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Regulamento de Competições 2011
11-03-2010, 05:13 PM
Post: #21
Regulamento de Competições 2011
Este post reflecte apenas a MINHA opinião. Nos comentários seguintes tentei seguir uma linha mais ou menos paralela com a ordenação dos artigos da proposta do RC da FPO. Assim:

Art 2º (e também art 14º)
Reiterando o que o Fernando Costa já disse: porquê renomear as provas OPT para Promoção? É uma sigla que “entra” bem no ouvido e a certa para aquilo que representa: OPT - Orientação Para Todos!

Art 13º
Não consigo perceber o que é isto da “realidade nacional”... Realidade nacional?!... Peço desculpa pela “crueldade” das palavras mas, para mim, «isto é como na tropa»… cumprir o que está estipulado! Os percursos devem ser pensados, idealizados e traçados de acordo com os tempos previstos para os vencedores dos respectivos escalões.

O que acontece é que, pelo menos, desde a época 2004-2005 (não consegui arranjar os RC anteriores) que nada está definido no Regulamento de Competições da FPO no que à Orientação Pedestre diz respeito. Curiosamente, na época seguinte (2005-2006) e em relação à Ori-BTT os tempos estão bem definidos (num quadro - ver artigo 45º, ponto 8. (páginas 18 no final e 19 no inicio) para Homens e Mulheres (e deduzo eu, por serem só dois) que são para Séniores Masculinos e Séniores Femininos. Mais curioso ainda é estarem “explicitamente” descritos os tempos previstos para os OPT… fantástico!

Em face desta “lacuna” portuguesa, parece-me que ao longo deste anos todos se andou a “inventar” neste tema… pois. Vamos mas é decidir tempos de vencedores para todos os escalões, antes de propormos alterações para aquilo que ainda não existe!
Para a Elite, ainda nos conseguimos safar com o Regulamento da IOF (IOF - Foot Orienteering Competition Rules valid as of 1 July 2010). Basta ler na página 16, ponto 16.9 onde especifica, claramente, os tempos estipulados para todas as provas. E diz o nosso regulamento de 2009-2010 na página 2 que, «O presente regulamento trata apenas dos aspectos específicos da competição em Portugal, sendo omisso em muitas matérias, pelo que se aplicam os Regulamentos de Competições da Federação Internacional de Orientação (IOF) Pedestre…».


Art 14º
O percurso OPT1 «deve ter uma distância inferior a 2,5Km»… porquê? As pessoas que aparecem sem ser para competir não querem dar um passeio só de 30 ou 40 minutos! Gostam de disfrutar da natureza e tudo o que seja abaixo de uma hora parece-me pouco…

Decerto concordam comigo quando digo que, o tempo gasto numa prova depende do tipo de terreno (para uma mesma distância, claro). Experiências feitas por mim e por alguns “novatos” que tenho levado a provas constatei que (a andar) se percorre, 1Km em menos de 20 minutos, em terrenos planos. Portanto, nalguns mapas, poderemos ter OPT1 com cerca de 3Km que ninguém se vai aborrecer com isso.

Defendo ainda, e há alguns anos a esta parte, que estas provas se deveriam resumir a apenas três (3) – OPT1, OPT2 e OPT3 (já foi assim mas não como eu sempre preconizei):
OPT1 – prova curta e fácil. Para quem nunca fez orientação ou tem pouca experiência.
OPT2 – prova curta e difícil. Para quem SABE de orientação mas não tem tempo para treinar
OPT3 – prova longa e difícil. Para quem sabe orientação mas que não pode (ou não quer) ser federado (caso particular dos alunos das academias militares)
Deduzo ainda que o ponto 8 se refira a pessoas com menos de 16 anos.

Art 15º
Quanto aos pontos 3. e 4. parece-me “prepotência” da FPO estar a propôr: «É proibido colocar postos de controlo… … em zonas privadas». Certamente que, se a organização colocar um ponto de controlo numa área privada é porque teve autorização dos donos… haja bom senso… e deixem também o supervisor cumprir as tarefas/funções dele.

Art 18º
Se o ponto 12. for avante perde-se completamente o conceito “os melhores do país” e deixa de fazer sentido haver selecções. Relembro, para os mais esquecidos que:
Selecção: conjunto dos melhores atletas, em qualquer modalidade, escolhidos para representarem um país ou uma região num encontro desportivo; (in http://www.infopedia.pt).

Já outros intervenientes focaram este assunto, alertando para diversos factores a ter em conta. Voltem a lê-los e façam uma reflexão. E se o número de participantes (leia-se selecionados) for em número parco para que seja um evento dignificante, então acabem com o Campeonato Ibérico pois não faz sentido a sua existência.

Art 19º
Estou completamente de acordo com o Luis Sérgio, em relação ao ponto 2. alínea d): «…temperatura previsível seja superior a 25ºC». Quer dizer, até esta temperatura não é preciso água mas, se estiverem 25,1ºC já é?!... Mais uma vez, bom senso. Por uma questão de principio, a organização deve sempre prever que irá colocar abastecimentos e tê-los preparados para essa eventualidade. Além disso chamo à atenção que podemos ter um dia, abafado com uma humidade relativa alta e apenas com 24ºC e haver necessidade de águas e um dia com 26ºC ou 27ºC, ventoso em que os atletas não sentem essa necessidade. Bom senso.

Em relação ao ponto 3. porquê 60 dias e não 365 dias? Lembro-me quando frquentei o módulo de cartografia (nível I) me terem dito que os mapas deveriam estar prontos 1 ano antes do evento e até me explicaram a lógica do porquê… a mata, as zonas pantanosas, os “verdes” estariam mais ou menos iguais na altura da prova. Realmente tem uma certa lógica. Então porque não obrigar os organizadores a «entregar os mapas a utilizar para serem validados e registados» um ano antes?

Art 24º
Relativamente ao ponto 4., em caso de falha do posto de controlo (electrónico) o atleta deve picotar o mapa na quadrícula R1 (para a primeira falha) e não em qualquer local do mapa! Se existe local próprio para o fazer então… façam-no! A perda de tempo a desdobrar o mapa é o mesmo para todos os atletas.

