QCN - Últimos temas
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QCN - Últimos temas
Falta apenas apresentar dois últimos temas uma vez que os outros temas que defini e que estão por apresentar têm outros âmbitos de discussão:
1 - Condições exigidas por tipo de evento - têm o seu âmbito na definição dos contratos de organização de provas; 2 – Uniformização de processos em eventos do mesmo tipo - tem estado a ser debatido ao longo dos diversos temas; 3 – Utilização do sistema electrónico – no âmbito da respectiva acção de formação; O primeiro tema que trago para debate tem a ver com os atletas estrangeiros. Este é um tema que depende muito da aceitação que cada um de nós tem em relação à presença de estrangeiros e à forma como se integram no nosso desporto. Compreendo que a liberdade de circulação nos torna em termos de circulação e vivência, mais europeus do que portugueses. Mas desportivamente e competitivamente poucos de nós certamente alguma vez se identificarão com alguma selecção da Europa (se é que alguma vez se chegará a isso). Na nossa modalidade enveredou-se em 2011 por uma regra que trouxe alguma contestação que basicamente se resume à alínea c) do nº3 do artigo 5º do RC onde se constata que “Caso estejam também inscritos noutra federação congénere estrangeira as pontuações obtidas não são contabilizadas para efeitos de Ranking Individual e Ranking de Clubes.”. Não tenho uma convicção muito firme em relação a isto, mas parece-me parcialmente bem. Não se criam quaisquer condicionantes de participação em eventos e permite-se que os estrangeiros que vivem em Portugal ou cá estão temporariamente se inscrevam e participem nos rankings nacionais. No entanto, tenho reservas que se traduzem em 2 pontos em relação a isto: - Esta regra é teoricamente injusta quando comparamos portugueses com estrangeiros. Passo a explicar. Segundo esta regra, a título de exemplo, o João Pedro Valente, por ser português, pode participar no ranking português e no ranking espanhol (sendo português não é abrangido pelo artigo 5º), mas o filho Jorge Valente, sendo espanhol, ou participa no espanhol ou no português. Parece-vos justo? A mim não. Como manter então a regra conferindo-lhe justiça? Impedindo os portugueses de se inscrever em federações estrangeiras? Que ganhos teríamos de impor uma medida dessas? Absolutamente nenhuns. Mas então teríamos que admitir que vamos continuar a apostar numa regra injusta. - Um atleta estrangeiro a viver em Portugal, qualquer que seja, decide fazer uns meses noutro país (Espanha, por exemplo) e inscreve-se na Federação doutro país. Depois regressa a Portugal e continua a pontuar para o seu ranking normalmente. Como se controla esta regra? É muito fácil ver um atleta estrangeiro de selecção a participar em Portugal e partir logo do princípio de que ele já está noutra Federação. Mas como se controla isso? Portanto, para além de ser uma regra injusta entre portugueses e estrangeiros é também uma regra dificilmente controlável. Apesar disto eu acho justo que um atleta não esteja a pontuar no mesmo ano para 4 ou 5 campeonatos diferentes, mas então teríamos que tentar reformular o artigo para manter este objectivo, mas evitando as falhas da regra quanto à controlabilidade da regra e ao sentido de justiça entre portugueses e estrangeiros (sinceramente não sei como…). - O outro ponto importante onde me parece não ser necessário ir tão longe, tem a ver com o actual impedimento da participação de 1 estrangeiro nas equipas de estafetas. Ao contrário do que se passa em Espanha onde um campeão de Espanha pode ser um atleta de outro país qualquer, eu acho que estamos bem nas disciplinas individuais. Não estamos a apurar o campeão de toda a Europa mas sim o campeão de Portugal e como tal tem que ser um português. Já nas estafetas sempre abrimos a possibilidade de ter um estrangeiro a integrar equipas onde teremos sempre uma maioria de portugueses e sempre tivemos uma regra a permitir essa possibilidade e na minha opinião, devíamos retomá-la. Agora o último tema: Campeonatos Nacionais. Em primeiro lugar parece-me que o sistema actual dos Campeonatos Nacionais, disputados individualmente e por equipas, decididos apenas numa etapa, estão funcionais e adequados. No entanto, são propostas algumas alterações: - Alterar a associação de provas. Ou seja, a Longa e a Estafeta são claramente as mais trabalhosas em oposição à média e ao sprint. Em termos de área necessária também podemos equiparar