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Camp. Nacionais Média e Sprint 2010 - Aspectos Positivos e Negativos
04-12-2010, 05:16 PM
Post: #1
Camp. Nacionais Média e Sprint 2010 - Aspectos Positivos e Negativos
Viva,

Gostaria de agradecer ADFA pelos aspectos positivos da prova deste FDS. Já tive também oportunidade de o fazer pessoalmente através do Director da Prova.

Felicito a organização por ter levado a cabo a organização destes Camp. Nacionais em terras menos visitadas pela nossa comunidade e desta forma levar o nosso desporto a outras gentes e paragens.

O jantar de Sábado estava excelente e ao contrário do que já aconteceu em situações passadas, houve comida para toda a gente. Muito obrigado.

Mesmo assim, existiram alguns pontos técnicos passiveis de melhorar.

Antes de apontar alguns destes aspectos gostaria de dar nota que:
- Reconheço que possa ter existido uma forte limitação na escolha dos terrenos derivado ao apoio da autarquia; Imagino que a cartogradia do mapa de Dist. Média não seja propriamente fácil, derivado a elevada variedade do terreno.
- Tenha havido algumas limitações na mobilização de equipas, devido à elevada distância entre o local do evento e a larga maioria dos membros do clube organizador.

No entanto, julgo lamentável o elevado número de falhas, tanto ao nível do mapa como dos percursos. Apresento algumas das falhas identificadas derivadas da minha experiência (percurso HE):

Sprint:
- Não foi divulgado atempadamente a hora da quarentena. A zona da quarantena permitia aos atletas que partiam mais tarde vizualizar a localização de alguns pontos e obter vantagem sobre os que partiam mais cedo.
- Ponto 6 - 107, o desenho das casa não estava preciso e o caminho em escadaria estava marcado como pavimento normal.
- Pernada 6 - 7 (135). Umas das opções possíveis estava "limitada" pela inexistência de mapa.

Dist. Média.
- Uma das opções possíveis (pela estrada) atravessava a zona das partidas (onde se levantava o mapa). Não é viável ter de saltar balizados, desviar do aglomerado de atletas que esperam o seu tempo de partida e desconcentrar os que estão a partir.
- Ponto 13 (111), estando o ponto numa reentrância existia uma segunda reentrância de tamanho considerável, não cartografa na zona do ponto.
- Ponto 16 (113). Sinalética descreve uma rocha de 3m e no mapa é de facto um ponto preto dos grantes. No terreno o elemento característico era uma falésia com não mais de 1m de altura.
- Ponto 23 (103) a zona amarela no terreno continuava na descida da encosta, no mapa terminava junto ao ponto.
- Ponto 25 (108), zona do pinhal. Havia outro muro de terra, perto do muro onde estava o ponto não cartografado. O muro de terra onde estava o ponto tinha mais rochas de igual dimensão da do ponto que não estavam cartografadas.

Estas falhas não permitem que se possa navegar com segurança e em última análise não permite que possamos melhorar as nossas técnicas de orientação, evoluir. O erro é agravado pelo facto de se disputarem os Camp. Nac. onde a exigência técnica deverá ser mais elevada.

Em meu ver todos estas falhas poderia ter sido evitadas ou pelo menos mitigadas através do teste dos percursos. Sinceramente não creio que os percursos tenham sido testados. Se os percursos tivessem sido testados, as zonas do mapa menos boas poderia ter sido corrigidas, as pernadas menos interessantes, ajustadas. As pessoas que iriam testar os percurso tem bons conhecimentos de orientação e o seu contributo seria seguramente fundamental.

E qual a razão dos percursos não terem sido testados?
Nos nos Camp. Nac. Média e Sprint de 2009 o ADFA obteve 15 pódios, 8 média e 7 sprint. Em 2010 obteve 17 pódios (mais 2!), 10 média e 7 sprint.

Onde estavam os atletas indispensáveis para testar os percursos, para contribuir para a qualidade da prova, para a evolução da nossa modalidade? Estavam a competir e naturalmente impedidos de testar os percursos.

Há que mobilizar os atletas, os craques ou os que se iniciam, para que naquele dia abdiquem de fazer o que mais gostam (participar/competir) em prole da organização e da qualidade do evento.

Fico triste, desapontado, sei que o ADFA tem grandes atletas, boas valências técnicas e poderia ter levado a cabo esta organização com elevada qualidade técnica. Infelizmente não foi esta a experiência com que fiquei.

A Orientação somos todos nós, os que praticamos. Praticamos e organizamos. Como numa relação quando uma das partes só sabe tirar (praticar), e se esquece de dar (organizar, contribuir) a relação (nosso desporto) está condenada.

Um abraço,

Paulo Franco | H21E | FPO 1132
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