O ponto 6. para mim, e não apenas para mim, só pode ser uma brincadeira! A prova só se anula se «…mais do que 3 postos de controlo…». Não posso concordar de todo com esta situação! Se houver um único ponto de controlo errado (comprovadamente!), a prova deverá ser anulada! Custa? Pois custa! Mas é por isso que existe um supervisor e pago para evitar esse tipo de erros!. Além disso, esses tempos já lá vão em que tínhamos provas a serem anuladas por este motivo. Não vamos voltar atrás ou abrir excepções desta natureza senão, qualquer dia temos alíneas a dizer que se for o campeão do mundo a ser prejudicado anula-se a prova se não for, podemos manter a prova e por aí adiante.

Art 25º
Não percebo porque razão estão a tentar dar às organizações dois trabalhos quando, para a situação promovida no ponto 3., se pode (e deve) fazer apenas com um! Quando os percursos são do mesmo tipo é EXACTAMENTE igual fazer a classificação por tempos ou por pontos! Se fizerem por tempos, terão que os converter em pontos para adicionar ao Ranking… não vejo qual a vantagem.

Art 38º
Quanto ao ponto 7. pergunto: porquê? Mais uma vez chamo à atenção para este avolumar de excepções que não devem ser norma, nunca! A excepção confirma a regra, isso sim. Portanto, vamos cingir-nos a regras práticas e simples e evitar este tipo de excepções.
Se um atleta se inscreve no início da época em determinado escalão, porque razão é que lhe vamos atribuir a pontuação efectiva se ele for fazer o percurso de outro escalão que não é o seu por direito? Eu nem sequer coloco em equação o factor “jogadas de bastidores” porque, para mim, nesta modalidade isso não existe!
Resumindo: o atleta inscreve-se em H35A e faz uma prova em HE, tem a pontuação de participação.

No ponto 8. lá voltamos nós às excepções… mas porque razão é que os atletas que vão às selecções representar Portugal num evento paralelo, único, internacional, hão-de ter pontuação a contar para o ranking do país? Por vezes é preciso fazer opções: vou à selecção não vou à prova interna. Aliás, os atletas tem provas para discartar ao longo da época…
No entanto, se acharem muito cruel esta minha tomada de posição sugiro que façam o que se faz noutras modalidades: quando há jogos internacionais, não há jogos nacionais.

Relativamente ao ponto 12. não será mais justo colocar em primeira opção de desempate a última que foi proposta pela FPO?... Se quisermos mais uma vez levar em linha de conta o que se faz em torneios noutras modalidades: 1º resultados entre os envolvidos. Fica a proposta.

Art 39º
Ranking Absoluto de Clubes?!... Já me começo a repetir mas… sinceramente, não consigo perceber esta ideia. Nos moldes em que está definido, isto serve para quê e para quem? Sim, é que eu não consigo entender como é que se colocam no mesmo saco para “contagens finais”, modalidades diferentes!

Então contabilizamos para a pontuação de um clube o que ele ganhou em Pedestre, em BTT e em Trail-Orienteering?... Não dá para entender. É mais que sabido que nem todos os clubes tem as 3 modalidades. Assim, como é que podemos “justiçar” este ranking? Não podemos!

Pergunto: existe mais alguma federação com um ranking de clubes onde se pontua com mais do que uma modalidade? Pensemos por exemplo no Sporting Clube de Portugal… a Federação Portuguesa de Futebol tem algum ranking de clubes onde o SCP contribua para ele com x jogos da Camp de Futebol de 11, y jogos do Camp de Futebol de 7 e z jogos do Cam de FutSal? Percebem a ideia?

O ranking de clubes a existir (e a ideia até é exequível) terá de ser apenas de UMA modalidade! A justificação de que a orientação é a base da Pedestre, da BTT, do Trail-O e da Corrida & Aventura não serve porque, não são todas a mesma! Senão, qualquer dia existe um ranking de clubes dos desportos cuja base é a bola — futebol, andebol, basquetebol, voleibol, etc, etc e isso não é honesto, certo? Nem todos os clubes tem TODAS as modalidades para pontuarem para este ranking!

Art 43º
Ponto 4., alínea a) — a ter em conta o que proponho no meu comentário referente ao artigo 19º então sim, concordo com esta alínea porque existe mais de um ano para se propor, concordar/não aprovar e poder alterar as ideias do clube organizador. Porque os 60 dias propostos passam a correr e nem damos por eles...

Art 45º
O texto do ponto 4. não poderá ser igual ao do ponto 10. do artigo 43º, com a respectiva alteração do cargo do envolvido?

Orientação - o desporto na floresta
Pratiquem desporto. Haja saúde.
Carlos Garcia
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11-04-2010, 12:44 AM
Post: #22
RE: Regulamento de Competições 2011
Boa noite,

É com interesse que tenho vindo a ler todos os comentários que têm sido efectuados sobre a proposta de Regulamento de Competições (RC). Demonstra, acima de tudo, o interesse que a modalidade desperta e a vontade de participar na mesma. No entanto, vale a pena analisar alguns dos comentários e os equivocos e contradições que eles encerram.

Tive o previlégio de participar na elaboração da proposta de RC efectuado pela Margarida Novo e em conjunto com o Jorge Baltazar. Na génese do mesmo esteve desta proposta esteve o facto do actual regulamento não ser mau...é péssimo, tanto do ponto de vista jurídico, como do ponto de vista desportivo e foi isso que se procurou alterar. Provavelmente não se atingiu a perfeição, mas considero que se melhorou o actual RC e, só por isso valeu a pena o trabalho realizado.

1. Quanto às questões que têm sido levantadas temos como primeiro ponto o Campeonato Ibérico. Bem, termos Campeões por convite (não sei quais os critérios de selecção)? Quem verdade desportiva tem na sua base campeões que inúmeras vezes não são os vencedores dos percursos (do mesmo escalão etário), mas sim outros que não os seleccionados? Quem de facto (juridica e desportivamente) são os campeões ibéricos? Pretendemos manter esta farsa por razões de beleza estética?

