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Regulamento de Competições 2011
11-04-2010, 12:44 AM
Post: #22
RE: Regulamento de Competições 2011
Boa noite,

É com interesse que tenho vindo a ler todos os comentários que têm sido efectuados sobre a proposta de Regulamento de Competições (RC). Demonstra, acima de tudo, o interesse que a modalidade desperta e a vontade de participar na mesma. No entanto, vale a pena analisar alguns dos comentários e os equivocos e contradições que eles encerram.

Tive o previlégio de participar na elaboração da proposta de RC efectuado pela Margarida Novo e em conjunto com o Jorge Baltazar. Na génese do mesmo esteve desta proposta esteve o facto do actual regulamento não ser mau...é péssimo, tanto do ponto de vista jurídico, como do ponto de vista desportivo e foi isso que se procurou alterar. Provavelmente não se atingiu a perfeição, mas considero que se melhorou o actual RC e, só por isso valeu a pena o trabalho realizado.

1. Quanto às questões que têm sido levantadas temos como primeiro ponto o Campeonato Ibérico. Bem, termos Campeões por convite (não sei quais os critérios de selecção)? Quem verdade desportiva tem na sua base campeões que inúmeras vezes não são os vencedores dos percursos (do mesmo escalão etário), mas sim outros que não os seleccionados? Quem de facto (juridica e desportivamente) são os campeões ibéricos? Pretendemos manter esta farsa por razões de beleza estética?

Caros Srs., se existisse alguma razão para que se estabelecesse um critério de numeros clausulos no Campeonato Ibérico eu concordaria, mas agora, referir como principal aspecto para a manutenção do actual modelo (ou um que estabeleça percursos especificos para o CI), as selecções, as camisolas e outros critérios que de desportivos nada têm, é no minimo de afastar do horizonte os n/ objectivos que devem ser o alargamento da participação, a existência de todas as possibilidades ao dispor dos participantes (tal como o de puderem ser campeões ibéricos).

Mas, acima de tudo, é de estranhar o interesse que este aspecto movimenta. Por um lado temos a proposta de alargar a todos a possibilidade de qualquer ser Campeão Ibérico e por outro, o preconceito que tal alargamento coloca em diversas pessoas. Sugiro que, nesse sentido e em última análise (para os puristas das selecções), se mantenham as selecções mas que qualquer um possa concorrer para o referido campeonato (caso contrário tal será impugnável juridicamente) e depois os 3 melhores de cada país fazem o resultado final colectivo, quer sejam da selecção quer não sejam.

2. Os veteranos e a respectiva ponderação (sou suspeito dado ser veterano). Se esta classe é a de maior peso, qual é o problema de ter uma ponderação idêntica às dos demais escalões. Qualquer que seja a modalidade, o seu futuro é limitado se não tiver assente em duas áreas distintas: escalões jovens e veteranos; os primeiros pelo principio de continuidade e/ou desenvolvimento; os segundos pela estabilidade e notoriedade que podem conferir (também são estes os que normalmente mais contribuem com os seus impostos e contribuições para as modalidades). Acho, assim, que o respeito por esta classe merece uma ponderação equilibrada e de acordo com as demais.

3. Regras especiais para o Ori-BTT; de facto eu estive no campeonato do mundo de veteranos onde circular fora de caminhos era permitido. O que se quis fazer foi dar liberdade às organizações de assim o fazerem e nesse dominio penso que é a melhor solução. Existirem regras e nunca se fazerem cumprir é a mesma coisa que não existir nada. Tive o cuidado nestre dominio de testar na última prova de Ori-BTT (2ª etapa) uma situação em que a opção de circular fora de caminho existia de facto. A diferença foi ligeiramente superior a 30 segundos e não vi lá qualquer elemento do juri (apesar da proximidade para o final e dos inumeros atletas que fizeram tal opção). Quantas desclassificações já ocorreram neste dominio, alguém sabe?

Quanto aos escalões de Ori-BTT, de facto eles são assim. Porque razão temos de ser diferentes. Eu, a partir da próxima epoca posso estar no antigo H45 e então, qual o problema de fazer o H40 proposto? A tendência decrescente é uma tendência natural da vida nos escalões de veteranos e temos de saber viver com ela e continuar a gozar. Agora, quanto aos veteranos, os mesmos são de facto a partir dos 40 anos (pelo menos em termos biológicos) e o que não podemos nem devemos ter é um campeonato ibérico em que nós vamos com veteranos a partir dos 35 anos e os espanhóis a partir dos 40 (respeitando os escalões IOF!!).

4. No que se refere aos escalões jovens, penso que é de todo justo premiar os clubes que apostam na formação e desenvolvimento dos escalões jovens. Se a nossa aposta vai no sentido do desenvolvimento da modalidade e incremento do numero de participantes, então tal deverá ter como aposta os escalões jovens e tal obtém-se através do aumento da importância dos mesmos para a classificação de clubes, premiando aqueles que o fazem. Penso que a sugestão do Joaquim Patricio neste dominio, de dinamizar um Campeonato Jovem, é de todo importante e justifica os nossos melhores esforços no sentido de o "colocar de pé" rapidamente.

5. No que respeita aos atletas estrangeiros, eu sou um dos que considera importante para o desenvolvimento das modalidades a presença de atletas de qualidade junto de nós. No entanto, tal não deve ser visto como uma forma de ser "chico esperto" e como tal, efectuou-se a presente proposta no sentido de ter mais alguma consistência. Provavelmente, não foi totalmento conseguido e talvez a única forma passe por promover a continuidade da participação (eventualmente com um numero minimo de provas para que possam contar para os rankings), como forma de garantir a presença continua dos tais atletas estrangeiros de qualidade.

6. Quanto à distância dos OPTs, nomeadamente do OPT1, só quem não efectuou com duas crianças de 10 anos é que não percebe o que é 2,5 km.. Eu sei bem e certamente é mais do que necessário, dispor de uma regra clara e imperativa nesta matéria, ou teremos a prazo um problema nas classes mais jovens.

7. O picotar em qualquer lado do mapa, é uma questão de se analisar o que se pretende. Se verificar se o atleta passou pelo ponto (com o sistema electrónico avariado) ou se picou no sitio certo. Talvez tentando efectuar a picotagem do mapa no quadrado para o efeito numa prova de Ori-BTT possa servir de exemplo sobre a dificuldade de tal tarefa. Pretendeu-se facilitar a vida do atleta e nesse capitulo penso que se avançou.

8. Por último, os rankings de clubes, a orientação tem disciplinas e não modalidades, tal como o atletismo o tem. Se no atletismo é possivel efectuar uma ranking de clubes entre as diferentes disciplinas, porque que razões tal não é possível efectuar na Orientação. Este é um bom exercício, que não está perfeito (falta o tema dos escalões jovens/campeonatos jovens), mas que fica melhor que o anterior.

A presente proposta não é isenta de impactos em alguns poderes instituidos e tal foi efectuado deliberadamente. Mas, em momento algum, pretendeu beneficiar uns em deterimento de outros. Acima de tudo pretende-se alargar significativamente a base de participação e através desse alargamento, aumentar o numero de filiados na FPO e melhorar a justiça desportiva.

Cumprimentos,
Leandro Silva
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RE: Regulamento de Competições 2011 - leandro2094 - 11-04-2010 12:44 AM

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