito a assento, - Candidatura a fundos especiais para a Representação Internacional das Federações Desportivas, - Estabelecimento imediata de contactos com a CPLP, com a Federação de Orientação de Moçambique e com a Confederação Brasileira de Orientação para a realização de uma cimeira de fundação de uma Associação Lusófona (ou Lusíada) de Orientação. No relacionamento com o nosso publico, que é no fundo a nossa razão de existir, temos de ser acolhedores e pacientes. Temos de criar as melhores condições para que todos usufruam da prática desportiva de uma forma plena e económica. Temos de ensinar quem não sabe, temos de formar quem ensina e temos que criar oportunidades de formação continua dos atletas; é incorrecto e "suicida" achar que as pessoas aprendem à "força" de errarem construtivamente. Hoje a oferta concorrente é muito agressiva e a Orientação perde claramente para modalidades de mais fácil prática e aprendizagem. - Criar uma classe de filiação de Formação/ Aperfeiçoamento onde se integrarão todos os actuais não filiados e os futuros praticantes, - Reformular os actuais OPT's de forma a cumprir os objectivos de formação e aperfeiçoamento que se estabelecerem para esta nova classe, - Criar uma nova classe de filiação de Iniciação para jovens do 1º e 2º Ciclo que se irão captar, sobretudo, junto do Desporto Escolar. - Criar um Projecto Especial no âmbito do Desporto Escolar, denominado O-AVENTURA, em que a Orientação e as Multiactividades (Corridas de Aventura) se apresentem aos jovens de um modo muito simplificado e divertido (Ex: a FPVoleibol tem o Gira-Volei, a FPTriatlo tem o ????, etc.). - Implementar na Orientação um programa de Voluntariado, enquadrado pelo Secretariado Nacional para o Voluntariado. - Implementar na Orientação um Regulamento de Mecenato atractivo para pessoas singulares e colectivas, - Implementar na Orientação um programa de Novos Talentos que potencie a utilização plena e correcta dos apoios ao desporto juvenil (o tal projecto Inovador???) - Criar um cartão de descontos de Participante/Família Frequente que permita o usufruto de benefícios vários (por ex: Wireless Gratuita na Arena, Babisitting, Descontos nas inscrições, Descontos no Catering, …..). No relacionamento com as entidades que nos apoiam, sobretudo Câmaras, Juntas de Freguesia e Colectividades Locais estabelecer oportunidades de "plantar" a Orientação junto da sua população local. Estabelecendo acções de sensibilização e formação que permitam criar interesse e vocações em líderes e técnicos locais de modo a criar um efeito multiplicador na população. Estabelecer com as IPSS do local parcerias para levar os deficientes e os idosos a experimentar a Orientação em percursos adequados à sua mobilidade (Trail-O e Marchas de Orientação). Explorar sempre que possível a hipóteses de lançamento de protocolos de colaboração ou contratos programa com os municípios que envolvam o desenvolvimento de infra-estrutura (mapas) e de actividades (provas, acções de sensibilização, cursos de formação e iniciativas turísticas). Para que estes objectivos sejam devidamente alcançados devem-se desenvolver: - Criação de um Cadernos de Encargos Tipo para todas as tipologias de actividade de forma a que os vários negociadores da Orientação (FPO e Clubes) falem uma mesma linguagem quando se apresentam às Entidade Locais ou Regionais, - Criação de um mecanismo automático de coordenação permanente de esforços entre negociadores para evitar sobreposições e conflitos de interesses, - Criação de Caderno de Procedimentos para a Realização e Manutenção de "Infraestruturas Desportivas" da Orientação (Mapas), - Criação de um manual de Realização de Acções de Sensibilização e de Formação Inicial que homogeneíze a forma como a Orientação é apresentada a nível nacional. No relacionamento com a imprensa, privilegiar o impacto local e regional em detrimento do impacto nacional onde a competição é feroz e só temos espaço/tempo de antena muito esporadicamente. Incentivar a visita dos jornalistas aos locais de prova e proporcionar-lhes as melhores condições de trabalho, envolvendo nisso as entidades locais. Para isso deve ser estabelecido um plano de comunicação que contemple os seguintes aspectos: - Identificação clara das