06-14-2011, 09:46 PM
Escalões de Promoção
Os escalões abertos (actualmente escalões de promoção) têm sofrido muitas e significativas alterações desde 2002. Para além de alterações nos tempos de partida, nos prémios, no planeamento dos percursos, interessa analisar em maior detalhe o formato de participação de quem escolhe um escalão aberto para a sua participação.
Notem que até 2002 o formato era livre e só a partir do ano seguinte começou a ser fixado previamente pelo Regulamento de Competições. Aqui fica a evolução destes escalões nos últimos 10 anos:
2002 RA4 - Open F, Open M Curto, Open M Longo, Pares, Grupos, Principiantes
2002 Jamor - Open F, Open M, Pares M, Pares F, Pares Misto, Grupos
2003 Sesimbra - Matriz Grupos, Pares, Fem, Masc vs FC, FL, DC, DL
2004 - FC/FL/DC/DL (fixo até 2006)
2007 - OPT1/OPT2/OPT3 (fixo até 2008)
2009 - OPT1/OPT2/OPT3/OPT4 (fixo até 2010)
2011 - Promo1/Promo2/Promo3/Promo4
Para além destas modificações podemos constatar facilmente que se alterou a distribuição dos participantes se analisarmos a perspectiva de participações individuais ou em pares/grupos. Para essa constatação foram analisados eventos no mesmo local ou em condições similares a título de exemplo.
RA4 2004 - 160 em Opens; 50 individuais, 110 em pares/grupos (30% individuais)
RA4 2007 - 110 em Opens; 42 individuais, 68 em pares/grupos (40% individuais)
RA4 2010 - 80 em Opens; 48 individuais, 32 em pares/grupos (60% individuais)
É nítida a redução gradual de opens mas sempre a ocorrer nos pares/grupos.
Jamor 2002 (Regional) - 450 participantes - 72 individuais, 378 em pares/grupos (20% individuais)
Jamor 2007 (Taça FPO Sul) - 125 participantes - 45 individuais, 80 em pares/grupos (36% individuais)
O facto de entre estas datas existirem provas locais gratuitas no mesmo local condicionou o número de participantes de 2007, mas não explica só por si uma quebra tão significativa.
Serra de Sintra 2007 (Taça de Portugal) - 414 participantes - 104 individuais, 310 em pares/grupos (25% individuais)
Serra de Sintra 2010 (Taça de Portugal) - 272 participantes - 132 individuais, 140 em pares/grupos (48% individuais)
A nossa modalidade é competitivamente individual mas ao "escondermos" os pares e os grupos nas nossas terminologias de Fácil Longo, de OPT3, de Promo, esvaziámos o interesse que os antigos escalões de pares e de grupos suscitavam.
Eu sei que temos a condicionante da crise mas em 2007 ainda não havia crise e a quebra de "opens" é nítida tanto no RA4 como no Jamor... Não foi certamente pelo dinheiro da inscrição até porque um adulto não federado paga hoje 7,75€ e pagava em 2002 já 6€. Portanto não é certamente por culpa de um aumento tão pouco significativo (e relacionado em parte pelo aumento do seguro).
Em favor da realidade actual não podemos esquecer o impacto significativo do crescimento do número de provas locais tirando participantes “abertos” aos eventos de maior dimensão por haver agora maior oferta de eventos “mais perto de casa”.
Ficam propostas para tentar voltar a chamar mais interessados na participação dos nossos eventos a pares ou em grupos.
1 - A divulgação dos eventos nacionais nas provas locais é praticamente nula. O mesmo é válido nas provas dos subsistemas militar e escolar onde os eventos de maior dimensão da nossa modalidade passam despercebidos e a ligação dos participantes à modalidade se torna ténue por não haver possibilidades de dar maior continuidade a uma ou outra participação esporádica. A produção e distribuição de folhetos divulgando provas específicas ou mesmo o calendário de eventos das semanas seguintes devia circular nos eventos locais e nas provas dos subsistemas.
2 - Voltar a criar o escalão de "Pares". Se resultar, podemos futuramente segmentá-lo mais, em Pares para um lado e Grupos para o outro ou em Pares Longo e Pares Curto. Será isto compatível com o actual modelo de Promo1/2/3/4 coexistindo ambos?
Que outras medidas poderão fazer regressar os grupos/pares que perdemos nos últimos anos?