a média e a estafeta num nível médio sendo a longa a de maior área e o sprint a de menor. Portanto o que temos agora são as 2 mais trabalhosas juntas e a mais dispendiosa com uma media juntas. Para um clube organizador, a média + sprint é normalmente um “doce” muito mais atractivo que a longa + estafetas. Fica a sugestão de alterar deixando as duas de dimensão média juntas: média+estafetas e juntar a mais exigente com a menos exigente: longa+sprint. - A segunda proposta que faço tem a ver com o dimensionamento dos nacionais. Na média e nas estafetas não há dúvidas. Todos sabemos bem a dimensão standard que devem ter. No caso da distância longa ela é volátil, pois a própria distância longa no WOC tanto pode ser para 60’ como acontece na qualificatória como para 110’ como acontece em algumas finais. O que sugiro é que, à imagem do WOC, também o nosso CN seja tratado com um estatuto especial entre as longas. Já se está a tentar que as longas sejam “mais longas” nos eventos normais mas sugiro que o CN de Longa tenha um tempo de vencedor nunca inferior a 100’; Também o CN sprint tem tido nos últimos anos um modelo quase padrão assumido pelos clubes organizadores de ser realizado a 2 mangas (embora não tenha sido esse o caso este ano). Sei que há quem defenda que, se as outras disciplinas apuram campeões só numa etapa então o sprint também devia ser assim. Mas temos que compreender que a atractividade duma prova única com 10’ num dia não é atractiva para a generalidade dos participantes. Assim, propõe-se tornar o modelo de 2 mangas obrigatório. - Quanto ao CN Estafetas penso que o modelo actual é do agrado da generalidade dos praticantes. Este modelo tem estado estável e que agora é valorizado por ter um importante contributo para o ranking de clubes. No entanto, está em análise uma proposta que vos apresento para darem a vossa opinião. A proposta é que, à imagem do contributo das estafetas para o ranking de clubes que já divide os atletas em 3 grandes grupos (jovens, seniores e veteranos), também as estafetas tivessem apenas 6 segmentos de participação: jovens, seniores e veteranos em masculinos e femininos. É certo que juntaria atletas de idades muito diferentes e capacidades díspares (principalmente nos veteranos). Por outro lado tem vantagens visíveis potenciando e facilitando a criação de um maior número de equipas e aumentando os índices de competitividade. Reparem que actualmente a estafeta sénior (que junta na prática H/DE, H/D21A e H/D21B) é sempre a que mais equipas apresenta e com chegadas muito competitivas, enquanto há outras classes de competição onde nem chega a haver competição porque só surge uma equipa inscrita. - Por fim, o Campeonato Absoluto. Apesar de um começo difícil, este foi um evento que acabou por singrar no panorama competitivo nacional. Reconheço e revejo-me no interesse competitivo do modelo actual mas se tiverem sugestões de alteração ao modelo do CNAbsoluto, não deixem de o partilhar. No entanto há alguns aspectos um pouco secundários que devem passar a ser integrados nas regras. Por exemplo: - Os escalões de 10, 12 e 14 não deveriam poder candidatar-se a uma final A. Possivelmente nos veteranos deveria ser criada uma restrição para os escalões acima de D/H55. No dia da final esses escalões teriam um dia normal a contar para a Taça de Portugal. - Por outro lado, e considerando que as finais vão albergar atletas de vários escalões é certo que queremos que seja uma distância longa, mas esta não deverá ser uma distância longa para lá dos 100’ como sugeri para o CN Distância Longa. Sugiro que no CN Absoluto a final deva ter entre 60' e 80' de tempo de vencedor nos masculinos. - Notem ainda que deverá ficar muito claro que para o ranking individual o CNA conta com um máximo de 110 pontos, mas para o ranking de clubes os atletas vencedores M e F contam um máximo de 150 pontos, que é o que acontece actualmente embora esteja em pontos diferentes do RC. E assim terminam os contributos do Grupo de Trabalho formado para este âmbito. Aguardamos eventuais contributos que queiram deixar aqui ou enviar-me para o e-mail luisjtsantos@gmail.com. Os próximos passos passarão por apoiar a Direcção na actualização do Regulamento de Competições para 2012 e elaborar o estudo relativo aos pontos aqui apresentados e debates ocorridos quer aqui no fórum, quer na reunião de clubes realizada em Peniche. Saudações desportivas, Luís Santos |
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