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Ori-Futuro - Onde queremos que a Orientação esteja em 2020 ?!?
09-02-2010, 11:36 AM
Post: #31
Será que vale a pena utilizar bem as ferramentas que nos podem tirar do anonimato?
Olá, o fim já está próximo……

Ao fim de 25 episódios Wink a novela aproxima-se a passos largos para o seu final que VOÇE pode escolher !!!!! Ligue o 21 999 9999 para final feliz, 21 666 6666 para final trágico ou compareça na próxima semana na Universidade Lusíada (em dia e hora ainda a confirmar) para assistir interactivamente ao final REAL!!!! Poís é, só saberão qual a "receita" se se dignarem levantar da cadeira e vir à "floresta do saber" para comungar em grupo o final deste exercício prospectivo.
Pela minha parte, procurarei surpreender-vos com a simplicidade da solução e dar-vos o conforto de saber que afinal poderá haver LUZ ao fundo do túnel………

Quem conhece a História Secreta de Portugal sabe que fomos nós que explicamos aos Ingleses onde estava e para que servia o Mar Oceano, para além disso fomos nós que os instruímos na arte da Supremacia Naval (leia-se manobra táctica e artilharia) e eles tiveram a humildade de aprender "demasiado" bem e passaram a dominar o Mundo ….. da comunicação…. É verdade, hoje a língua inglesa é cada vez mais global e hegemónica e tende, se nada for feito, a dominar as relações entre os homens nos próximos séculos e isto é feito utilizando, com mestria e muito saber, as actuais ferramentas de comunicação.

Por isso, o exemplo de ontem utilizando o portal da BOF (British Orieentering Federation) como ilustração não foi inocente. Uma analise cuidada, dos portais desportivos ingleses, mostra uma pujança incrível na forma de apresentar os conteúdos, de os valorizar e de tornar o utilizador um actor activo e satisfeito da modalidade (inscrevendo-se, voluntariando-se, doando, comentando, etc.). E isto é, tanto mais importante e evidente, não fosse Londres a sede dos Jogos Olímpicos de 2012.

Apresento-vos dois exemplos de Portais em que a agregação de conteúdos é notável, em que as ferramentas do Media Social (Redes sociais) estão presentes em grande profusão gerando efeitos multiplicativos muito significativos sobre a valorização dos conteúdos tradicionais com base em - texto, foto, áudio, vídeo - que são disponibilidades em grandes quantidades e segmentados por grupos de interesse.

[Image: Pagina_Principal_Site_Team2012UK.jpeg]

O objectivo de comunicação do primeiro portal centra-se na equipa Olímpica/Paralimpica inglesa; as suas "estrelas", as modalidades "top" e toda a cultura de sucesso que rodeia os campeões que é terreno fértil para as actividades "mercantis" leia-se promoção de marcas e produtos (merece uma visita prolongada e reflectiva).

O segundo portal aproxima-se mais daquilo que se pretende para uma modalidade desportiva, neste caso escolhi o Portal da Federação Inglesa de Natação que é membro da ESA (lembram-se) e que recentemente obteve um patrocinador de sonho, a "British Gas". Tal como o portal anterior, há uma agregação perfeita de conteúdos (noticia, entrevista, reportagem, testemunho, arquivo, etc.) em vários formatos e com grande capacidade de interactividade com o utilizador (ou seja, estamos perante um sistema multimedia maduro e perfeitamente desenvolvido).

E em Portugal, não se faz nada? E o que é que a Orientação já conseguiu fazer? A resposta, infelizmente, é mais uma vez pouco simpática, para os actuais dirigentes da Federação.
Fez-se e faz-se muito bem, com reconhecimento internacional, mas é completamente ignorada e "trucidada" por conveniências e vaidades "mal explicadas" !!!! O site que o Nuno Pestana desenvolveu para o Campeonato do Mundo de Corridas de Aventura que se realizou em Portugal o ano passado é um exemplo internacionalmente elogiado (e também um bocadinho "odiado") de sistema de comunicação de massas da Orientação, neste caso da disciplina de Corridas de Aventura.
Ultrapassou o milhão de acessos com origem em mais de 180 países e tempos de permanência on-line (assistindo) fantásticos (salvo erro, o acumulado somou cerca de "vinte anos de duração").

Então e o que é que a FPO, fez com o trabalho do Nuno que incluiu um sistema inovador de agregação de conteúdos (incluindo geo-localização em tempo real e relevo 3D) baptizado de "Follow My Team" e que poderia ser facilmente utilizado para o WOC MTB??!!! Não fez nada, ignorou pura e simplesmente todo o trabalho benemérito e gratuito de um dos nossos melhor consultores internacionais de IT (grande parte ou a totalidade do desenvolvimento foi feito num escritório na torre Petronas, em Kuala Lumpur na Malásia e portanto não devia estar conforme os "standards" da FPO).

Outro exemplo, de sistema de comunicação de massas da orientação de classe internacional desenvolvido com amor à camisola em Portugal e completamente ostracizado pela FPO é o já celebre Ori-live!!!!
E porque??? Desconhecerão porventura que estes serão os sistemas que, no futuro, poderão tornar a Orientação num espectáculo desportivo no mundo da Comunicação Digital (leia-se TV Digital, Computador, Tablet PC e obviamente telefone móvel).

Será que é porque os génios que pensam e desenvolvem estes sistemas tem "mau feitio" ou andam com "más companhias"!!! Por favor, meus senhores dirigentes, tenham vergonha da vossa inércia e incompreensão e deixem que o "sonho" se realize!!!!!