Caros Srs., se existisse alguma razão para que se estabelecesse um critério de numeros clausulos no Campeonato Ibérico eu concordaria, mas agora, referir como principal aspecto para a manutenção do actual modelo (ou um que estabeleça percursos especificos para o CI), as selecções, as camisolas e outros critérios que de desportivos nada têm, é no minimo de afastar do horizonte os n/ objectivos que devem ser o alargamento da participação, a existência de todas as possibilidades ao dispor dos participantes (tal como o de puderem ser campeões ibéricos).

Mas, acima de tudo, é de estranhar o interesse que este aspecto movimenta. Por um lado temos a proposta de alargar a todos a possibilidade de qualquer ser Campeão Ibérico e por outro, o preconceito que tal alargamento coloca em diversas pessoas. Sugiro que, nesse sentido e em última análise (para os puristas das selecções), se mantenham as selecções mas que qualquer um possa concorrer para o referido campeonato (caso contrário tal será impugnável juridicamente) e depois os 3 melhores de cada país fazem o resultado final colectivo, quer sejam da selecção quer não sejam.

2. Os veteranos e a respectiva ponderação (sou suspeito dado ser veterano). Se esta classe é a de maior peso, qual é o problema de ter uma ponderação idêntica às dos demais escalões. Qualquer que seja a modalidade, o seu futuro é limitado se não tiver assente em duas áreas distintas: escalões jovens e veteranos; os primeiros pelo principio de continuidade e/ou desenvolvimento; os segundos pela estabilidade e notoriedade que podem conferir (também são estes os que normalmente mais contribuem com os seus impostos e contribuições para as modalidades). Acho, assim, que o respeito por esta classe merece uma ponderação equilibrada e de acordo com as demais.

3. Regras especiais para o Ori-BTT; de facto eu estive no campeonato do mundo de veteranos onde circular fora de caminhos era permitido. O que se quis fazer foi dar liberdade às organizações de assim o fazerem e nesse dominio penso que é a melhor solução. Existirem regras e nunca se fazerem cumprir é a mesma coisa que não existir nada. Tive o cuidado nestre dominio de testar na última prova de Ori-BTT (2ª etapa) uma situação em que a opção de circular fora de caminho existia de facto. A diferença foi ligeiramente superior a 30 segundos e não vi lá qualquer elemento do juri (apesar da proximidade para o final e dos inumeros atletas que fizeram tal opção). Quantas desclassificações já ocorreram neste dominio, alguém sabe?

Quanto aos escalões de Ori-BTT, de facto eles são assim. Porque razão temos de ser diferentes. Eu, a partir da próxima epoca posso estar no antigo H45 e então, qual o problema de fazer o H40 proposto? A tendência decrescente é uma tendência natural da vida nos escalões de veteranos e temos de saber viver com ela e continuar a gozar. Agora, quanto aos veteranos, os mesmos são de facto a partir dos 40 anos (pelo menos em termos biológicos) e o que não podemos nem devemos ter é um campeonato ibérico em que nós vamos com veteranos a partir dos 35 anos e os espanhóis a partir dos 40 (respeitando os escalões IOF!!).

4. No que se refere aos escalões jovens, penso que é de todo justo premiar os clubes que apostam na formação e desenvolvimento dos escalões jovens. Se a nossa aposta vai no sentido do desenvolvimento da modalidade e incremento do numero de participantes, então tal deverá ter como aposta os escalões jovens e tal obtém-se através do aumento da importância dos mesmos para a classificação de clubes, premiando aqueles que o fazem. Penso que a sugestão do Joaquim Patricio neste dominio, de dinamizar um Campeonato Jovem, é de todo importante e justifica os nossos melhores esforços no sentido de o "colocar de pé" rapidamente.

5. No que respeita aos atletas estrangeiros, eu sou um dos que considera importante para o desenvolvimento das modalidades a presença de atletas de qualidade junto de nós. No entanto, tal não deve ser visto como uma forma de ser "chico esperto" e como tal, efectuou-se a presente proposta no sentido de ter mais alguma consistência. Provavelmente, não foi totalmento conseguido e talvez a única forma passe por promover a continuidade da participação (eventualmente com um numero minimo de provas para que possam contar para os rankings), como forma de garantir a presença continua dos tais atletas estrangeiros de qualidade.

6. Quanto à distância dos OPTs, nomeadamente do OPT1, só quem não efectuou com duas crianças de 10 anos é que não percebe o que é 2,5 km.. Eu sei bem e certamente é mais do que necessário, dispor de uma regra clara e imperativa nesta matéria, ou teremos a prazo um problema nas classes mais jovens.

7. O picotar em qualquer lado do mapa, é uma questão de se analisar o que se pretende. Se verificar se o atleta passou pelo ponto (com o sistema electrónico avariado) ou se picou no sitio certo. Talvez tentando efectuar a picotagem do mapa no quadrado para o efeito numa prova de Ori-BTT possa servir de exemplo sobre a dificuldade de tal tarefa. Pretendeu-se facilitar a vida do atleta e nesse capitulo penso que se avançou.

8. Por último, os rankings de clubes, a orientação tem disciplinas e não modalidades, tal como o atletismo o tem. Se no atletismo é possivel efectuar uma ranking de clubes entre as diferentes disciplinas, porque que razões tal não é possível efectuar na Orientação. Este é um bom exercício, que não está perfeito (falta o tema dos escalões jovens/campeonatos jovens), mas que fica melhor que o anterior.

A presente proposta não é isenta de impactos em alguns poderes instituidos e tal foi efectuado deliberadamente. Mas, em momento algum, pretendeu beneficiar uns em deterimento de outros. Acima de tudo pretende-se alargar significativamente a base de participação e através desse alargamento, aumentar o numero de filiados na FPO e melhorar a justiça desportiva.

