Alto Rendimento, Selecções Nacionais e Formação de Jovens
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Alto Rendimento, Selecções Nacionais e Formação de Jovens
Caros Orientistas
Este tópico criado aqui no Fórum FPO tem como objectivo dar respostas a inúmeras questões que têm surgido da parte dos atletas relativas às Selecções Nacionais para 2011 (neste caso para a Orientação Pedestre). Peço que não se deixem intimidar pela grande dimensão deste texto que vos escrevo. Leiam-no com atenção pois contém muita informação e questionem-nos em tudo o que tiverem dúvidas. Começo por dizer que compreendo perfeitamente a vossa indignação, plenamente justificada, pelo silêncio que têm recebido da FPO na preparação da época 2011 para as Selecções Nacionais. O Projecto para as Selecções deveria, idealmente, ter sido divulgado durante o mês de Novembro de 2010, para que os atletas tivessem todas as informações necessárias sobre a nova época aquando do começo da sua preparação durante este mês de Novembro. De seguida vou tentar ser o mais esclarecedor possível sobre o máximo de tópicos possível: Orçamento disponível para as Selecções Uma das razões para o atraso na definição da política para as Selecções em 2011 é o facto de ainda não termos um Plano de Actividades e Orçamento para 2011 aprovado. Como sabem, o financiamento disponível para as Selecções está bastante dependente do financiamento atribuído anualmente pelo IDP (Instituto de Desporto de Portugal), que por sua vez depende do pedido de financiamento que lhe é feito pela FPO todos os anos, baseado nas actividades definidas para as Selecções no Plano de Actividades (participação em competições internacionais, estágios, acompanhamento dos atletas, etc) e nos resultados da Orientação (medidos de diversas formas) dos anos transactos. Sendo que, por um lado, existem algumas alterações na política de relacionamento e pedidos de financiamento da FPO para com o IDP e por outro que estamos em tempos de crise, existe muita incerteza sobre qual o montante disponível para o trabalho com as Selecções em 2011. Como este atraso se está a tornar incomportável no que aos atletas diz respeito, foi definido um orçamento mínimo disponível para o trabalho com as Selecções para 2011, que será depois complementado mediante o financiamento atribuído efectivamente pelo IDP para as Selecções. Assim, mediante esta certeza, a Direcção Técnica Nacional está agora em condições para criar um plano de actividades básico para as Selecções e Formação de Jovens para 2011, que será produzido já com a Comissão Técnica para a Orientação Pedestre (CTOP), e que será divulgado no Projecto de Selecções e Formação de Jovens 2011 com todos os detalhes sobre as Selecções Nacionais e a Formação de Jovens para este ano (esperamos conseguir ter este documento pronto em cerca de duas semanas). Técnicos/Treinadores das Selecções Nacionais Outra questão fundamental e para a qual a actual Direcção está totalmente sensibilizada e onde se espera que exista realmente um maior grau de investimento é na área dos técnicos/treinadores das Selecções. Penso que, ao nível da Orientação Pedestre, é reconhecida por todos a elevada qualidade de técnicos que temos (embora em número algo reduzido). No entanto, o trabalho destes técnicos (que se reflectiu nos resultados obtidos por exemplo no EYOC 2010), apesar de altamente especializado e de enorme dispêndio de tempo) foi até agora maioritariamente de voluntariado e sem um enquadramento efectivo nas estruturas federativas, situação que se tornou incomportável. Logo, sendo os treinadores cruciais para se ter atletas de elevado nível, e sendo a sua função tão especializada, estamos a fazer um esforço para que se defina claramente esse enquadramento e as respectivas condições de trabalho. Mediante este quadro, endereçámos um convite ao Prof. Bruno Nazário para ser novamente o responsável máximo pelas Selecções Nacionais de Orientação Pedestre em 2011, tendo ele já aceite essa função. Estamos agora em processo de convite para os restantes técnicos que constituirão a CTOP, principalmente ao nível da formação dos jovens e das Selecções Jovem, fulcrais no processo de desenvolvimento qualitativo da modalidade. Alto Rendimento O Alto Rendimento é outra peça fundamental em todo este puzzle. Existindo uma nova legislação (Decreto-Lei 272/2009, “Medidas de Apoio ao Desporto de Alto Rendimento”) de enquadramento destes atletas, toda a política para as Selecções Nacionais deve estar alinhada por esta legislação e pelos respectivos Despachos e Portarias (relativos às Bolsas, Ensino Superior, Seguros, etc). Sendo este Decreto-Lei recente e alterando de forma drástica algumas das políticas de apoio ao Alto Rendimento (antes designado de Alta Competição), existia da nossa parte uma grande lacuna ao nível do conhecimento da legislação e das suas consequências práticas. Assim, o primeiro