Para amanhã, fica prometida uma análise desapaixonada sobre a evolução da minha "criança" Big Grin que tem tido uma adolescência "cinzenta e alienada" Confused !!! Procurarei esquecer que fui o pai do O'TV e conduzirei uma análise sobre os princípios comunicacionais, estéticos e editoriais que presidiram à sua criação e implementação e que, infelizmente, se foram perdendo com o passar do tempo….

Um grandíssimo abraçoHeart de agradecimento pela vossa persistente atenção,

Alexandre
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09-04-2010, 01:11 PM
Post: #32
Sabia que dissemos ao IDP que o O'TV era um investimento ruinoso !!!
Olá a todos,

Mil perdõesBlush pela ausência de ontem, sei que vos deixei em suspenso e ansiosos por saber mais. Mas pelo menos escolhi um titulo "bombástico" Idea que já vos está a deixar com "água na boca" WinkWinkWink

É verdade, é difícil de acreditar mas a FPO nos seus relatórios para o IDP de 2006 a 2008, disse-lhes que o Magazine O'TV era a componente principal do seu Projecto Inovador do Desenvolvimento da Prática Desportiva Juvenil (PIDPDJ) e por acaso, esqueceu-se de mo transmitir a mim. Eu, que à época, era só o Produtor/Realizador do magazine. Paciência, acharam não devia ser necessário dar-me conhecimento desse facto "quase" irrelevante …..!?!?).

[Image: Extracto_Relatorio_FPO-IDP_2007-OTV.jpeg]
No entanto, ao mesmo tempo que dizia isto ao IDP, a FPO dizia-lhes que o crescimento do numero de jovens filiados era de 106 de 2006 para 2007 (cada novo praticante jovem custou 176,00€ em investimento O'TV - mais de três vezes o que o IDP nos financiou por cada um deles) e de menos (-21) jovens de 2007 para 2008 (ou seja o O'TV custou 656,00€ por jovem que abandonou a modalidade???). Não será isto um investimento ruinoso!?!?

Eu já vos tinha dito, que nós aos olhos do IDP somos enigmáticos, mas isto é demais !!!!! Conseguimos gastar pouco mais de 500 Euros por dia de competição nacional e no entanto, gastamos durante um ano quase 14 000,00 Euros num PIDPDJ para perder 21 jovens praticantes !!!!! Vai lá vai, assim só nos podemos queixar da nossa falta de jeito para tratar dos assuntos sérios!!!! E obviamente, não colhe, a desculpa do costume; de que somos todos voluntários e que nos portamos todos muito bem……

Posto isto, vamos agora falar do O'TV enquanto única ferramenta de comunicação de massas de que a Orientação dispõe. O O'TV é um investimento necessário e obviamente tem de ser rentabilizado o melhor que conseguirmos. O problema é que para rentabilizar o investimento o magazine tem de cumprir dois objectivos fundamentais:

- Gerar e fidelizar audiências;
- Gerar e fidelizar clientes das marcas Orientação e Aventura*.

A linha editorial e o plano de acção que se estabeleceram e foram afinando nos primórdios do O'TV tiveram sempre em conta estes dois objectivos. Para atingir o primeiro, criou-se um modelo de magazine muito dinâmico (um pouco à imagem do Portugal Radical, cujo produtor foi a nossa principal "bengala" nos primeiros passos televisivos) e teve-se o cuidado de dar preferência aos assuntos e intervenções, que em cada momento, desvendavam para o espectador o que era e que valores defendia a Orientação.

Para lograr o segundo objectivo, criou-se um clima acolhedor no magazine de modo a transmitir ao espectador a ideia de convite permanente por parte da modalidade e dos seus agentes (atletas, dirigentes, organizadores, apoiantes, etc).

No entanto, para cumprir estes propósitos teve de se secundarizar a componente "beligerante" da modalidade; a "luta" pelo titulo, os "ufanos" guerreiros, as "ululantes" hostes de apoio, etc... Mas isso, não podia mais ser tolerado, pois aos "ufanos" e às "ululantes" não estava a ser prestado o devido tributo e assim um projecto de comunicação de sucesso (o O'TV chegou a ser o magazine de referencia da RTP2) perdeu-se e transformou-se naquilo que considero um produto fraco, demasiado segmentado e por essa razão demasiado caro para a Orientação.

Hoje o magazine de Orientação visa um único objectivo:

- Criar e dar visibilidade às "vedetas" da modalidade;

Para isso, mais de 50% do conteúdo do magazine são entrevistas a "actores" do evento; que falam invariavelmente na primeira pessoa, utilizando linguagem (calão da Orientação) incompreensível para o espectador comum e em enquadramentos que não retratam, na maioria das vezes, o ambiente que rodeia a prática da Orientação e das Corridas de Aventura (ressalvo a excelente intervenção do Rui Ferreira (OriMarão) que no magazine de Junho deste ano num minuto e nove segundos se preocupou em explicar o que é que se estava "realmente" a passar em Vila Pouca de Aguiar - e que era tão somente a prática da Orientação em BTT ).

De facto, o retratar da Orientação enquanto actividade desportiva e o desvendar da especificidade das suas características fundamentais, é totalmente desprezado por esta linha editorial. Omite-se muitas vezes ao espectador a sequência lógica dos acontecimentos (há provas que nunca começaram, mas tem final e vencedores; há provas que começaram e nunca terminaram mas que tem vencedores e há, espante-se, campeões que afinal ficaram em segundo mas que mesmo assim ganharam o titulo ????? ).

Pois é, caros amigos, hoje o O'TV falará, na melhor das hipóteses, só para os orientistas e esses são pouco mais de 2346 (em 2009) espectadores interessados. Gastar cerca de 13 655,00 € (media declarada pela FPO ao IDP, 2006-08) para satisfazer um publico alvo tão segmentado (e já angariado para a modalidade?) é demasiado caro para a Orientação (5,82 €/atleta*ano) e não produz, infelizmente, nenhuma mais valia significativa para a modalidade (crescer 55 atletas é francamente pouco).