Cumprimentos,
Leandro Silva
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11-04-2010, 04:03 PM
Post: #23
Sad RE: Regulamento de Competições 2011
Boa tarde mais uma vez companheiros.

É com alguma tristeza que tenho lido comentários, de alguns companheiros que sistemáticamente têm vindo a este forum, não debater ideias, mas "tentar impôr" o seu ponto de vista sobre algumas matérias, tentando quem sabe vir agora descobrir a polvora.

Já agora para alguns destes, convidava-os a ler o post do Garcia, talvez consigam ver um pouco mais além do seu umbigo.

Quando se fala em melhorias, na proposta de RC, temos que ver que não passa de uma proposta e que essas melhorias não têm de ser as nossas mas as de todos, posto isto passo aos assuntos.

No que diz respeito ao C.Ibérico, faz-me confusão que pessoas ligadas ao desporto à tantos anos (amigo Leandro) possam dizer o que dizem. Uma selecção é uma selecção, em teoria só vão às selecções os melhores atletas nacionais, questionar a legitimidade dos titulos individuais desses atletas é no minimo caricato. Amigo o que está em causa é a forma de organizar a competição, o que está em causa é tu ou outro qualquer incluindo eu, podermos comparar o que não devia ser comparado, como tal e para abreviar sugeria mais uma vez, que passe a haver percursos diferentes ou então acabe-se com o campeonato pura e simplesmente. Já agora gostaria que se questionassem os atletas de pedestre, sobre o Ibérico e sobre a importância que este Campeonato representa para planificação e motivação da época desportiva, dos diferentes escalões concorrentes a essa prova, e ainda sobre os critérios de selecção. Parece-me também, que em algumas modalidades individuais existem provas com percursos iguais, mas realizados em dias diferentes (selecções e outros), onde por esse facto as comparações valem o que valem.

No que diz respeito, aos escalões de veteranos em OriBtt, concordo plenamente com o que foi dito pelo Eduardo.
Não entendo que se queira seguir na integra o que está regulamentado na IOF, e isto porquê, porque gostaria de saber qual a federação internacional em que diferentes disciplinas, têm critérios diferentes, que eu saiba, e por exemplo no atletismo, o escalão de veteranos começa aos 35 ANOS, e tanto é veterano o velocista, o saltador, o lançador, o meio fundista ou o fudista que atinja essa idade, sendo que os escalões são de 5 em 5 anos, no entanto a IOF regulamenta que a OriPedestre (biológicamente ????) inicia-se aos 35 anos, que a OriBtt (biològicamente ????) inicia-se aos 40 anos e já agora o OriSki e o Trail com que idade é que se inicia ?? Perante o exemplo atrás descrito, na IOF existem duas idades biológicas, como tal não me parece correto que numa variante eu possa competir no H45 e noutra
seja "condicionado/obrigado" a competir no H40. Duas realidades diferentes num mesmo desporto.

No que aos jovens (infantis) diz respeito, continua-se a bater na tecla, tentando justificar o que vem contra todas as normas estalecidas para a evolução desses mesmos jovens, tanto como pessoas ou como atletas.
A nossa modalidade tem definido, desde à muito, tal como a maior parte das modalidades desportivas, escalões de FORMAÇÂO, de COMPETIÇÂO e de RECREAÇÂO/LAZER.
Na génese da criação de um ranking de clubes, está subjacente a vertente COMPETIÇÂO, quanto mais não fosse por este presuposto, nunca deveria ser equacionado qualquer escalão de FORMAÇÂO ou RECREAÇÂO/LAZER, mas mesmo assim, dizer que passar a contar com escalões de FORMAÇÂO para o ranking de clubes é a forma de dinamizar a modalidade e incrementar o aumento dum maior número praticantes, é no minimo não conhecer a nossa realidade, não precisamos de maneira nenhuma de pôr crianças a "competir" para aumentar um escalão que já é o que tem o maior número de atletas, quer masculinos quer femininos.
Nota: é que a competição a que me refiro, não é aquela que as crianças naturalmente fazem entre si, mas a que poderia vir a ser incutida por outros, o que desenganem-se os puristas vai natuaralmente acontecer, se tal medida for por diante.

Em relação aos estrangeiros, parece-me que tudo não passa duma discussão balofa, inerente aos maus regulamentos da IOF, ninguém quer condicionar a livre circulação de pessoas e a sua liberdade em poder representar o clube A ou o Clube B, mas já agora, com todas as liberdades existentes nas mais variadas modalidades a nivém mundial, qual é a modalidade que permite que um atleta federado possa na mesma época desportiva, estar a disputar provas por um clube da Suécia, outro de França, outro de Espanha, ou outro de Portugal, parece-me que a resposta é muito simples.
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11-04-2010, 06:58 PM
Post: #24
RE: Regulamento de Competições 2011
Acho que não se deve perder de vista que todos estamos aqui a debater ideias e, dessa perspectiva, a tentar impor o nosso ponto de vista pela força dos nossos argumentos. Isso de uns virem "debater" e outros "impor" não existe, até porque aqui ninguém impõe nada...

É verdade que de vez em quando nos entusiasmamos e pisamos o risco, mas julgo que isso é apenas porque estamos a falar de coisas que nos importam e que por vezes nos irritam profundamente. Por isso, desde que depois haja a capacidade de reconhecer os excessos e que todos se esforcem por não se excederem, não vejo grande mal.

Por outro lado, é do debate de ideias que nascem as melhores soluções e neste fórum, por enquanto, todos os utilizadores registados podem expressar livremente a sua opinião, seja para descobrir a pólvora ou fazer outra coisa qualquer. Não nos podemos esquecer que todos têm o direito a ter uma opinião própria, por mais cretina que ela nos pareça!

Quanto ao Campeonato Ibérico, é uma matéria que analisei em detalhe nas 2 últimas épocas no Ori-BTT e tanto eu como o meu clube já tínhamos proposto formalmente que o formato fosse alterado. Amanhã publico no meu blogue o resultado resumido dessa análise (o link está num post mais acima), em que são explicadas algumas situações e algumas condicionantes (por exemplo, porque é que os percursos das selecções não são diferentes dos dos outros participantes).