passo a dar foi conhecer detalhadamente as regras que permitem que um atleta possa ser inscrito no registo de praticantes de Alto Rendimento. Neste momento a maior parte destas regras estão já claras, exceptuando uma situação que tem a ver com os resultados obtidos em competições de estafetas, pois o IDP não sabe se deverá considerar estes resultados à luz das regras para as modalidades individuais ou colectivas, pelo que pediu um parecer ao Secretário de Estado. No entanto, qualquer que seja a resposta, os resultados obtidos pelas estafetas de H16 e D18 no EYOC permitem sempre inscrever estes atletas no registo de Alto Rendimento. Como tal, na Orientação Pedestre, temos já inscritos no registo de Alto Rendimento o Luis Silva e a Vera Alvarez, e (à espera do parecer do Secretário de Estado) a Joana Costa, Mariana Moreira, Isabel Sá, Miguel Ferreira e João Cascalho. Adicionando a estes atletas os três atletas da Orientação em BTT Davide Machado, Daniel Marques e Susana Pontes, faz com que a Orientação tenha 10 atletas inscritos no registo de Alto Rendimento, o que surpreendeu pela positiva os técnicos (e até o presidente) do IDP e nos aumenta bastante a possibilidade de nos ser aceite um contrato-programa específico para o Alto Rendimento o que aumentaria bastante o financiamento para as Selecções. Regras de inclusão no registo de Alto Rendimento O Alto Rendimento divide-se agora em níveis A, B e C. Em baixo deixo um resumo dos resultados que permitirão o acesso ao Alto Rendimento: Nível A: - Primeiros 8 classificados (desde que 1º terço da tabela) em WOC ou EOC; - Primeiros 3 classificados (com um mínimo de 24 atletas) em JWOC ou EYOC (H/D18); Nível B: - Primeiro terço da tabela em WOC ou EOC; - Primeiros 8 classificados (com um mínimo de 24 atletas) em JWOC ou EYOC (H/D18); Nível C: - Primeiros 8 classificados (com um mínimo de 20 atletas) em EYOC (H/D16); Formação de Jovens Está já assente que os OriJovens e os OriJuniores irão ter continuidade, estando inclusivamente já alguns deles calendarizados para 2011. No entanto, a planificação e organização destes estágios para jovens passarão a estar enquadrados pela mesma estrutura que será responsável pelas Selecções Nacionais (a CTOP), tendo como objectivo perspectivar um desenvolvimento sustentado e contínuo desde os Laranjinhas no OriJovem até aos atletas de Alto Rendimento. O OriJunior continuará a ser organizado com elevado nível técnico, sendo por isso também um estágio direccionado para as Selecções Jovens. Grupo de Selecção Este grupo será bastante mais reduzido que em 2009 e 2010 (onde chegou a ter 50 atletas!), pretendendo-se com isto criar um grupo mais homogéneo e com um elevado nível de exigência ao nível dos requisitos necessários para um atleta pertencer a este grupo. É possível que inclusivamente se opte por algum tipo de contrato entre a FPO e os atletas que garanta que serão cumpridos quer os deveres dos atletas quer os seus direitos perante a FPO. De uma forma geral, apenas os atletas deste Grupo de Selecção terão acesso aos estágios e outros apoios dados pela FPO. Estes estágios e outros apoios serão divulgados no referido Projecto de Selecções e Formação de Jovens. Os atletas de Alto Rendimento estão automaticamente seleccionados para o Grupo de Selecção. Competições Internacionais Está já garantido que Portugal, em 2011, estará representado pelo menos no WOC, JWOC, EYOC, TPL e Ibérico. Mediante o financiamento disponibilizado pelo IDP, irá ser considerada a participação também nas provas da Taça do Mundo. O número de atletas a participar em cada competição irá ainda ser definido mediante o orçamento disponível e a análise qualitativa dos atletas em cada escalão em 2011 que será realizada pela CTOP. As Provas de Selecção para as principais competições internacionais continuarão a ser organizadas em 2011 em moldes semelhantes a 2010. Por fim quero dar os parabéns a todos os que, nestes primeiros dois meses de treino da época, não baixaram os braços e treinaram no duro mesmo com todas as incertezas que tinham sobre as Selecções Nacionais. Os resultados dessa dedicação começaram já a reflectir-se na forma que alguns atletas já revelaram na prova do passado fim-de-semana, mas darão os seus frutos principalmente quando chegar a hora da verdade nas competições internacionais. Convido agora todos os que tenham questões ou queiram deixar sugestões ou críticas a fazê-lo aqui neste Fórum FPO (respondendo a este tópico) para que tanto as questões como as respostas possam ser partilhadas por todos os interessados. António Aires Director Técnico Nacional |
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Alto Rendimento, Selecções Nacionais e Formação de Jovens - lianebatista - 01-10-2011 06:09 PM
RE: Alto Rendimento, Selecções Nacionais e Formação de Jovens - lianebatista - 01-11-2011, 12:50 PM
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