E o que é que se faz ao O'TV??? Acabasse com ele ou reformula-se??? Penso que a segunda opção é a correcta - o O'TV deve regressar aos seus objectivos iniciais, e quiça, virar-se primordialmente para o desenvolvimento da Pratica Juvenil como erradamente a FPO disse que fazia ao IDP. A televisão é ainda hoje, apesar do predomínio avassalador dos conteúdos de entretenimento, uma excepcional ferramenta de ensino e formação. Devemos explorar essa capacidade de nos expormos junto do grande publico falando com ele numa linguagem simples e demonstrar-lhe, com exemplos claros a beleza e a mais valia que este desporto lhes pode proporcionar. Não são necessários grandes meios para ser eficaz na mensagem e gerar gratificação e retorno no espectador - basta só ter a humildade de querer aprender como se faz bem ….. !!!!!!

Nota importante: Todavia considero que tem havido por parte da produção uma evolução significativa na correcção técnica e jornalística do magazine e isto, apesar de considerar que na tomada de imagens há ainda muitas deficiências técnicas e estéticas, sobretudo de realização (aliás função que me parece não estar preenchida por ninguém, pelo menos não vêm mencionada na ficha técnica do magazine).

Para hoje, se me portar bemTongue, fica prometido um olhar sobre os restantes media (sobretudo new media) que a Orientação utiliza bem para passar a sua mensagem ….. WinkBig Grin

Um grande abraço,

Alexandre
*(No inicio e durante todo o período de transição (2004-2007) das CA's para a FPO a APCA financiou todos os custos das corridas de aventuras, inclusive os custos relativos ao O'TV)[/b].
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09-04-2010, 09:24 PM
Post: #33
O futuro da Orientação dependerá da sua capacidade de penetração nas Redes Sociais!!!
Olá novamenteHeart,

Duas peças num só dia é obra mas se o assunto motiva Smile a oportunidade aparece !!!!

Já vos tive oportunidade de dizer que a Revolução Digital nos media (leia-se conteúdos digitais e interactividade) veio tornar mais "fácil" comunicar a Orientação ou pelo menos, mais fácil para o espectador de seguir e compreender o fenómeno.

O facto de ser possível definir digitalmente o espaço onde decorre a acção (terreno+mapa) e de seguir instantaneamente a posição dos atletas já está a tornar a Orientação num espectáculo digital com audiência global via internet.

[Image: Exemplo_MultisportLive.jpeg]

Estes primeiros passos, são experiências que tem grande importância para as modalidades desportivas que se desenvolvem na natureza (na Vela as regatas internacionais já são exibidas em directo via Internet) e que tem grande handicap em relação à presença de espectadores presenciais e por isso, importa criar condições para que eles possam assistir remotamente à acção tornando-se espectadores virtuais.

É natural, que esta evolução leve a que para além da internet, a televisão digital e os novos dispositivos de comunicação móvel comecem a interessar-se por exibir conteúdos de orientação (esse é o caminho da segmentação dos conteúdos que está actualmente em marcha).
Dois exemplo práticos de segmentação de conteúdos que conhecemos são o OrIOASIS e World of O em que numa pagina devidamente organizada nos aparece o que, os autores/gestores dessas paginas segmentaram apartir de vários "providers" de acordo com os seus interesses e que julgam representar uma média dos interesses dos Orientistas que visitam as suas paginas. No futuro, todos nós e de acordo com os nossos gostos/interesses teremos capacidade de seleccionar o que quotidianamente consumiremos de conteúdos informativos, entretenimento e formativos - e isso nos mais diversos interfaces homem-maquina, televisão incluído.

Por isso, o que irá passar a atrair os "consumidores" de desporto, nomeadamente os da Orientação, será a qualidade dos conteúdos e a sua disponibilidade. Assim será fundamental para a modalidade ter os seus agentes (atletas, clubes, dirigentes, "trovadores", fotógrafos, etc..) a "mostrarem-se" e a interagir com os espectadores via "blogs", "facebook", "twitter","flikr", "youtube", etc.. . Alguns terão a sua qualidade reconhecida e apreciada, o ORIENTOVAR é um desses bons exemplos, outros serão puros exercícios de "narcisismo", no entanto não devemos temer pois o "mercado" (leia-se espectadores interactivos ou "interespectadores"?) se encarregará de separar o trigo do joio ! ! !

Mais uma vez, chamo a atenção para a importância da utilização correcta da lingua(gem) na formulação dos conteúdos que pretendemos disponibilizar. Não interessa falar "orientes" (calão Orientista) para o grande público, nem falar de "grandes aventuras ou desafios" em matérias que se destinem a crianças, ou falar de matérias de interesse internacional em língua Portuguesa. Ou seja, temos cada vez mais que objectivar a nossa comunicação e ser capazes de com pouco dizer muito !!!!

Para amanhã está prometido um final "escaldante", quiça quente de mais para as extremidades auriculares de alguns (ir)responsáveis Cool, desta fase da investigação prospectiva.

Bom resto de fim de semana,

Alexandre
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09-06-2010, 11:30 AM (This post was last modified: 09-06-2010 11:33 AM by alix.)
Post: #34
Sabia que os Cofres do Estado se enchem com o dinheiro da Orientação ??
Olá a todos Heart,

Guardei este post para ultimo Exclamation pela simples razão de que não foi possível obter em tempo útil todos os dados que necessitava para sustentar a tese apresentada, que porventura é sentida por todos, mas que a FPO nunca se preocupou em fundamentar junto da Administração Publica - Secretaria de Estado do Desporto e IDP.

