Regulamento de Competições 2011
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Post: #30
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RE: Regulamento de Competições 2011
Olá Margarida!
Fico pasmado com a tua capacidade de escolher de forma selectiva os argumentos que entendes discutir, sem te preocupares em rebater os que te são apresentados. Mas ok… comecemos então pelo que te interessa. Parece que ficaste reduzida apenas a dois argumentos, que contrariamente ao que dizes eu não esqueci. Quanto à questão financeira eu nunca disse que o CI deveria ser organizado em separado (nem ouvi ninguém defender tal coisa), penso até que fui bem claro ao dizer que basta ter percursos diferentes, fui até ao pormenor de dizer que bastava ter um ponto diferente. A questão do Ranking, que eu considero de menor importância, está resolvida no artigo38º do próprio Regulamento em apreço. Não vale a pena usar uma granada para nos livrarmos duma melga incómoda! Num processo democrático de discussão alargada de um Regulamento deste género é necessário chegar a consensos, fazer compromissos e cedências para chegarmos à melhor solução. Após isso (e penso que devíamos estar nesse ponto uma vez que foi apresentado um documento para análise e aprovação) quem lidera o processo tem que assumir as escolhas feitas como as melhores e estar disponível para as defender. Neste caso temos um Regulamento órfão (ou filho de pais incógnitos), que parece que ninguém quer defender e acarinhar. Tenho também acompanhado com interesse a tua campanha para alterar o modelo de controlo de provas e não posso deixar de tecer alguns comentários: Começo por dizer que nos últimos anos optei por não exercer funções de Supervisor (mesmo assim ainda devo estar perto do Top de provas controladas), por várias razões, entre as quais destaco o facto de uma das suas funções ser aprovar os mapas. Enquanto Cartógrafo profissional não me parece muito correcto ser confrontado com a possibilidade de ter que questionar (ou mesmo recusar) um mapa, quando posso até ter apresentado um orçamento para a sua elaboração e ter sido preterido. Tenho no entanto integrado inúmeras vezes Júris Técnicos de provas, tarefa que asseguro que dispensava de boa vontade. Espanta-me a confiança que depositas nas pessoas que têm integrado os Júris Técnicos, deixando sempre implícito que não são de confiança e que se movem por interesses dúbios e recrimináveis. Estamos a falar de companheiros (que são Supervisores) que despendem o seu tempo, enquanto os outros atletas estão na descontracção ou já forma mesmo para casa, para exercer uma função que ninguém gosta de fazer e que muitas vezes os tornam alvo de críticas fáceis. Temos uma modalidade pequena em que todos nos conhecemos, com a riqueza única de todos sermos praticantes, não ponhamos isso em causa com suspeições de que os eventuais erros são cometidos de má fé. Sou o primeiro a reconhecer que têm sido cometidos erros nesta área, mas isso não se deve a falhas no sistema actual, que é fruto duma aprendizagem e refinação com dezenas de anos e possui os mecanismos necessários para os evitar. Como todos os sistemas ele é posto em prática por pessoas, que são falíveis. O que importa é ter regras claras e promover a formação necessária para minimizar esses erros, que uma vez cometidos devem ser estudados, de forma a criar os mecanismos necessários para que não se voltem a repetir. Estou perfeitamente aberto a que sejam promovidas melhorias, mas vamos parar com esta "politica de terra queimada", em que parece que tudo o que foi feito no passado está errado. Tens usado argumentos que são parciais e sobre os quais tenho algumas perguntas (e respostas): - Estás disponível para prescindir de participar em provas para integrar o órgão de decisão poderes decidir de forma isenta? Pela minha parte sou a favor de te nomear júri vitalício. - Quando comparas o Sistema actual FPO com o IOF, fazes um cavalo de batalha pelo facto de o nosso Júri ser composto por atletas, ao contrário do da IOF que é perfeito. Quem integra o Júri da IOF? Posso te responder com conhecimento de causa, pois já integrei por duas vezes o Júri de Campeonatos Mundiais: são os team-leaders e Seleccionadores Nacionais. Claro que estes estão acima de qualquer suspeita… - Questionas a legitimidade e isenção dos atletas para integrar o Júri (que são tb Supervisores e em número de três para promover a discussão, e minimizar eventuais favorecimentos), e queres entregar essa responsabilidade ao Supervisor (que são as mesmas pessoas), que decide sozinho sobre questões que muitas vezes resultam do facto de não ter feito o seu trabalho de forma competente. Muito mais que os atletas o Supervisor estará ele sim a decidir em causa própria, sendo tentado a tomar decisões que branqueiem a sua acção (ou falta dela). - Olhas para Espanha como um exemplo, quando eu estou convencido que estamos a anos luz deles nesta campo (ou pelo menos estávamos há alguns anos). Tive um supervisores espanhol (Angel Nieto) na prova de 2005 em Óbidos/Peniche, que não poupou elogios à nossa organização tendo andado de câmara em punho a filmar tudo para aplicar em Espanha. Já fui Supervisor duma prova em Madrid e recordo o espanto quando exigi verificar todos os mapas, ou quando disse que iria para o terreno de madrugada com os colocadores de pontos ou ainda quando regressei do terreno depois de corrigir a posição de dois pontos. Recordo com orgulho o facto do Director de Prova ter dito ao Director Técnico: "Este portugues merece bien su soldo". Deixando bem patente que não estava habituado a este tipo de supervisão. Para terminar mais uma coisa que não interessa… sim claro que podemos esquecer que foram feitas afirmações graves atentatórias do carácter e bom nome de várias pessoas. Relevemos que foram lançadas publicamente suspeições, não fundamentadas nem personalizadas, pondo em cheque todos os anteriores intervenientes neste tema no Forum. Podemos até esquecer que essas afirmações foram feitas pela Presidente do Concelho Disciplinar, revestindo-se portanto de especial gravidade. Ignoremos que foram feitas num órgão oficial da FPO, violando as suas próprias normas de utilização, que impedem os ataques pessoais. Olvidemos até que estão em causa dirigentes, no exercício das suas funções de apreciação e comentário dum Regulamento, pelo que essas afirmações se enquadram no artigo 14, alínea d) do Regulamento de Disciplina. Sim, nada disso interessa… Beijinhos e abraços, Luís Sérgio |
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