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Ori-Futuro - Onde queremos que a Orientação esteja em 2020 ?!?
08-11-2010, 05:49 PM (This post was last modified: 08-11-2010 05:52 PM by jorge_baltazar.)
Post: #11
RE: Ori-Futuro - Onde queremos que a Orientação esteja em 2020 ?!?
Olá
O Alexandre está a preencher este período de pausa na orientação (que a partir desta época não é o período de "defeso", mas que na prática coincide com uma menor actividade) com um conjunto de reflexões que têm o mérito de nos despertar para a realidade da Orientação aos olhos da tutela (IND -IP, secretaria de estado do desporto,...).
Infelizmente essa é a visão que o IND tem do nosso desporto, mas ele é muito mais do que isso:
1 - Apesar da estagnação e posterior redução do nº de praticantes nas provas e no nº de federados, a modalidade promove a pratica desportiva ao longo da vida (apesar da falta de dados objectivos, muitos são os exemplos de longevidade);
2 - O discurso (programa) e a prática do IND são contraditórios, uma vez que formulam objectivos de promoção da prática de actividade física entre a população "senior" e na prática valorizam apenas os nº de federados e as competições para jovens e seniores;
3 - As federações exemplares (Voleibol e Andebol) implementaram regras estatutárias que obrigam à inscrição de equipas de jovens ( http://www.fpvoleibol.pt/regulamentos/index.htm - artº 18 - página 4), que na prática resulta na existência de praticantes fictícios e cujo incumprimento pode ser resolvido com o pagamento de taxas. Será que queremos aumentar o nº de praticantes desta forma?
4 - Na Orientação, nas 3 ultimas épocas os escalões cujo nº de praticantes tem crescido são os jovens e com elevado crescimento junto das raparigas;
5- As autarquias onde têm sido realizadas actividades de grande dimensão, ao contrário do IND e restante tutela, têm uma boa imagem da capacidade organizativa e mobilizadora da modalidade, que se traduz em várias situações em que os apoios são concedidos ao longo de vários anos (Ex. municípios do Alto Alentejo, do Alto Barroso e da Costa de Prata).
6- Relativamente à visibilidade da nossa modalidade, tal como as restantes modalidades (Voleibol, Andebol e Atletismo incluídas) continuam todas as modalidades a lutar contra a "tirania" do futebol e a ter que pagar para aparecerem (mesmo na televisão pública), quando por outro lado as cadeias de TV generalistas fazem leilões milionários para adquirirem os direitos de transmissão da Liga de futebol. O que faz o IND para alterar este estado de coisas?
7- A tutela impôs um regime jurídico das federações desportivas, concebido para retirar "poder" às associações distritais de futebol, que esta modalidade ignorou, talvez por não necessitar das migalhas do IND para nada, cujo regime de incompatibilidades, na pratica, por sermos uma modalidade de agentes/praticantes impede a quase totalidade dos nossos mais validos elementos de dar o seu contributo nos órgãos de gestão da modalidade o que obrigou também à realização de eleições intercalares em Setembro.

Não quero dizer que tudo esteja bem, e que nada há para fazer, mas temos que ter uma visão mais alargada e informada da realidade desportiva nacional e da nossa modalidade em particular.

Um abraço
JB
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08-12-2010, 07:45 PM (This post was last modified: 08-13-2010 11:29 AM by alix.)
Post: #12
Que é lá isto! Nós ao IDP, não lhes damos confiança....nem lhes ligamos nenhuma ;);)
Boa Jorge Blush,

É que quem na realidade já estava a ficar sem fôlego era eu, Tongue !!!! Por favor, Orientistas Heart sigam o exemplo do Jorge e contribuam que é de "graça" e a "malta" agradece.

Retomando a reflexão, importa dar resposta à questão formulada ontem !!!
Assim, pelo que pude pesquisar o Programa Nacional de Marcha e Corrida assenta em três vértices - Municípios (empurrados pelas delegações regionais do IDP) que promovem Marchas/Corridas, o Movimento Associativo (neste momento só a FP Atletismo, que enquadra tecnicamente??) e a Universidade (Univ. do Porto) que transfere o know-how (na área do exercício e saúde) para a elaboração dos percursos/actividades adequados à população sedentária/ idosa. (corrijam-me se não for bem assim).