É fácil demonstrar que os grandes números da Orientação geram impostos directos e indirectos vultuosos, é também "fácil" (agora que já tenho os dados) compreender que um terço do valor recebido anualmente do IDP, via FPO serve para pagar contribuições obrigatórias (IRS, ISelo, SSocial) e obrigações legais (certificação contas, seguros, filiações obrigatórias).

O que é mais difícil de estimar são os apoios financeiros que são atribuídos pelas autarquias e regiões à Orientação e por isso, tivemos de nos socorrer de um numero que nos pareceu adequado, 22,5% do valor gasto no desenvolvimento da prática desportiva vem de subsídios da Administração Local e Regional (Autarquias e Regiões) - (33% do montante despendido na organização de eventos (396 000,00€) e 10% do montante despendido na participação (100 000,00€)) .

Os valores já estimados para ambas as rubricas no ano de 2008 são:
Organização de Eventos - 1 200 000,00€ (considerando combustíveis: 25%, alimentação: 25%, serviços: 40%, consumíveis:10%)
Participação em Eventos - 1 000 000,00€ (considerando combustíveis: 55%, alimentação: 35%, serviços: 10%)

Chegamos aos seguintes valores de contribuições arrecadadas pelo Estado*:

Combustíveis: ISP+IVA (Taxa média 54%) = 162 000 + 297 000 = 459 000,00€
IVA (restauração e bebidas) (Taxa 12%) = 36 000 + 42 000 = 78 000,00€
IVA (serviços e consumíveis) (Taxa 21%) = 100 800+ 25 200+ 21 000 = 147 000,00€

* Nota: Considerei que a esmagadora maioria dos clubes são clientes finais para o IVA.

Fazendo o balanço Global para o ano de 2008 do deve e haver da Orientação com o Estado verifica-se que:

A FPO, recebeu 126 000,00€ e devolveu 43 367,00€ (saldo +82 633)
As Organizações, receberam 396 000,00€ e devolveram 324 000,00€ (saldo +72 000)
Os participantes, receberam 100 000,00€ e devolveram 360 000,00€ (saldo -260 000)

Ou seja o Estado Português, no final ainda "lucra" com a Orientação cerca de 105 000,00€ ou seja, praticamente aquilo que supostamente nos dá!!!!

Será este modelo de calculo tão elaborado que os dirigentes da FPO nunca se tivessem dado ao trabalho de o formular??? Estará ele tão distante da realidade que não merece ser considerado??? Estas são mais algumas das questões que ficam infelizmente sem resposta pois a capacidade de trabalho, de pre(visão) e de análise não tem sido "o forte" de quem tem tido a ir(responsabilidade) de governar os destinos da Orientação em Portugal !!!!

Eis-nos chegados ao final desta fase (discussão) do exercício de analise prospectiva da Orientação, muitos de vós ficarão com a sensação que ficaram de fora os temas que normalmente alimentam o fórum - a "conquista" do podium ou melhor o falhanço na sua conquista por culpa de outrem, normalmente da organização!!! De facto, essas preocupações não são relevantes para o nosso desenvolvimento futuro e servem tão somente para alimentar o "folclore" da modalidade e infelizmente afastar-nos da realidade de um mundo cada vez mais "competitivo" e "agressivo" na busca dos recursos que serão cada vez mais escassos.

Os modelos de analise apresentados, são apenas isso, modelos !!! Necessitam de ser estudados, validados e sobretudo reflectidos para que nos possam ser úteis na previsão do "futuro", sobretudo na antecipação dos resultados das decisões que no dia a dia são tomadas, muitas vezes sob pressão e sem uma devida reflexão das suas consequências: Por exemplo o "triângulo invertido do desenvolvimento desportivo" é consequência directa dos custos de participação e da decisão de obrigar a 70% de resultados para efeitos de ranking (claramente só possível para atletas de clubes que suportem integralmente os custos de participação ou para participantes das Classes A e B, regra geral "quadros médios e superiores" que competem em Veteranos).

Para esta semana, ainda a confirmar, fica prometido a conclusão do Estudo com a apresentação das Conclusões e das Medidas Concretas (saltos quânticos) que deverão ser adoptadas para transformar a Orientação num Desporto de Referencia a nível nacional e para em 2020 sermos significantes ….

Um enorme abraço TongueBig GrinCool,
Alexandre

P.S: Optei por não publicar os gráficos obtidos com os dados fornecidos pela FPO pois mais uma vez são "enigmáticos" e in(seguros) …..
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09-07-2010, 12:11 AM
Post: #35
Ori-Futuro 2020 - Convite à participação na apresentação das conclusões!!!!
Caros(as) amigos(as) Orientistas,

É com enorme prazer Wink que vos convido, em nome da Universidade Lusíada de Lisboa, a assistir e a participar na apresentação que irei fazer das conclusões do estudo prospectivo que em boa hora resolvi empreender.

Como o Margarido referiu "....de agora em diante, já ninguém poderá escudar-se no “desconhecimento” da “causa das coisas”!...." e por isso, agora mais que nunca, devemos caminhar na busca do conhecimento que tornará real o nosso sonho.

Por isso, convido todos os que puderem a juntar-se a mim e a uma Fundadora da FPO, a Katia Almeida para em conjunto debater-mos e reflectirmos sobre um conjunto de ideias que poderão ajudar a moldar o futuro da Orientação em Portugal.