Saudações desportivas,
Luís Santos
Os escalões abertos (actualmente escalões de promoção) têm sofrido muitas e significativas alterações desde 2002. Para além de alterações nos tempos de partida, nos prémios, no planeamento dos percursos, interessa analisar em maior detalhe o formato de participação de quem escolhe um escalão aberto para a sua participação.
Notem que até 2002 o formato era livre e só a partir do ano seguinte começou a ser fixado previamente pelo Regulamento de Competições. Aqui fica a evolução destes escalões nos últimos 10 anos:
2002 RA4 - Open F, Open M Curto, Open M Longo, Pares, Grupos, Principiantes
2002 Jamor - Open F, Open M, Pares M, Pares F, Pares Misto, Grupos
2003 Sesimbra - Matriz Grupos, Pares, Fem, Masc vs FC, FL, DC, DL
2004 - FC/FL/DC/DL (fixo até 2006)
2007 - OPT1/OPT2/OPT3 (fixo até 2008)
2009 - OPT1/OPT2/OPT3/OPT4 (fixo até 2010)
2011 - Promo1/Promo2/Promo3/Promo4
Para além destas modificações podemos constatar facilmente que se alterou a distribuição dos participantes se analisarmos a perspectiva de participações individuais ou em pares/grupos. Para essa constatação foram analisados eventos no mesmo local ou em condições similares a título de exemplo.
RA4 2004 - 160 em Opens; 50 individuais, 110 em pares/grupos (30% individuais)
RA4 2007 - 110 em Opens; 42 individuais, 68 em pares/grupos (40% individuais)
RA4 2010 - 80 em Opens; 48 individuais, 32 em pares/grupos (60% individuais)
É nítida a redução gradual de opens mas sempre a ocorrer nos pares/grupos.
Jamor 2002 (Regional) - 450 participantes - 72 individuais, 378 em pares/grupos (20% individuais)
Jamor 2007 (Taça FPO Sul) - 125 participantes - 45 individuais, 80 em pares/grupos (36% individuais)
O facto de entre estas datas existirem provas locais gratuitas no mesmo local condicionou o número de participantes de 2007, mas não explica só por si uma quebra tão significativa.
Serra de Sintra 2007 (Taça de Portugal) - 414 participantes - 104 individuais, 310 em pares/grupos (25% individuais)
Serra de Sintra 2010 (Taça de Portugal) - 272 participantes - 132 individuais, 140 em pares/grupos (48% individuais)
A nossa modalidade é competitivamente individual mas ao "escondermos" os pares e os grupos nas nossas terminologias de Fácil Longo, de OPT3, de Promo, esvaziámos o interesse que os antigos escalões de pares e de grupos suscitavam.
Eu sei que temos a condicionante da crise mas em 2007 ainda não havia crise e a quebra de "opens" é nítida tanto no RA4 como no Jamor... Não foi certamente pelo dinheiro da inscrição até porque um adulto não federado paga hoje 7,75€ e pagava em 2002 já 6€. Portanto não é certamente por culpa de um aumento tão pouco significativo (e relacionado em parte pelo aumento do seguro).
Em favor da realidade actual não podemos esquecer o impacto significativo do crescimento do número de provas locais tirando participantes “abertos” aos eventos de maior dimensão por haver agora maior oferta de eventos “mais perto de casa”.
Ficam propostas para tentar voltar a chamar mais interessados na participação dos nossos eventos a pares ou em grupos.
1 - A divulgação dos eventos nacionais nas provas locais é praticamente nula. O mesmo é válido nas provas dos subsistemas militar e escolar onde os eventos de maior dimensão da nossa modalidade passam despercebidos e a ligação dos participantes à modalidade se torna ténue por não haver possibilidades de dar maior continuidade a uma ou outra participação esporádica. A produção e distribuição de folhetos divulgando provas específicas ou mesmo o calendário de eventos das semanas seguintes devia circular nos eventos locais e nas provas dos subsistemas.
2 - Voltar a criar o escalão de "Pares". Se resultar, podemos futuramente segmentá-lo mais, em Pares para um lado e Grupos para o outro ou em Pares Longo e Pares Curto. Será isto compatível com o actual modelo de Promo1/2/3/4 coexistindo ambos?
Que outras medidas poderão fazer regressar os grupos/pares que perdemos nos últimos anos?
Saudações desportivas,
Luís Santos