Ori-Futuro - Onde queremos que a Orientação esteja em 2020 ?!?
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Post: #32
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Sabia que dissemos ao IDP que o O'TV era um investimento ruinoso !!!
Olá a todos,
Mil perdões pela ausência de ontem, sei que vos deixei em suspenso e ansiosos por saber mais. Mas pelo menos escolhi um titulo "bombástico" que já vos está a deixar com "água na boca" É verdade, é difícil de acreditar mas a FPO nos seus relatórios para o IDP de 2006 a 2008, disse-lhes que o Magazine O'TV era a componente principal do seu Projecto Inovador do Desenvolvimento da Prática Desportiva Juvenil (PIDPDJ) e por acaso, esqueceu-se de mo transmitir a mim. Eu, que à época, era só o Produtor/Realizador do magazine. Paciência, acharam não devia ser necessário dar-me conhecimento desse facto "quase" irrelevante …..!?!?). Eu já vos tinha dito, que nós aos olhos do IDP somos enigmáticos, mas isto é demais !!!!! Conseguimos gastar pouco mais de 500 Euros por dia de competição nacional e no entanto, gastamos durante um ano quase 14 000,00 Euros num PIDPDJ para perder 21 jovens praticantes !!!!! Vai lá vai, assim só nos podemos queixar da nossa falta de jeito para tratar dos assuntos sérios!!!! E obviamente, não colhe, a desculpa do costume; de que somos todos voluntários e que nos portamos todos muito bem…… Posto isto, vamos agora falar do O'TV enquanto única ferramenta de comunicação de massas de que a Orientação dispõe. O O'TV é um investimento necessário e obviamente tem de ser rentabilizado o melhor que conseguirmos. O problema é que para rentabilizar o investimento o magazine tem de cumprir dois objectivos fundamentais: - Gerar e fidelizar audiências; - Gerar e fidelizar clientes das marcas Orientação e Aventura*. A linha editorial e o plano de acção que se estabeleceram e foram afinando nos primórdios do O'TV tiveram sempre em conta estes dois objectivos. Para atingir o primeiro, criou-se um modelo de magazine muito dinâmico (um pouco à imagem do Portugal Radical, cujo produtor foi a nossa principal "bengala" nos primeiros passos televisivos) e teve-se o cuidado de dar preferência aos assuntos e intervenções, que em cada momento, desvendavam para o espectador o que era e que valores defendia a Orientação. Para lograr o segundo objectivo, criou-se um clima acolhedor no magazine de modo a transmitir ao espectador a ideia de convite permanente por parte da modalidade e dos seus agentes (atletas, dirigentes, organizadores, apoiantes, etc). No entanto, para cumprir estes propósitos teve de se secundarizar a componente "beligerante" da modalidade; a "luta" pelo titulo, os "ufanos" guerreiros, as "ululantes" hostes de apoio, etc... Mas isso, não podia mais ser tolerado, pois aos "ufanos" e às "ululantes" não estava a ser prestado o devido tributo e assim um projecto de comunicação de sucesso (o O'TV chegou a ser o magazine de referencia da RTP2) perdeu-se e transformou-se naquilo que considero um produto fraco, demasiado segmentado e por essa razão demasiado caro para a Orientação. Hoje o magazine de Orientação visa um único objectivo: - Criar e dar visibilidade às "vedetas" da modalidade; Para isso, mais de 50% do conteúdo do magazine são entrevistas a "actores" do evento; que falam invariavelmente na primeira pessoa, utilizando linguagem (calão da Orientação) incompreensível para o espectador comum e em enquadramentos que não retratam, na maioria das vezes, o ambiente que rodeia a prática da Orientação e das Corridas de Aventura (ressalvo a excelente intervenção do Rui Ferreira (OriMarão) que no magazine de Junho deste ano num minuto e nove segundos se preocupou em explicar o que é que se estava "realmente" a passar em Vila Pouca de Aguiar - e que era tão somente a prática da Orientação em BTT ). De facto, o retratar da Orientação enquanto actividade desportiva e o desvendar da especificidade das suas características fundamentais, é totalmente desprezado por esta linha editorial. Omite-se muitas vezes ao espectador a sequência lógica dos acontecimentos (há provas que nunca começaram, mas tem final e vencedores; há provas que começaram e nunca terminaram mas que tem vencedores e há, espante-se, campeões que afinal ficaram em segundo mas que mesmo assim ganharam o titulo ????? ). Pois é, caros amigos, hoje o O'TV falará, na melhor das hipóteses, só para os orientistas e esses são pouco mais de 2346 (em 2009) espectadores interessados. Gastar cerca de 13 655,00 € (media declarada pela FPO ao IDP, 2006-08) para satisfazer um publico alvo tão segmentado (e já angariado para a modalidade?) é demasiado caro para a Orientação (5,82 €/atleta*ano) e não produz, infelizmente, nenhuma mais valia significativa para a modalidade (crescer 55 atletas é francamente pouco). E o que é que se faz ao O'TV??? Acabasse com ele ou reformula-se??? Penso que a segunda opção é a correcta - o O'TV deve regressar aos seus objectivos iniciais, e quiça, virar-se primordialmente para o desenvolvimento da Pratica Juvenil como erradamente a FPO disse que fazia ao IDP. A televisão é ainda hoje, apesar do predomínio avassalador dos conteúdos de entretenimento, uma excepcional ferramenta de ensino e formação. Devemos explorar essa capacidade de nos expormos junto do grande publico falando com ele numa linguagem simples e demonstrar-lhe, com exemplos claros a beleza e a mais valia que este desporto lhes pode proporcionar. Não são necessários grandes meios para ser eficaz na mensagem e gerar gratificação e retorno no espectador - basta só ter a humildade de querer aprender como se faz bem ….. !!!!!! Nota importante: Todavia considero que tem havido por parte da produção uma evolução significativa na correcção técnica e jornalística do magazine e isto, apesar de considerar que na tomada de imagens há ainda muitas deficiências técnicas e estéticas, sobretudo de realização (aliás função que me parece não estar preenchida por ninguém, pelo menos não vêm mencionada na ficha técnica do magazine). Para hoje, se me portar bem, fica prometido um olhar sobre os restantes media (sobretudo new media) que a Orientação utiliza bem para passar a sua mensagem ….. Um grande abraço, Alexandre *(No inicio e durante todo o período de transição (2004-2007) das CA's para a FPO a APCA financiou todos os custos das corridas de aventuras, inclusive os custos relativos ao O'TV)[/b]. |
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