Especificidades dos escalões seniores - QCN

[luis_santos]

Bom dia a todos.

Aqui fica mais um tema para vos apresentar relacionado com o Estudo que está a ser elaborado sobre o Quadro Competitivo Nacional.

ESPECIFICIDADES PARA ESCALÕES SENIORES

- Ponto 1 – Atletas de 16 anos na Elite – O Regulamento 2011 criou um ponto (ponto 4 do art. 11º) que serve exclusivamente para abrir a porta da Elite a atletas de 16 anos. Haverá valor acrescentado em ter algum atleta na Elite com 16 anos? Esta regra convive em conjunto com outra contraditória que estabelece que cada atleta jovem só poderá subir um escalão participando no escalão imediatamente superior, que vem do antecedente e parece ser mais adequada. Em debate fica a possibilidade de criar uma excepção a esta regra especificamente para as estafetas permitindo a jovens de 17 e 18 anos que participem em equipas seniores nas estafetas (uma vez que na estrutura etária do próximo ano irão saltar 2 escalões para participar em seniores), dadas as particularidades desta disciplina (similar à distância média) e a possibilidade de facilitar a construção de equipas seniores.

- Ponto 2 – Política de preços – É comum em Espanha haver um preço para todos os outros e ter a Elite a pagar uma inscrição de valor superior. Lançamos a debate este tema. Não fará algum sentido de justiça que os participantes do escalão mais importante paguem mais do que os restantes como consideram os nossos colegas espanhóis? Não deveria em acréscimo ter o Promo1 e os Escalões de Formação um preço de escalão mais acessível? Sei que são objectivos diferentes mas fará sentido um HE pagar 4€ por um percurso e um federado pagar 4€ também por um Promo1? Isto é mais uma questão de política de preços mas o GT deixa para debate esta situação, pois parece-nos que, no mínimo, poderíamos manter o preço máximo do Promo1 e iniciação como está e recomendar aplicação de preços mais baratos e subir o preço máximo das Elites.

- Ponto 3 – Peso da Elite para a Classificação de Clubes – Elite actualmente a valer 125 para a classificação de clubes. Todos concordamos que a Elite deve ser mais valorizada do que todos os outros escalões. Mas inicialmente estávamos a atribuir um peso de 150 pontos. Pessoalmente parecia-me mais justo pois quem faz um escalão Elite tem que ter realmente um peso mais importante do que quem faz H21A. O que acontece actualmente com os 125 pontos é que um atleta de fim de tabela no HE e de topo no H21A faz melhores pontuações no H21A do que no HE. Fará sentido? Não faria mais sentido que não houvesse benefício para ninguém em participar num escalão secundário? Não deveria a Elite ser mais valorizada do que os actuais 125 pontos? Claro que se compararmos eventuais 150 pontos para um Elite com os 75 actuais para um H35 também não é justo. Mas eu que sempre defendi que os veteranos deviam ser desvalorizados, mas talvez não a ponto de contarem apenas 75 pontos para os vencedores... Em análise estará a possibilidade de aumentar o peso da pontuação máxima da Elite de 125 pontos para 150 ou para um valor intermédio entre 125 e 150 e a possibilidade de subir o peso dos veteranos de 75 para 90.

- Ponto 4 – Condições de promoção – Actualmente os atletas de Elite têm que conseguir uma média nas melhores provas de 70 pontos. Consideramos isso adequado. Depois temos a regra que estabelece que o H21A promove os 5 primeiros atletas. Parece-nos desadequado. No antecedente cruzava-se a possibilidade de ficar nos 3 primeiros com a possibilidade de ter média superior a 92 pontos nas melhores provas. Isto permite a um atleta que faz provas muito boas mas por qualquer motivo (físico ou profissional) está afastado em algumas provas e fica penalizado por ser ultrapassado por outros atletas mais regulares mas com menos condições de ser competitivo no escalão de Elite. O mesmo é válido para os H/D20. Por outro lado, havia até 2008/2009 regras para a promoção de H21B para H21A. Deixou de haver. Foi benéfico? Parece-nos fazer mais sentido voltar a ter o sistema de promoção entre H21B e H21A. Consideramos que devíamos voltar a adoptar as medidas anteriores. Nos 3 primeiros de H21B ou com mais de 92 pontos de média deviam passar para H21A mas sem permissão para irem directamente de H21B para HE com mais de 98 pontos.

- Ponto 5 – O H/D21B –Afinal os H/D21B são portas de entrada para seniores (ou veteranos ou jovens) começarem a praticar Orientação de forma mais competitiva. Assim poderá tornar-se um escalão menos adequado a um praticante mais experiente mas que tenha menor capacidade física. Parece ser impossível encontrar um escalão com ranking que possa ser adequado ao grupo de praticantes que pretenda fazer percursos mais curtos. Os únicos adequados poderão encontrar-se nos percursos promocionais. Praticantes que gostassem de ter um H ou D21B tecnicamente mais exigente terão de compreender que esse não é o objectivo do H/D21B. Haverá outras soluções que não tornem mais pesada a estrutura de escalões do sistema competitivo actual?

Saudações desportivas,
Luís Santos

[nuno_pedro]

Relativamente à Elite, estou plenamente de acordo com a bonificação de 50% (ou seja 150 pontos).
Eu sirvo de exemplo para ilustrar o que disseste: na época passada, em H21A, praticamente sem treinar, conseguia regularmente pontuações para o clube acima dos 90 pontos (incluindo alguns 100). Esta época, com treinos diários, não vou além dos 70 na Elite (em provas sem erros), o que se traduz em menos de 90 pontos para o clube.
Além disso, face à "fuga" de atletas de menor nível da elite, deixa de haver qualquer aliciante na participação neste escalão, para atletas de nível médio e, consequentemente, para os seus clubes... Conclusão: para o ano, volto ao H21A...

Na Ori-BTT está a acontecer exactamente o mesmo. Decorrida mais de metade da época, lidero o H21A (já obtive 6 vezes a pontuação de 100 e a média já me permitiria subir) mas, face ao cenário actual, não tenho qualquer incentivo para subir à Elite e andar lá a penar 2 ou 3 horas, pelo que, irei permanecer em H21A na próxima época...

Outra situação que não incentiva minimamente a participação dos atletas (e até os prejudica) é o CN Absoluto: são raros os atletas fora dos 3 escalões principais (20, 35 e Elite) que beneficiam em participar no absoluto, uma vez que, numa prova normal, teriam pontuação superior (já para não falar de ser uma distância longa, para a qual a maioria não está preparada). Por exemplo, na BTT, só fui ao CNA por mera carolice, uma vez que tinha plena consciência que era para deitar fora. Por algum motivo, o CNA é a prova da época com menos participantes...
Para valorizar esta competição vejo 2 possibilidades:
1. Bonificar mais a Final A ou
2. Fazer com que o ranking individual seja X percursos + o CNA (era este o modelo idealizado na génese).

Em qualquer dos casos, parece-me que a especialidade deveria ser revista e a final ser disputada em distância média...
Também devem ser consultados os "informáticos" porque o modelo de apuramento é impraticável (tudo tem que ser feito manualmente, quando há soluções simples já previstas nos vários programas de gestão de eventos)...

Cumprimentos

Nuno Pedro

[pedro_dias]

Em relação ao CNA, que deveria ser o topo da cereja, apurar o campeão dos campeões, terá mesmo que se avaliar um novo formato, mais apelativo. A distancia será uma delas, a contribuição para o ranking será outra.

Porque não dobrar os pontos? Será que disvirtua muito? Deixo aos estatísticos a análise.
Té log