[Image: Orifuturo_Convite.jpeg]

A apresentação decorrerá na proxima Sexta-Feira, pelas 18:00 no Anfiteatro I da Universidade Lusiada de Lisboa, na Rua da Junqueira 188 (estacionamento abundante e gratuito na zona poente do Edifício da Cordoaria Nacional ou podem utilizar as várias carreiras existentes)

Divulgem SFF junto dos vossos clubes e dos vossos companheiros e apareçam!!!

Um grande abraço Heart e até sexta-feira,

Alexandre
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09-08-2010, 04:14 PM
Post: #36
RE: Ori-Futuro - Onde queremos que a Orientação esteja em 2020 ?!?
Em primeiro lugar, acho que é de justiça agradecer ao Alexandre o importantíssimo e relevante trabalho que fez e o serviço que está a prestar à Orientação. Por isso, aplausos para ti, Alexandre!

Pela minha parte, embora a minha participação nestas andanças tenha sido bastante irregular, a verdade é que sou dos primeiros tempos e, por isso, assisti ao "explodir" da modalidade e, agora, à sua relativa estagnação ou mesmo declínio.

Não reflecti o suficiente sobre todas as causas desta situação para poder ter uma opinião definitiva, mas há algumas coisas que são tão evidentes que me é difícil não as apontar.

Em primeiro lugar, os chamados escalões de entrada (OPT1, escalões de formação e escalões mais jovens) são com demasiada frequência excessivamente exigentes, em termos físicos e técnicos, para a experiência, a capacidade física e a maturidade desportiva e/ou emocional dos adultos, jovens e crianças que normalmente os fazem.

É comum ver percursos de OPT1, Formação ou D/H 13 de apreciável dificuldade técnica, com pontos longe de caminhos e/ou de referências óbvias para um novato, em zonas perigosas (em grandes declives, por exemplo) e demasiado longos, muitas vezes para serem cumpridos em bem mais do que uma hora (a rondarem ou mesmo a ultrapassarem os 3km, no pedestre, e os 12km, em BTT).

Ora, para quem está a participar pela primeira vez ou é muito jovem, apanhar com um percurso destes é muito desmotivante! Se queremos que as pessoas voltem e que os pais não hesitem em levar consigo os seus filhos para os iniciar na modalidade ou deixá-los participar sozinhos pela primeira vez, isto tem de mudar!

Por isso, deixo aqui o meu apelo aos traçadores de percursos, supervisores e organizadores de provas em geral: por favor, tenham em devida atenção as pessoas que fazem estes percursos. Não são mini-elites nem potenciais campeões que têm de ser "esticados" ou "praxados": são pessoas sem experiência e, na esmagadora maioria dos casos, com pouca capacidade física, acrescida, para os mais jovens, de imaturidade emocional.

Nos escalões de entrada, não é suposto ver crianças todas arranhadas e aterrorizadas no meio do mato sem saberem onde estão, nem adultos completamente à nora, já sem nenhuma capacidade de discernimento. Se isto se continuar a verificar, cada vez teremos menos gente, adultos ou jovens e, mais tarde ou mais cedo, vamos ter um acidente grave a lamentar.

Por outro lado, nos escalões mais veteranos, D/H45 e superior, é também frequente verem-se percursos desajustados em termos de dificuldade física (excessiva, por vezes totalmente disparatada) e dificuldade técnica (demasiado simples), exactamente o inverso do que deveria acontecer nestes escalões.

Esta situação é particularmente dramática no BTT. Só para dar um exemplo, no meu escalão, D45, esta época, das 17 provas realizadas até à data, só 5 é que cumpriram as normas do regulamento de competição!

Escusado será dizer que, por este andar, daqui a nada não têm lá ninguém! Isso até podia ser positivo, pois sempre se poupava um percurso ou dois em que só há meia dúzia de participantes, mas a verdade é que se nós, os mais "entradotes" deixarmos de ir, se calhar os nossos filhos ou netos também não vão, nem os nossos amigos e aí por diante... Por cada um de nós que desista porque não está mais para ser "praxado", há muitas pessoas que deixam de ir, podem ter a certeza!

Por isso, deixo aqui um outro apelo aos traçadores de percursos, supervisores e organizadores de provas em geral: nos escalões veteranos, podem fazer o mais tecnicamente difícil que souberem que ninguém se vai queixar, mas diminuam a dificuldade física!

Tem de haver razoabilidade quando se traçam estes percursos. Já existe um historial importante de provas realizadas para que se possam tirar conclusões quanto a médias de progressão no terreno, tanto a pé, como de bicicleta, por isso não há desculpa possível para que esta situação se mantenha!

Correndo o risco de ser injusta, muitas vezes dei comigo a pensar que o percurso de OPT1 que estava a fazer com as minhas filhas ou o meu percurso de D45 em O-BTT tinha sido feito com bocados dos percursos dos outros escalões e não desenhado a pensar especificamente nas características das pessoas a que se destinava...

Ora, tudo isto leva-me a uma conclusão: estes escalões, os de entrada e os veteranos, não têm sido muito acarinhados, bem pelo contrário, embora sejam ambos cruciais para o futuro da modalidade. Os de entrada, por assegurarem a tão necessária renovação dos praticantes; os de veteranos, por assegurarem um "fornecimento" regular de filhos, netos e amigos, que incentivam e a quem possibilitam entrar na modalidade.

Por isso, se queremos que haja cada vez mais praticantes, condição essencial para que a modalidade evolua, temos de ter determinação suficiente para alterar a situação actual, tanto nos escalões de entrada, como nos mais veteranos.

A Orientação "explodiu" como modalidade precisamente porque era acessível a qualquer um. Ao tornar-se inacessível (em termos técnicos e/ou físicos) e a privilegiar em demasia a competição em detrimento do lazer e duma componente mais lúdica, como sucede hoje, caminha a passos largos para a sua irrelevância completa no panorama desportivo nacional.