Isto não tem nada a ver com desprezo pelas selecções, muito pelo contrário. Posso garantir-lhe que tomei uma atitude concreta quanto a esta matéria a seguir ao CI de 2009, quando vi a meia-dúzia de gatos pingados que ficaram a assistir à entrega de prémios às seleccções. Ficaram os familiares e pouco mais. As outras pessoas foram almoçar ou foram-se embora. Isso fez-me uma impressão terrível e foi aí que comecei a recolher mais dados sobre este tema.

Da mesma forma, fez-me uma impressão terrível a chacota este ano no CI, em que os títulos eram abertamente ridicularizados, tanto por portugueses como por espanhóis. Os que tinham "batido" os seleccionados eram vistos quase como "heróis". Se acham que esta situação é de manter... não sei que mais lhe diga.
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11-04-2010, 11:14 PM
Post: #25
RE: Regulamento de Competições 2011
Pois é caro Mário, temos ambos muitos anos de experiência desportiva, mas neste dominio separa-nos questões de principios e conceitos desportivos. Fora isso, aproxima-nos os inúmeros anos em que nos cruzámos em diferentes actividades.

Não existindo qualquer factor que impeça o alargamento da participação no CI a todos, continuo a não vislumbrar a razão para que se mantenha o actual modelo. Mantenho, igualmente, que se podem manter as selecções, mas que no final os vencedores terão necessáriamente de coincidir com os vencedores das provas. Assim o determina a verdade desportiva e sobre ela não pode existir selecção, camisolas ou outras questões de menor importância.

Um Campeonato numa modalidade que se pretende aberta a todos, terá de estar objectivamente à disposição de todos e não apenas de alguns, através de critérios desconhecidos e talvez pouco objectivos. Caso contrário não poderá ser considerado um Campeonato mas sim um simples torneio (aliás tal como está o modelo é impugnável em diversos forums).

E, aqui, entram as questões que nos separam e que estão relacionadas com a filosofia que tenho nestes temas desportivos e que se resume ao facto de quantos mais melhor, ou seja, quanto maior e melhor for a participação mais gozo me dá participar numa competição.

Agora quanto à questão dos escalões, bem existem inumeros exemplos "biológicos" de veteranos a estarem entre os melhores dos melhores (Carlos Lopes, Linford Christie, Lance Amstrong, Jennie Longo, etc.). Não vejo qual é o problema e aliás encaro-o com toda a naturalidade de quem, como tu é veterano e a partir da próxima época no H45.

Por último, quanto aos escalões jovens, estou de acordo com os receios colocados em torno da "campeonite" para os escalões jovens. Mas tudo passa pela educação, pela sensibilização e pela adequação dos percursos à idade de cada um. Tirando estas questões, terá de existir maneira de premiar quem investe na formação e dinamização dos jovens e isso é fundamental. A ideia de um torneio/campeonato jovem lançado pelo Patrício pode ser um bom começo.

Abraço,
Leandro Silva
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11-05-2010, 01:05 AM
Post: #26
RE: Regulamento de Competições 2011
Boa noite a todos.

Sobre a questão deste ser o 1º Regulamento de Competições debatido e não imposto o Pedro Dias já disse quase tudo. Nunca tive o prazer de trabalhar com o Pedro numa Direcção FPO mas estive lá antes e investi muitas horas nos documentos da altura (entre 2002 e 2004), e participei sempre nas discussões abertas dos outros RCs que se seguiram apresentando propostas e sugestões e assinalando gralhas e eventuais problemas tal como tenho feito neste documento e este ano. Em suma, neste aspecto não há certamente diferenças com o passado.

Entretanto já se escreveu que o Regulamento actual é bom e que o anterior era péssimo. Vou fugir à tentação de entrar em caracterizações similares mas convido-vos a todos a analisarem algumas situações da actual proposta de Regulamento e a irem ao anterior descobrir se as coisas também estavam escritas desta forma.

Vou evitar questões subjectivas onde a opinião de cada um de nós poderá não conseguir influenciar a opinião de outros (como dizer que é desprestigiante o actual modelo do Ibérico e achar que ir acabar com a possibilidade de vestir a Camisola Nacional não é desprestigiante... Leiam o que escreveu o Mário Duarte... Basta fazer percursos diferentes... Cada um dá o litro para ir à Selecção? E se tiver um dia mau na Selecção não passa a ser pior do que todos os outros do seu escalão). Portanto vou cingir-me a aspectos que qualquer um pode consultar e tirar ilações claras:

1 - Artigo 3º nº2 - Escrever que determinadas regras dependem de um “processo a definir pela FPO” pode ficar ultrapassado e datado. Quem ler este artigo no final da época pode já ter o processo definido... Num Regulamento evitam-se regras em "aberto" ou com datas a definir.

2 - Convido-vos todos a terem o trabalho de irem à proposta de Regulamento ler o artigo 4º nº2, o artigo 7º nº1 e o artigo 7º nº 5. Compreendo que seja importante definir as novas regras do EMD mas é preciso dizer 3 vezes que só participam atletas com EMD válido? Mas depois no artigo 7º nº7 diz que um atleta pode participar desde que entregue um EMD válido até UMA HORA antes da prova começar. Portanto este artigo parte do pressuposto que, quando o atleta se inscreveu, o fez sem EMD válido... Para não falar na loucura que é aceitar inscrições a uma hora das partidas em escalões de competição (se fosse noutros escalões isto não faria sentido pois qualquer não federado pode participar)...