A contrapartida para a FPA é de 18 000,00 Euros mensais (216 mil euros anuais - 1,7 vezes o que a FPO recebe para o Desenvolvimento da Prática Desportiva) (dados de 2010). Presume-se que a Univ. do Porto também receba e quiçá os técnicos regionais do IDP também ganhem umas horas extraordinárias.

E será que a FPO também poderia participar? Da análise do contrato programa com a FPA não resta nenhuma dúvida de que sim, bastaria para tal apresentar ao IDP uma proposta que explicite objectivos concretos e metodologias a utilizar para a sua concretização.

Alguém acha que não teríamos capacidade de organizar marchas pedestres nos nossos "eventos"? Quanto a mim até o faríamos com valor acrescentado (o celebre gostinho d' Aventura das saudosas "Marchas Nacionais de Orientação?"). Então, do que é que estamos à espera para rentabilizar o nosso "tão incompreendido" esforço !!!!!!

Por acaso, em 2005 ou 2006 trouxe de uma visita a Castro Marim um panfleto que achei curioso. Divulgava um circuito de Marchas que alguns municípios do interior algarvio vinham levando a cabo e acabei por o passar a uma técnica superior do IDP, hoje foi com um Big Grin que descobri que no site do Programa o exemplo que aparece é exactamente o do calendário actual dessas Marchas - que na altura já reuniam centenas de participantes WinkWinkWink....

Concluindo e dando resposta à questão formulada. Como é óbvio, a FPO não participa no Programa de Marcha e Corrida, nem de resto, em nenhum outro programa/actividade/instalação do IDP, a saber Programa Nacional de Formação de Treinadores, Jamor, Centros de Alto Rendimento......

Mas então como é que nos relacionamos com o nosso principal Financiador/ patrocinador?/ parceiro?

Bom, isso é um segredo muito bem guardado, mas que será revelado, WinkWinkWink. Estejam atentos aos próximos episódios????

Alexandre

Anexo - Contrato Programa do IDP e a FPA - Programa Nacional de Marcha e Corrida.

.pdf  ProgramaMarchaeCorrida-FPA.pdf (Size: 176.81 KB / Downloads: 2)
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08-13-2010, 10:39 AM (This post was last modified: 08-13-2010 10:49 AM by alix.)
Post: #13
Aliás, nós até somos conhecidos por lhes (IDP) dificultar a vida e ….. "mentir" !!!
Olá a todos Heart,

Pois é, recentemente o nosso relacionamento com o IDP não tem sido nada "linear", bem pelo contrario, tem tido inúmeros episódios que não abonam em nada para a nossa imagem e credibilidade Tongue.

Um facto, que despertou a minha atenção foi o notório "sub-financiamento" da Orientação que detectei nas prestações de contas do IDP nos anos de 2008 e 2009. Os mapas publicados em Diário da Republica, indicam que o IDP só transferiu para a FPO - 62 500,00€ no primeiro semestre de 2008 e e 28 749,00 € no primeiro semestre de 2009. Ou seja, em dois anos só entraram nos cofres da FPO 36% da verba mínima que a FPO alega ser imprescindível para o seu funcionamento e pasme-se nesse mesmo período até contratamos um técnico extra e tudo correu com "aparente?" normalidade nas várias vertentes da modalidade - quadros competitivos, compromissos internacionais, selecções, formação, etc..

Então, como é que se explica que a FPO não tivesse publicamente manifestado a sua indignação com a Tutela (leia-se IDP)??? Simples, o IDP limitou-se a fazer cumprir os requisitos legais, algo em que a FPO falhou em toda a linha, e não transferiu as verbas.

Assim cai por terra e soa a falso o constante pregão que vem expresso nos relatórios da FPO " …. As principais condicionantes continuam a ser as questões financeiras, não só pelas parcas verbas provenientes da Administração Publica …." . São "parcas" e nós mesmo assim não somos capazes de nos organizar para as receber !!!! Investigada a origem do problema descobrimos que a "Lista Única" proposta pelo Presidente à AG incluía elementos "Hostis" à Orientação e que bloquearam durante meses a aprovação de documentos fundamentais para cumprir a lei !!!! Um verdadeiro tiro nos pés, dirão todos, uma total imprudência e falta de rigor na escolha das pessoas, direi eu !!!