Temos de ser capazes de re[/size][/font]encontrar um equilíbrio, hoje perdido, entre a exigência própria dos escalões verdadeiramente de competição e o divertimento característico da aprendizagem desportiva e do puro lazer, correspondentes à esmagadora maioria dos escalões.

Margarida Gonçalves Novo
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09-12-2010, 08:33 PM
Post: #37
Ori-Futuro 2020 - Apresentação das conclusões no Youtube!!!!
Olá a todos Wink,

Agradeço as mensagens e cumprimentos simpáticos que me têm dirigido nestes últimos dias, em particular o elogio e contributo da Margarida que me deixa muito honrado Blush.

A apresentação das conclusões na sexta-feira foi muito "caseira", como de resto já é tradição na Orientação em véspera de jornada dupla - Corridas de Aventura e Orientação Pedestre.

No entanto, foram poucos mas muito bons WinkWinkWink debatemos ideias durante mais de hora e meia e sobretudo ficamos com mais animo para contribuir para a necessária mudança de rumo que urge fazer na Orientação.

O vídeo da apresentação já está disponível para visualização no Youtube (em vários formatos, inclusive HD).

Amanhã iniciarei uma série de POST's que reunirão todas as conclusões e medidas que preconizei para nos guiarem nesta década turbulenta e incerta.

Estejam atentos que haverá, como sempre muitas surpresas....para todos os gostos, WinkCoolTongue

Alexandre
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09-13-2010, 11:08 AM
Post: #38
RE: Ori-Futuro - Onde queremos que a Orientação esteja em 2020 ?!?
Este post é para vos chamar a atenção para as propostas de alteração ao Regulamento da FPO e ao Regulamento de Competição a serem postas à votação na próxima Assembleia Geral, suponho eu.

Ambos os regulamentos são cruciais para o futuro da modalidade e é por isso que trago este assunto para aqui.

O primeiro ainda não li. Pelo segundo, passei os olhos e saltou-me logo à vista que as alterações propostas são muito mais do que as assinaladas a azul, o que poderá induzir em erro os menos atentos.

Ou bem que se assinalam todas as alterações, ou bem que não se assinalam nenhumas. Assinalar só algumas é que não!

Por isso, peço ao responsável por esta proposta (já agora, quem é?) que faça a gentileza de disponibilizar uma versão comparada face ao regulamento em vigor, para que se possa ver com clareza tudo o que está em cima da mesa e o que nos vão pedir para votarmos.

Trata-se duma proposta de alteração, por isso as alterações têm de ser todas identificadas e explicadas, não apenas algumas. É que têm de ser todas votadas, uma a uma e, para isso, temos de saber quais são!
[/u]
Entre as alterações não assinaladas, houve uma (aliás, são várias) que chamou também logo a minha atenção porque me diz directamente respeito. Desaparecem praticamente todas as normas técnicas sobre O-BTT, nomeadamente os tempos máximos recomendados por percurso, a escala dos mapas, a adequação dos percursos à realidade nacional dos escalões... Só deixaram recomendações para os OPTs!!!!

Como não quero acreditar que estas alterações (melhor dizendo, eliminações) se devam a ter havido tanta gente a protestar este ano por essas recomendações não serem cumpridas, gostaria de saber qual é o motivo desta importantíssima alteração em termos de competição de O-BTT. Fico a aguardar!

Vi também com tristeza que esta proposta continua a insistir numa distância máxima de 4km ou um tempo máximo de 40m para o OPT1 do Pedestre. Conhecem alguém com pouca ou nenhuma experiência que faça 4km de orientação em 40 minutos? Eu não! Por isso, vamos aproveitar esta oportunidade para pôr aqui uma distância razoável (2,5km ou mesmo 2km), mantendo os 40 minutos, para evitar a continuação do descalabro que se tem verificado nestes percursos? É que deixar lá os 4km, apesar dos 40 minutos (muito subjectivos), é deixar a porta aberta para a continuação do estado actual de coisas...

Não façam de conta que isto não vos diz respeito. Se continuarmos a assobiar para o lado, mais tarde ou mais cedo deixa de haver modalidade.
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09-13-2010, 11:35 PM
Post: #39
1º salto quânticos da Orientação - Dimensão
Olá a todos,

Inicio agora o desenvolvimento das ideias apresentadas no vídeo e para a variável Dimensão entendo que a Orientação deve ganha-la em algumas da suas componentes e deve comprova-la claramente a noutras, em que que já têm números muito significativos mas desconhecidos da Sociedade.

E onde é que deve ganhar dimensão?

Deve crescer nos meios humanos da FPO criando uma equipa multidisciplinar profissional leve e ágil que dê resposta cabal às necessidades de coordenação e suporte das actividades comuns da Orientação. A dimensão da equipa deve em cada momento reflectir os objectivos da Orientação que só, ou de preferência, sejam responsabilidade executiva da FPO.
A dimensão critica mínima proposta é de oito colaboradores equivalente a tempo inteiro:
- Secretário Executivo - 1 Colaborador Full-Time (CF-T),
- Secretario Direcção - 1 Colaborador Full-Time (CF-T),
- Responsável Técnico Arenas - 1 Colaborador Full-Time (CF-T),
- Responsável Técnico Formação - 1 Colaborador Full-Time (CF-T),
- Responsável Técnico Marketing e Comunicação - 1 Colaborador Full-Time (CF-T),
- Responsável Técnico Alta Competição - 1 Colaborador Full-Time (CF-T),
- Responsável Médico - 2 Colaboradores Part-Time (CP-T),
- Técnicos de Arenas e Marketing - 2 Colaboradores Part-Time (CP-T).