3 - Artigo 13º nº 2 - É escrito que em provas WRE a adaptação dos percursos às categorias nacionais já não se aplica. Isto é tremendamente confuso. Uma prova só é WRE para os escalões Elite. Isso quer dizer que todos os outros escalões já não precisam de ser adaptados à realidade nacional? E se assim for, num Portugal’O’Meeting, nos dias que não são WRE já se usam as categorias nacionais? Os percursos devem ser preparados tendo em conta o tempo expectável do vencedor (cabe ao organizador perceber se vai ser a Simone Luder ou a melhor portuguesa...);

4 - Artigo 19º nº2 c) e f) As obrigações aqui impostas deviam ser restringidas a provas da Taça de Portugal. Como isso não foi feito, estas alíneas estão a impôr que todas as provas locais tenham sistema de som e "espaço infantil"...

5 - Artigo 19º nº4 - Aqui surge a primeira referência ao "Consultor de Provas" sem se saber exactamente o que é. Curiosamente no Artigo 16º nº1 refere-se o Juiz Controlador (expressão fora de uso há uns anos) e ainda se cita várias vezes o supervisor. Creiam que sejam sempre a mesma figura pois para além disso ainda se refere o juíz árbitro que me parece ser o equivalente ao que compunha o júri técnico até aqui. Isto para mim não é claro...

6 - Artigo 24º nº6 - Não me lembro de que algum Regulamento dos anteriores 10 anos alguma vez ter uma referência como esta dizendo que uma prova com QUATRO (4) pontos mal marcados tem que ser anulada... Não 2 nem 3... 4.

7 - Artigo 25º, nº1 a) - Dizer que a pontuação 100 é atribuída ao vencedor do escalão é insuficiente. Por isso é que no Regulamento anterior se fazia referência também ao primeiro atleta do escalão. O objectivo até pode ser para ficar assim, mas nesse caso, num Portugal'O'Meeting o melhor português em alguns escalões não vai fazer mais de 60 pontos e como só o dia WRE do POM é que é nivel 1, um dia diferente do POM vai dar pontuações mais fracas do que uma regional...

8 - Artigo 26º nº6 - A fórmula do cálculo do artigo 25º já multiplica os pontos por 100. Se nas estafetas vão usar um factor de multiplicação de 300, então uma equipa vencedora de estafetas irá valer 30.000 pontos. Penso que também não é esse o objectivo.

9 - Artigo 43º nº9 - Se o Consultor de Provas é mesmo o Supervisor, e aqui se diz que a presença do supervisor "não é obrigatória" nos dias de realização da prova, vão mesmo assim tentar convencer-me que isto não viola completamente o que a IOF define para o trabalho dos supervisores? Já agora, isto também se aplica aos supervisores dos eventos internacionais? Ou só dos nacionais? E quem refere que isso é desnecessário tem noção do que é o trabalho de supervisão? Será que alguém acha que o supervisor decide alguma coisa num dia de prova? Que ele é que toma as decisões (certas ou erradas) de um júri técnico? O supervisor aconselha, trabalha e manda reunir o júri técnico. Eu sou supervisor internacional há 4 anos e nunca precisei de fazer reunir o júri técnico. Não digo isto por achar que o meu trabalho é bom ou mau. Digo isto porque quem escreveu este Regulamento pensa que o "árbitro" da Orientação vai fartar-se de tomar decisões e a mim parece-me que o Júri Técnico deve ser chamado a decidir umas 3 ou 4 vezes por época num total superior a 50 ou 60 dias de percursos numa época...

Sem ataques pessoais, sem ofensas, só estou a debater pontos do Regulamento de Competições, nada mais... Todos contentes na floresta da próxima vez que nos virmos, mas mais contentes com um Regulamento melhor...

Saudações desportivas,
Luís Santos
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11-08-2010, 01:04 AM
Post: #27
RE: Regulamento de Competições 2011
Olá!

Confesso que fui surpreendido com algumas das opiniões aqui manifestadas nos últimos dias, sobre as quais não posso deixar de me pronunciar.

É minha opinião que após as reuniões realizadas sobre o tema (falo em particular da de Brasfemes onde estive presente), em que a Direcção reconheceu que o documento em apreço tem vários problemas e que seriam alvo das necessárias emendas. Pelo que agora se impunha aguardar pela produção do documento final, que ficou prometido ser enviado a quem tinha enviado contributos de melhoria (na minha opinião devia ser enviado a todos os clubes, mas foi usado o argumento de falta de tempo).

Não quero entrar nesta disputa sobre quem tem a “pilinha” (regulamento) maior, desde logo porque a acho completamente desnecessária, mas também porque não tenho qualquer sentimento de paternidade com o actual Regulamento, já que nos últimos 10 anos não me envolvi na sua elaboração. Não posso deixar no entanto de reconhecer que, ao contrário do que foi dito, sempre houve discussão e possibilidade de contribuir para a sua elaboração!

Confesso que me senti visado pela Margarida quando se referiu a “dirigentes e históricos (…) ao serviço de interesses discutíveis”. Que argumento falacioso e deselegante! Falemos de factos e argumentos concretos e deixemos as interpretações para os leitores.

Num post anterior já expus a minha opinião sobre alguns dos principais temas, que sou levado a crer que nem foram lidos por alguns dos posteriores intervenientes, pois voltaram a defender as suas posições sem sequer tentar rebater os argumentos apresentados (nem os meus nem os de outros intervenientes.

Vou comentar novamente alguns desses temas, por achar que posso acrescentar alguns dados novos:

Campeonato Ibérico

Antes de mais reforço que estão duas opiniões legítimas em disputa, sendo ambas válidas e defensáveis, ao contrário do que se pode inferir por alguns comentários.

