Rescaldo da reunião da AG de Alter do Chão
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Rescaldo da reunião da AG de Alter do Chão
Começo por referir que esta Direcção da qual faço parte, sempre procurou actuar com informação e bom senso e gostaria de agradecer e enaltecer a dedicação dos restantes membros da Direcção na busca de soluções adequadas e justas, sem olhar a nomes, mas tendo como primeiro objectivo servir a Orientação. Nesta perspectiva sempre considerámos que os diferentes órgãos estavam a fazer o seu trabalho e que a direcção deveria ter outras opiniões em consideração, pelo que sempre procurámos convergir nas nossas posições.
Assim, a direcção integrou a maioria das sugestões apresentadas pela AG de Gouveia e pelo Conselho Fiscal (CF) e voltou a reunir com este órgão. As reuniões foram produtivas como aliás é referido no relatório elaborado pelo CF, pelo que foi com surpresa que o novo relatório veio com parecer negativo. Ainda assim, por se tratar de um documento não vinculativo e de na verdade, na sua última versão não indicar nada de assinalável nem de concreto, mas apenas vagas preocupações, resolvemos avançar com aquele plano, para não atrasar ainda mais o processo de financiamento ao IDP. No dia da reunião em Alter do Chão, comecei a aperceber-me de uma certa má vontade e mesmo má fé para com esta direcção, tendo ficado chocado com algumas atoardas postas a circular sabe-se lá por quem. Ainda na ressaca de tal reunião resolvi fazer esta carta aberta mostrando o ridiculo de algumas acusações e apesar de algumas terem sido abordadas na reunião, é importante esclarece-las para quem não esteve presente: 1. A FPO vai pagar a deslocação de uma equipa de Corridas de Aventura à Tasmânia? Não claro que não. Esta corrida foi escolhida precisamente por ser absurdamente cara e permitir abater um montante significativo prevendo cortes significativos da tutela, sem perigar outras despesas bem mais importantes. 2. É verdade que a FPO fez contratos programa com o GDU Azóia e com a APCA, tendo já entregue dinheiro a esses clubes? Não, claro que não. Os contratos programas a serem feitos serão/seriam-no se fosse aprovado este modelo (após aprovação do plano de actividades), em total colaboração com o IDP e nos moldes indicados pelo IDP. Desta forma não seria possivel fazer contratos programa "à posteriori", o que deixaria desde logo estas duas organizações de fora deste modelo para o corrente ano. 3. A FPO vai assumir as dívidas da APCA resultantes do XPD 2009? Claro que não, nem isso jamais se pôs em consideração. Não se esqueçam que a FPO irá/iria fazer um contrato programa com o IDP e está-se mesmo a ver que o IDP iria aprovar pagamentos de despesas de 2008/9. Pelo contrário, a existência de contratos programa da FPO com o IDP e com os clubes põe a nú toda e qualquer tentativa de "mexer" nas contas. Talvez aqui esteja uma das raízes do problema, uma vez que as contas da FPO e dos clubes poderão estar sujeitas a auditorias por parte da tutela. Acredito que nesta fase muitos clubes não estejam ainda preparados para isso, mas não duvidem que será o que nos espera no futuro. 4. O GDU Azoia vai receber apoios da FPO para organizar a CA nos Açores? À luz desta direcção qualquer clube está em pé de igualdade com todos os outros. Além de prezarmos o serviço à Orientação, primamos pela transparência, pelo que se receber/recebesse apoios será em moldes idênticos a outros clubes/provas. Aliás qualquer associado pode controlar as contas da FPO em qualquer altura questionando os serviços da FPO. 5. É verdade que a FPO pagou a operação ao menisco de um membro da direcção? Esta é para mim a cereja no topo do bolo. Sinceramente, por quem nos tomam? Um bando de delinquentes? Uns gastadores inveterados? Não sei a razão de tal comportamento, mas para mim só pode seguramente ser explicado por questões pessoais ou de conflito de interesses. Esta má vontade teve repercussões no próprio CF, não tendo