Nos meios materiais, sobretudo em termos de infra-estrutura comum de utilização partilhada: por ex: uma "Arena Móvel" composta por vários veículos e estruturas que definam claramente um "Welcome Center" para os eventos.
Os objectivos principais serão:
- receber condignamente os novos praticantes,
- dar o apoio necessários aos praticantes regulares,
- criar oportunidade de dar retorno efectivo aos patrocinadores e apoiantes do evento,
- criar condições para interagir com as populações locais estabelecendo laços e visibilidade para a modalidade.
Os meios mínimos que preconizo são:
- 1 veiculo (tipo autocaravana) para Secretariado Móvel da FPO (destinado sobretudo aos novos praticantes mas não só),
- 1 veiculo (tipo autocaravana) para Apoio Social (destinado a BabySitting e recepção a Deficientes),
- 1 veiculo (tipo autocaravana) para Apoio Sanitário (destinado a servir de Posto Médico - Exames Med. e resposta secundária a Acidentes),
- 1 veiculo de transporte de apoio logístico - Produção de energia e transporte de estruturas metálicas e toldos.
- 1 grande tenda para o centro de recepção com infra-estrutura para suportar o secretariado da prova e espectadores sentados.
- 1 ecrã adequado à dimensão da tenda para apresentação de resultados, vídeos e simuladores de prova (tipo Follow My Team, Ori-Live, MultiSport Live, …

Nos meios financeiros a FPO tem de fazer reflectir o volume financeiro actual da Modalidade (estimado em 2,5 M€) nas suas contas. Isto permitirá criar condições à FPO para:
- criar proveitos financeiros decorrentes dos fluxos de capitais negociando boas taxas junto dos Bancos,
- aceder a capitais de investimento com taxas favoráveis,
- exigir da tutela as contrapartidas financeiras normais que são concedidas às outras federações (normalmente acima de 10% do fluxo financeiro),
Deve ainda utilizar com normalidade e inteligência as ferramenta fiscais: do Mecenato (extraordinariamente importante) e do Donativo de Imposto em sede de IRS.
E deve procurar no Sponsoring tornar-se atractiva para os parceiros comerciais - pequenos ou grandes, todos são de extrema importância para o desenvolvimento da modalidade.

Na sua notoriedade e relevância económica para o desenvolvimento do pais, nomeadamente do seu interior. Assim preconizo que a FPO valorize efectivamente a sua capacidade de realização internacional, tanto em termos de provas internacionais, como na realização de estágios de equipas e selecções e ainda na realização de eventos de carácter turístico.
As medidas que preconizo são:
- Apresentação obrigatória de candidaturas das provas internacionais da FPO à obtenção de financiamentos junto das seguintes entidades: - IDP, ITP (Turismo de Portugal), Agências de desenvolvimento regional e local, Governos Civis e naturalmente às Autoridades Locais (Câmaras e Juntas de Freguesia).
- Construção e oferta de pacotes turísticos (em parceria com os operadores locais) para os estrangeiros com a criação de mais valias financeiras para a Modalidade.
- Criação e distribuição de Media Kits e respectivos Press-Releases, obrigatórios para Todos os Eventos Internacionais e das Taças de Portugal (de tipo Standard a definir pela FPO) pela Imprensa Nacional, Especializada, Regional e Local (só para os meios das zonas de interesse).
- Estabelecimento de parcerias com empresas e marcas desportivas nacionais para o desenvolvimento de produtos adequados para a Orientação. Esta parceria deverá ser estabelecida no âmbito das selecções nacionais que serviram de laboratório de ensaio e desenvolvimento dos produtos, com óbvias vantagens para as selecções e para a modalidade.

Amanhã haverá mais Big GrinTongueCool,

Um abraço,
Alexandre
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09-14-2010, 11:05 AM (This post was last modified: 09-16-2010 12:49 AM by alix.)
Post: #40
2º salto quânticos da Orientação - Atitude
Olá a todos Heart,

Estou profundamente reconhecido aos entusiastas que todos os dias procuram este tema e o "devoram" com sofreguidão. É um sinal de esperança no Renascer de uma modalidade que necessita de animo e inspiração !!!!

A Orientação tem de mudar de Atitude, tratando bem quem a procura, quem a ajuda e sobretudo, quem vive com ela uma paixão.

E qual é a nova atitude que deve ser impressa à Orientação?

No relacionamento Institucional a FPO deve aparecer como membro de pleno direito em todos os Fóruns desportivos nacionais e internacionais, fazendo proposta, discutindo políticas e marcando com eficácia a sua posição.

Internamente a Orientação tem de apresentar face aos seus Parceiros Estratégicos e Essenciais como uma modalidade forte, com potencial de crescimento e com relevância para o desenvolvimento das políticas públicas desportivas. Para isso, a FPO tem de estudar correctamente a modalidade, conhecer os seus pontos fortes e fracos, definir uma estratégia de médio-longo prazo e estabelecer parcerias assertivas (ex: candidaturas comuns a projectos de desenvolvimento) com todas as instituições relevantes para o seu desenvolvimento.

Externamente a FPO deve marcar pontos na Lusofonia e na IOF, estabelecendo com esta ultima um plano de desenvolvimento da modalidade no Brasil, África, Índia, China e Oceânia. Devemos também partilhar internacionalmente a nossa experiência com as Corridas de Aventura dado o seu carácter inovador e diferenciador face à inexperiência internacional nesta matéria.