São apresentados três argumentos principais como razão para a mudança de modelo:

Questão de neste momento ser possível que o mais rápido no terreno poder não ser Campeão Ibérico – Argumento válido e pertinente, mas de resolução fácil e que já foi usada no passado – basta ter percursos diferentes para o CI (no limite basta um ponto diferente);

Questão de nem todos poderem ambicionar ser Campeões Ibéricos: esta situação ocorre em todas as representações nacionais. Suponho que os critérios de acesso à Selecção Ibérica têm sido definidos com antecedência, pelo que basta a qualquer um de nós os atingir para ter essa honra. Acrescento aqui que esses critérios podem deixar alguma margem de manobra ao Seleccionador Nacional, que não se deve limitar a ser um analisador de cumprimento de critérios;

Questão da imensa massa de praticantes que se opõem ao modelo actual: Como já referi estive presente na recente reunião de Brasfemes, onde estiveram 15 clubes representados onde este tema foi debatido e não ouvi nenhuma opinião favorável ao novo modelo. Apenas o Tiago Aires referiu que apenas considerava válido o argumento financeiro no que diz respeito aos custos de participação, acrescentando que estranhava que esse argumento não fosse usado pela Direcção.

Rankings

Este é um tema sobre o qual não gosto de me pronunciar, desde logo porque não me interessa pessoalmente, mas principalmente porque reconheço que há outros companheiros muito mais avalizados que eu para o discutir.

Quero no entanto levantar duas questões:

- Os Rankings são uma antes de tudo o mais uma forma de incentivar a participação nas provas. Referir como meritório a redução do número de provas a contar é a negação dessa função e objectivamente prejudica as organizações das provas (isto é mais pertinente numa altura em que é referido o reduzido número de candidaturas).

- Sobre a questão do equilíbrio Jovens/Seniores/Veteranos, os célebres 6+6+6, foi referido um dado que deve ser tido em conta (lamentavelmente não me lembro por quem): Há mais escalões em disputa nos veteranos, o que na prática pode levar a que um clube pontue 6x100, o que é impossível nos seniores. Acresce que alguns deles têm menos competitividade devido ao reduzido número de participantes.

Ori-BTT questão de andar montado fora dos caminhos

Já apresentei no meu post anterior (e também o fiz na reunião, embora numa altura em que restavam poucos resistentes), os meus argumentos sobre este tema e ninguém os rebateu.

Volto a reforçar que só há duas escolhas: ou liberalizamos ou restringimos. Qualquer das opções deve ser legislada com regras claras, não deixando margem de interpretação para os participantes.

Quanto à questão da legitimidade para aprovar o Regulamento pela Direcção, ela é um facto indisputável, mas como é sabido são os Clubes os principais actores na sua implementação no terreno, pelo que devem ser parte integrante dos processos de decisão.

Neste caso em concreto há ainda uma outra questão a ter em conta, já que este Regulamento irá ter impacto em provas que foram atribuídas à luz de regras diferentes, pelo que alterações significativas têm que ser negociadas e aprovadas pelos clubes afectados.

Um abraço,

Luís Sérgio

PS: os interessados podem consultar o Regulamento comentado por mim em: http://www.atv.pt/ficheiros/documentos/r...ios_ls.pdf
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11-08-2010, 02:50 PM
Post: #28
RE: Regulamento de Competições 2011
Luís Sérgio,
Falando do que interessa, julgo que te estás a esquecer de 2 dados na questão do Campeonato Ibérico (CI): a questão financeira e a questão dos rankings.
O CI só é financeiramente viável se for feito "em cima" duma prova que conte para o ranking, de modo a ter lá muita gente.
Isso significa que se os percursos das selecções forem diferentes, esses atletas não vão poder pontuar para os rankings nessa prova. Foi por isso que a ideia avançada agora por alguns de vocês, dos percursos das selecções serem diferentes, foi abandonada no passado. Chegou-se à conclusão que os seleccionados preferiam fazer o percurso pontuável para o ranking a fazerem o percurso do CI.
É por isso que os percursos são agora iguais: para permitir que o CI seja financeiramente viável e para permitir aos seleccionados pontuarem para os rankings em igualdade de circunstâncias com os seus concorrentes directos.
O que se esqueceram foi que, sendo os percursos iguais, não podem declarar vencedores que não correspondam ao que aconteceu no terreno! Lembro-te que tivemos e
temos vários campeões ibéricos que não o são e temos outros que o são, sem o serem...
Por isso, nestas circunstâncias, julgo que a única alternativa viável financeiramente e justa em termos desportivos é os títulos ibéricos deixarem de estar reservados às selecções.
Por outro lado, e também em termos de princípios, essa prova chama-se Campeonato Ibérico e conta para os rankings de todos os atletas, embora só meia-dúzia é que corram verdadeiramente o CI... Os outros, que são quem sustenta financeiramente a prova, ficam de fora, apesar de preencherem o único critério válido de acesso a esta prova: terem uma nacionalidade ibérica... Temos de convir que isto não é muito normal!
Se estivessemos a falar de 3.000 atletas, eu dar-te-ia razão e diria que tem de haver selecções. Estando os nossos números muito longe disso, não vejo nenhum motivo para restringir o acesso a essa prova, muito pelo contrário.

Quanto à questão do Regulamento de Competição (RC), acho que devo só esclarecer que a minha intervenção nesse processo foi a de coordenar uma proposta base, que foi apresentada à Direcção.
O meu papel de "coordenadora" significou, entre outras coisas, que as propostas que estavam no RC apresentado à Direcção não correspondiam necessariamente às minhas opiniões particulares, o mesmo se passando, por maioria de razão, com a proposta modificada pela Direcção e que foi posteriormente apresentada aos clubes. Em suma, em termos pessoais, concordo com algumas coisas que estão no RC, mas não concordo com outras. Julgo que a maior parte de nós está nestas circunstâncias.
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11-08-2010, 11:05 PM (This post was last modified: 11-08-2010 11:05 PM by nzalmeida.)
Post: #29
RE: Regulamento de Competições 2011
Só para saudar a elevação do nível que está a acontecer neste momento ao contrário das respostas iniciais. A comunidade orientista agradece.

Nuno José Almeida
http://nzalmeida.orienta-te.com/
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11-09-2010, 12:06 PM
Post: #30
RE: Regulamento de Competições 2011
Olá Margarida!

Fico pasmado com a tua capacidade de escolher de forma selectiva os argumentos que entendes discutir, sem te preocupares em rebater os que te são apresentados.