Marcas a divulgar, por ex: "Orientação" e "Aventura", - Criação dos grande "chavões" da modalidade, por ex: "Orientação é Saúde", "Aventure-se Naturalmente", "Sustentabilidade Orientada pela Aventura", "Sinta a Aventura, Pratique Orientação", ……. - Criação de modelos de comunicação ("Templates") a ser utilizados por todos os agentes da modalidade para simplificar a vida aos meios e aos colaboradores, - Disponibilização on-line de Texto, Foto e Vídeo com qualidade para ser utilizada directa e autonomamente pelos meios, - Criação de oportunidades de formação dos jornalistas e chefias na pratica de Orientação: por ex: promovendo um Challenger anual para a Imprensa em conjunto com a Associação de Imprensa e Sindicato dos Jornalistas. - Formação dos agentes da modalidade em Comunicação e Relações Publicas (Media Trainning). - Criação de um protocolo de comunicação de crises/acidentes à imprensa. Amanhã finalmente concluirei a saga, Um enorme abraço, Alexandre 3º salto quânticos da Orientação - Ambição - alix - 09-16-2010 12:33 AM Olá a todos , Eis-nos finalmente chegados ao final do Estudo Prospectivo com uma mensagem de esperança "Se formos capazes de dar estes saltos quânticos prevejo que em 2020 sejamos 20200 !!!!" A Orientação tem de Ambicionar, ser o desporto do Século XXI - O desporto sustentável, o desporto da família, o desporto da inclusão, o desporto da natureza….. Ser ambicioso não é mais do que definir metas e planos de acção para atingir essas metas num prazo temporal definido. Assim surge 2020 como marco intermédio do nosso desenvolvimento como pratica desportiva sustentável e atractiva para os nossos concidadãos! Ser desportista é já hoje sinónimo de longevidade com qualidade e por isso, numa era em que a saúde se irá impor como bem fundamental aquilo que mais nos deverá importar é o colar da imagem da Orientação a pessoas felizes e saudáveis de todas as idades. Sobretudo, não nos devemos esquecer que os idosos e os deficientes são os primeiros a querer melhorar a sua qualidade de vida, e por isso acolhe-los no seio da Orientação será uma imagem de marca importantíssima para a modalidade. O equilíbrio da participação em termos de género (Masculino/Feminino) na prática da Orientação é também um factor importantíssimo para destacar o ambiente de prática desportiva em família de que já hoje temos excepcionais exemplos para apresentar. Assim para sermos um desporto de referencia teremos de: - Apostar fortemente no planeamento: FPO, Clubes e atletas de Alta Competição devem ter objectivos e planos de acção bem determinados, - Apostar na diversificação da oferta, segmentando as acções para públicos diferentes e com objectivos diferentes, - Apostar na maximização da oferta de actividades simples que gerem impactos positivos nos utilizadores e vontade de aprender a resolver problemas (provas) mais difíceis, - Apostar na maximização da exposição da nossa prática desportiva, incentivando os nossos "apaixonados" a partilharem nas redes sociais as suas experiências pessoais e criando interesse e curiosidade nas suas comunidades virtuais (hoje o poder do "boca a boca" é global). - Manter a humildade de quem vive a Natureza e nunca esquecer que somos ultra-tenazes e muito persistentes !!!! Missão cumprida e um gigantesco OBRIGADO pela vossa atenção...... Um enorme abraço, Alexandre RE: Ori-Futuro - Onde queremos que a Orientação esteja em 2020 ?!? - mnovo - 09-17-2010 03:52 PM Só uma precisão quanto ao Regulamento de Competição. É que apesar de ter sido incluído na agenda para a próxima Assembleia Geral, é uma competência da Direcção. Isso significa que este assunto não deverá ser discutido na próxima Assembleia, mas sim deixado para a Direcção que vier a sair destas eleições. Tal permite discutir esta matéria com mais algum tempo e ponderação, o que só pode ser vantajoso, desde que o assunto não se arraste muito para além do final de Outubro... Para terminar, o meu grande MUITO OBRIGADA ao Alexandre por todos os esforços que desenvolveu e está a desenvolver para tentar inverter um estado de coisas que muitos de nós acham insatisfatório. É que não basta reclamar, é preciso agir e todos podem e devem dar o seu contributo, de formas mais ou menos formais e mais ou menos regulares. |