Assim e no curto prazo preconizo que a FPO desenvolva as seguintes acções:
- Normalização do relacionamento com o IDP, corrigindo as incorrecções referidas no estudo prospectivo e renegociando os planos de financiamento face a esta nova realidade;
- Desenvolvimento de um estudo aprofundado dos últimos 5 anos da modalidade (2005-2010) (o estudo prospectivo será um bom ponto de partida),
- Realização de uma cerimónia formal de tomada de posse dos novos Órgãos da FPO com o endereço de convites a todas as Instituições do Desporto, as Federações Desportivas e os restantes "Stakeholders" da Orientação.
- Nomeação de representantes Oficiais da FPO para todos os Orgãos Nacionais e Internacionais em que tem direito a assento,
- Candidatura a fundos especiais para a Representação Internacional das Federações Desportivas,
- Estabelecimento imediata de contactos com a CPLP, com a Federação de Orientação de Moçambique e com a Confederação Brasileira de Orientação para a realização de uma cimeira de fundação de uma Associação Lusófona (ou Lusíada) de Orientação.

No relacionamento com o nosso publico, que é no fundo a nossa razão de existir, temos de ser acolhedores e pacientes. Temos de criar as melhores condições para que todos usufruam da prática desportiva de uma forma plena e económica. Temos de ensinar quem não sabe, temos de formar quem ensina e temos que criar oportunidades de formação continua dos atletas; é incorrecto e "suicida" achar que as pessoas aprendem à "força" de errarem construtivamente. Hoje a oferta concorrente é muito agressiva e a Orientação perde claramente para modalidades de mais fácil prática e aprendizagem.
- Criar uma classe de filiação de Formação/ Aperfeiçoamento onde se integrarão todos os actuais não filiados e os futuros praticantes,
- Reformular os actuais OPT's de forma a cumprir os objectivos de formação e aperfeiçoamento que se estabelecerem para esta nova classe,
- Criar uma nova classe de filiação de Iniciação para jovens do 1º e 2º Ciclo que se irão captar, sobretudo, junto do Desporto Escolar.
- Criar um Projecto Especial no âmbito do Desporto Escolar, denominado O-AVENTURA, em que a Orientação e as Multiactividades (Corridas de Aventura) se apresentem aos jovens de um modo muito simplificado e divertido (Ex: a FPVoleibol tem o Gira-Volei, a FPTriatlo tem o ????, etc.).
- Implementar na Orientação um programa de Voluntariado, enquadrado pelo Secretariado Nacional para o Voluntariado.
- Implementar na Orientação um Regulamento de Mecenato atractivo para pessoas singulares e colectivas,
- Implementar na Orientação um programa de Novos Talentos que potencie a utilização plena e correcta dos apoios ao desporto juvenil (o tal projecto Inovador???)
- Criar um cartão de descontos de Participante/Família Frequente que permita o usufruto de benefícios vários (por ex: Wireless Gratuita na Arena, Babisitting, Descontos nas inscrições, Descontos no Catering, …..).

No relacionamento com as entidades que nos apoiam, sobretudo Câmaras, Juntas de Freguesia e Colectividades Locais estabelecer oportunidades de "plantar" a Orientação junto da sua população local. Estabelecendo acções de sensibilização e formação que permitam criar interesse e vocações em líderes e técnicos locais de modo a criar um efeito multiplicador na população. Estabelecer com as IPSS do local parcerias para levar os deficientes e os idosos a experimentar a Orientação em percursos adequados à sua mobilidade (Trail-O e Marchas de Orientação). Explorar sempre que possível a hipóteses de lançamento de protocolos de colaboração ou contratos programa com os municípios que envolvam o desenvolvimento de infra-estrutura (mapas) e de actividades (provas, acções de sensibilização, cursos de formação e iniciativas turísticas). Para que estes objectivos sejam devidamente alcançados devem-se desenvolver:
- Criação de um Cadernos de Encargos Tipo para todas as tipologias de actividade de forma a que os vários negociadores da Orientação (FPO e Clubes) falem uma mesma linguagem quando se apresentam às Entidade Locais ou Regionais,
- Criação de um mecanismo automático de coordenação permanente de esforços entre negociadores para evitar sobreposições e conflitos de interesses,
- Criação de Caderno de Procedimentos para a Realização e Manutenção de "Infraestruturas Desportivas" da Orientação (Mapas),
- Criação de um manual de Realização de Acções de Sensibilização e de Formação Inicial que homogeneíze a forma como a Orientação é apresentada a nível nacional.

No relacionamento com a imprensa, privilegiar o impacto local e regional em detrimento do impacto nacional onde a competição é feroz e só temos espaço/tempo de antena muito esporadicamente. Incentivar a visita dos jornalistas aos locais de prova e proporcionar-lhes as melhores condições de trabalho, envolvendo nisso as entidades locais. Para isso deve ser estabelecido um plano de comunicação que contemple os seguintes aspectos:
- Identificação clara das Marcas a divulgar, por ex: "Orientação" e "Aventura",
- Criação dos grande "chavões" da modalidade, por ex: "Orientação é Saúde", "Aventure-se Naturalmente", "Sustentabilidade Orientada pela Aventura", "Sinta a Aventura, Pratique Orientação", …….
- Criação de modelos de comunicação ("Templates") a ser utilizados por todos os agentes da modalidade para simplificar a vida aos meios e aos colaboradores,
- Disponibilização on-line de Texto, Foto e Vídeo com qualidade para ser utilizada directa e autonomamente pelos meios,
- Criação de oportunidades de formação dos jornalistas e chefias na pratica de Orientação: por ex: promovendo um Challenger anual para a Imprensa em conjunto com a Associação de Imprensa e Sindicato dos Jornalistas.
- Formação dos agentes da modalidade em Comunicação e Relações Publicas (Media Trainning).
- Criação de um protocolo de comunicação de crises/acidentes à imprensa.


Amanhã finalmente concluirei Angel a saga,

Um enorme abraço,
Alexandre
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