este órgão capacidade de ficar imune às atoardas que iam surgindo. Só assim se compreende algumas observações do CF, que revelam também alguma má vontade em todo este processo. Como pôde o CF dar a entender que esta direcção poderia não transferir dinheiro para os clubes, no âmbito dos contratos programa, uma vez que o não fez em 2010. Então o CF não sabe que esta direcção tomou posse em 25 de Setembro de 2010? Aquela questão deveria ter sido posta à anterior Direcção. (Entretanto inteirei-me desta questão e segundo indicações recebidas, teria sido prometido pela anterior Direcção a distribuição de algumas verbas aos clubes em 2010, mas pelo que pude purar essas verbas foram canalizadas para as obras das casas da Marinha Grande (cerca de 50.000 Eur), mas isto foi feito pela anterior Direcção, não por esta. Ainda para mais aquelas casas foram alugadas por um periodo de 2 anos, pelo que se o contrato não for renovado, bye bye 50.000 Eur.) Outro exemplo gritante de má-fé prende-se com a não indicação, por parte do CF, da despesa efectivamente efectuada por esta direcção. Após ficarmos a saber que o CF fiscalizou as despesas da direcção, apenas foi referido que NÃO houve despesas em Janeiro (surpresa!!!) e que houve 4 despesas em Fevereiro (AhAh!! finalmente vamos ficar a saber em que é que aqueles malandros gastaram o dinheiro!!!), mas para espanto de todos não foi referida a sua natureza. Alguém dúvida que, se houvesse a minima coisa a apontar, o CF não teria revelado e esmiuçado o teor dessas despesas? Como as despesas efectuadas foram essenciais e inadiáveis para a modalidade, nada mais se disse. Aqui não houve isenção do CF. Para finalizar gostaria de referir que a ideia que passa de todo este processo é que os associados têm medo de mudar e preferem eternizar um modelo pré-existente. Independentemente das pessoas (e não é isso que está em causa), as Instituições são maiores que as pessoas e a Vida faz-se de mudanças e não de eternização do poder. Cumprimentos, Luís Santos |
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Post: #2
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RE: Rescaldo da reunião da AG de Alter do Chão
Meu Caro Luis Santos,
1. As reservas do CF estão indicadas ponto por ponto e encontram-se sustentadas técnicamente. Portanto entre o seu ponto 1. e 5. nada temos a dizer sobre os supostos "boatos" referidos. 2. Quanto à segunda parte da sua mensagem, já a história é outra e remonta ao início de Dezembro de 2010. Começando pelo início, nós nunca afirmamos que a Direcção não poderia transferir dinheiro dos e para os Clubes, apenas dissemos que o modelo apresentava reservas de natureza fiscal, financeira, contabilistica e violava os principios da equidade entre associados da mesma Federação. Aliás, na componente contabilistica poderia contrariar o estabelecido nos estatutos no seu artigo 69º. Quanto ao apoio que tem sido prestado aos Clubes, é igual para todos e resulta de benefícios à inscrição de atletas jovens. Quanto às casas da Marinha Grande, lamento também informar mas a sua afirmação é incorrecta e revela que não leu sequer o contrato, ao contrário do que fez este CF. Não existe um aluguer por 2 anos, mas existe sim uma clausula de rescisão da cedência (por 10 anos, renovável) dessas casas - se assim pretender posso-lhe enviar cópia do contrato para ler e concluir de igual modo. Do ponto de vista jurídico não é perfeito, mas poderá/deverá ser gerido e negociado com a entidade pública respectiva, no sentido do interesse da modalidade. 