Mas ok… comecemos então pelo que te interessa. Parece que ficaste reduzida apenas a dois argumentos, que contrariamente ao que dizes eu não esqueci.

Quanto à questão financeira eu nunca disse que o CI deveria ser organizado em separado (nem ouvi ninguém defender tal coisa), penso até que fui bem claro ao dizer que basta ter percursos diferentes, fui até ao pormenor de dizer que bastava ter um ponto diferente.

A questão do Ranking, que eu considero de menor importância, está resolvida no artigo38º do próprio Regulamento em apreço. Não vale a pena usar uma granada para nos livrarmos duma melga incómoda!

Num processo democrático de discussão alargada de um Regulamento deste género é necessário chegar a consensos, fazer compromissos e cedências para chegarmos à melhor solução. Após isso (e penso que devíamos estar nesse ponto uma vez que foi apresentado um documento para análise e aprovação) quem lidera o processo tem que assumir as escolhas feitas como as melhores e estar disponível para as defender. Neste caso temos um Regulamento órfão (ou filho de pais incógnitos), que parece que ninguém quer defender e acarinhar.

Tenho também acompanhado com interesse a tua campanha para alterar o modelo de controlo de provas e não posso deixar de tecer alguns comentários:

Começo por dizer que nos últimos anos optei por não exercer funções de Supervisor (mesmo assim ainda devo estar perto do Top de provas controladas), por várias razões, entre as quais destaco o facto de uma das suas funções ser aprovar os mapas. Enquanto Cartógrafo profissional não me parece muito correcto ser confrontado com a possibilidade de ter que questionar (ou mesmo recusar) um mapa, quando posso até ter apresentado um orçamento para a sua elaboração e ter sido preterido. Tenho no entanto integrado inúmeras vezes Júris Técnicos de provas, tarefa que asseguro que dispensava de boa vontade.

Espanta-me a confiança que depositas nas pessoas que têm integrado os Júris Técnicos, deixando sempre implícito que não são de confiança e que se movem por interesses dúbios e recrimináveis. Estamos a falar de companheiros (que são Supervisores) que despendem o seu tempo, enquanto os outros atletas estão na descontracção ou já forma mesmo para casa, para exercer uma função que ninguém gosta de fazer e que muitas vezes os tornam alvo de críticas fáceis. Temos uma modalidade pequena em que todos nos conhecemos, com a riqueza única de todos sermos praticantes, não ponhamos isso em causa com suspeições de que os eventuais erros são cometidos de má fé.

Sou o primeiro a reconhecer que têm sido cometidos erros nesta área, mas isso não se deve a falhas no sistema actual, que é fruto duma aprendizagem e refinação com dezenas de anos e possui os mecanismos necessários para os evitar. Como todos os sistemas ele é posto em prática por pessoas, que são falíveis. O que importa é ter regras claras e promover a formação necessária para minimizar esses erros, que uma vez cometidos devem ser estudados, de forma a criar os mecanismos necessários para que não se voltem a repetir. Estou perfeitamente aberto a que sejam promovidas melhorias, mas vamos parar com esta "politica de terra queimada", em que parece que tudo o que foi feito no passado está errado.

Tens usado argumentos que são parciais e sobre os quais tenho algumas perguntas (e respostas):

- Estás disponível para prescindir de participar em provas para integrar o órgão de decisão poderes decidir de forma isenta? Pela minha parte sou a favor de te nomear júri vitalício.

- Quando comparas o Sistema actual FPO com o IOF, fazes um cavalo de batalha pelo facto de o nosso Júri ser composto por atletas, ao contrário do da IOF que é perfeito. Quem integra o Júri da IOF? Posso te responder com conhecimento de causa, pois já integrei por duas vezes o Júri de Campeonatos Mundiais: são os team-leaders e Seleccionadores Nacionais. Claro que estes estão acima de qualquer suspeita…

- Questionas a legitimidade e isenção dos atletas para integrar o Júri (que são tb Supervisores e em número de três para promover a discussão, e minimizar eventuais favorecimentos), e queres entregar essa responsabilidade ao Supervisor (que são as mesmas pessoas), que decide sozinho sobre questões que muitas vezes resultam do facto de não ter feito o seu trabalho de forma competente. Muito mais que os atletas o Supervisor estará ele sim a decidir em causa própria, sendo tentado a tomar decisões que branqueiem a sua acção (ou falta dela).

- Olhas para Espanha como um exemplo, quando eu estou convencido que estamos a anos luz deles nesta campo (ou pelo menos estávamos há alguns anos). Tive um supervisores espanhol (Angel Nieto) na prova de 2005 em Óbidos/Peniche, que não poupou elogios à nossa organização tendo andado de câmara em punho a filmar tudo para aplicar em Espanha. Já fui Supervisor duma prova em Madrid e recordo o espanto quando exigi verificar todos os mapas, ou quando disse que iria para o terreno de madrugada com os colocadores de pontos ou ainda quando regressei do terreno depois de corrigir a posição de dois pontos. Recordo com orgulho o facto do Director de Prova ter dito ao Director Técnico: "Este portugues merece bien su soldo". Deixando bem patente que não estava habituado a este tipo de supervisão.

Para terminar mais uma coisa que não interessa… sim claro que podemos esquecer que foram feitas afirmações graves atentatórias do carácter e bom nome de várias pessoas. Relevemos que foram lançadas publicamente suspeições, não fundamentadas nem personalizadas, pondo em cheque todos os anteriores intervenientes neste tema no Forum. Podemos até esquecer que essas afirmações foram feitas pela Presidente do Concelho Disciplinar, revestindo-se portanto de especial gravidade. Ignoremos que foram feitas num órgão oficial da FPO, violando as suas próprias normas de utilização, que impedem os ataques pessoais. Olvidemos até que estão em causa dirigentes, no exercício das suas funções de apreciação e comentário dum Regulamento, pelo que essas afirmações se enquadram no artigo 14, alínea d) do Regulamento de Disciplina. Sim, nada disso interessa…

Beijinhos e abraços,

Luís Sérgio
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