3. Quanto às despesas, talvez não tivesse tido a devida atenção às minhas afirmações, o que eu disse era que a autorização existente não pernmitia efectuar despesas até ao limite duodecimal, mas apenas as despesas correntes e que tinham por base as responsabilidades existentes à data de 30 de Setembro de 2010. Quanto às despesas afirmei ainda que quanto a Janeiro não existiam movimentos que suscitassem questões em face da autorização existente, mas que quanto a Fevereiro havia 4 movimentos bancários para os quais haveria certamente uma justificação que seria prestada no momento oportuno (o Carlos Rodrigues enviou-me na sexta feira a informação e disse que apenas estaria disponível no final da semana seguinte para prestar os esclarecimentos que fossem necessários, facto que efectuarei durante esta semana). Não vejo qual o tema da isenção. Quanto à mudança, voltando ao início de Dezembro, tive oportunidade de afirmar por diversas vezes que as alterações propostas, para além das reservas que careciam de uma análise detalhada (aliás tal como afirmou o ROC no seu parecer quando até recomendou uma consulta formal á Administração Fiscal), eram de tal modo significativas que deveriam ser sujeitas a proposta autonoma a apresentar à AG e em caso de sancionamento por esse orgão e ultrapassadas que fossem as questões técnicas (relevantes e de montante assinalável), aí sim deveriam ser incluídas no PAO. Não sei, neste domínio, qual o retorno prestado pelos seus colegas sobre os nossos procedimentos e interacções, mas sempre a nossa actuação seguiu estes principios. O caminho foi exactamente o contrário e ainda está por explicar qual a razão para o não adiamento da AG de 29 de Dezembro e o que é que se pretendia aprovar nessa Assembleia (talvez um PAO sem parecer, com uma ratificação posterior...). Da parte do CF sempre existiu espirito colaborante e empenhado em encontrar soluções, mas não se pretenda fazer deste orgão o precurssor da mudança (será concerteza em primeiro lugar a AG e respectivos delegados e a Direcção), pouco detalhada e sustentada técnicamente (com inúmeras lacunas e problemas de natureza técnica, tal como estão claramente colocados nos documentos elaborados). Cumprimentos, Leandro Silva |
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Post: #3
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RE: Rescaldo da reunião da AG de Alter do Chão
O parecer do Conselho Fiscal sobre o novo Plano de Actividades e Orçamento para 2011, da autoria da Direcção candidata é uma peça fantástica. Como podem 3 pessoas idóneas e pais de família produzir um documento destes que nada diz? Não há uma única referência ao plano apresentado a não ser o seu valor global "Relativamente ao Plano de Actividades e Orçamento para 2011, o mesmo apresenta um valor global de receitas e custos correspondente a EUR 342.940,00.", mas quem lê este relatório depreende que o plano é excelente e representa a salvação da modalidade.
Agora percebe-se porque a Direcção demissionária nunca se poderia entender com este CF. É tal a falta de isenção quando se compara este parecer que nada diz (será que houve plano?) com os outros que o CF analisou à lupa que só pode ter havido má-fé ou conflito de interesses para com a direcção demissionária. Caiu finalmente a máscara, pelo que só há um caminho possível. Demitam-se, a bem da modalidade Luís Santos |
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Post: #4
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RE: Rescaldo da reunião da AG de Alter do Chão
Realmente é algo esquisito como é que para um orçamento que foi apresentando nas últimas reuniões exista tanta coisa a apontar e onde tenho a impressão que se faltasse uma vírgula era motivo para parecer negativo. E de repente a oposição à ex-direcção apresenta um orçamento e para o CF não existe nem uma beliscadura. Será que não tiveram tempo de ir ver as páginas de todos os clubes dos elementos da actual lista à procura de incompatibilidades?
Para mim revolta-me um bocado esta situação porque representa o deitar abaixo de um trabalho que ocupou muitas horas, e apenas por má-fé de algumas pessoas, que desde cedo se preocuparam em armadilhar o processo. Só espero que essas pessoas que agora vão para o poder provem que a sua solução é a correcta e melhorem o estado da Orientação em Portugal. |
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