A situação foi tão dramática que fomos a única Federação que assinou a 31 de Dezembro (ou 26 de Janeiro 2010) o Contrato-programa de desenvolvimento desportivo do Ano de 2009(vide Anexo1). Ou seja, na prática mantivemos em suspenso toda a maquina do IDP (Dep. Desenvolvimento Desportivo) até ao ultimo dia do ano por nossa culpa (podem imaginar os "amigos" que fizemos no referido Departamento???).

Mas visto com mais cuidado, esta já não é a primeira vez que criamos "mau ambiente operacional" no IDP, já em 2007 somos referidos pelo Tribunal de Contas como incumpridores - foi detectada a falta do relatório e conta de gerência e respectiva documentação do ano de 2007 (vide Anexo2). E como isso já não bastasse, a FPO nos documentos oficiais que lhes (IDP) dirige "mente" descaradamente (e já agora desnecessariamente).

A FPO no relatório de 2008 (Capitulo 3, alínea a) ) diz como de costume "… O aumento de praticantes tem-se acentuado nas últimas épocas, com a natural correspondência no no aumento de praticantes federados: ….. Em 2008 mais 335 novos praticantes. … "
Ora, junto ao mesmo documento, enviou ao IDP os mapas de filiados de 2008 e surpresa o numero de filiados diminui em cerca de 207 filiados em 2008 por causa das 542 desistências registadas nesse ano. Então FPO, em que é que ficamos, crescemos ou diminuímos em 2008 ???? Huh

Foi uma distracção? Um corta e cola mal feito? Ou terá sido uma tentativa de esconder a realidade aos associados em ano de tantos "sucessos - POM, WMOC, etc…" e que acabou mal. É bom que nos convençamos todos, Orientistas e FPO, que no IDP os funcionários são profissionais e episódios destes só geram desconfiança e descredibilizam o trabalho "são e suado" de todos.

Que fazer então para recuperar a nossa imagem e notoriedade junto do nosso financiador ??? Basicamente mudando a nossa atitude!! Cumprindo as nossas obrigações a tempo e horas, fazendo-nos representar prestando a devida "vassalagem" nos eventos e actividades do IDP e sobretudo, demonstrando interesse e participando activamente naqueles que são os programas que consubstanciam os Objectivos Estratégicos e Operacionais do IDP?

Para amanhã fica prometido o fim deste capitulo, onde lançarei um olhar pelas políticas desportivas micro (autarquias, desporto escolar, universitário, militar, laboral ) e MACRO (neste caso União Europeia pós tratado de Lisboa). Para a semana iremos analisar as "massas", o "carcanhol", em suma aquilo que nos falta sempre "nos bolsos" para podermos ir mais longe..... Mantenha-se atentos, pois como já vem sendo hábito, há também aqui muitas surpresas Big GrinCoolTongue!!!!

Não se acanhem e participem !!!

Um grande abraço,

Alexandre

Anexo1:
Contrato-programa de desenvolvimento desportivo da FPO para o Ano de 2009
.pdf  FPO-IDP2009_1.pdf (Size: 147.81 KB / Downloads: 6)
Anexo2:
Extracto do Relatório de Auditoria do Tribunal de Contas ao IDP 2006-2007

.pdf  Registo_Obrigacao_Violada-FPO2007-TribunalDeContas.pdf (Size: 157.98 KB / Downloads: 4)
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08-15-2010, 01:40 PM
Post: #14
RE: Ori-Futuro - Onde queremos que a Orientação esteja em 2020 ?!?
Isto?!?! Cool
   
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08-16-2010, 01:42 PM (This post was last modified: 08-16-2010 03:58 PM by alix.)
Post: #15
A Orientação, infelizmente, não sabe bem a que portas bater nem como o fazer bem …..
Olá a todosTongue,

E muito obrigado Nuno, pelos vistos já se marcha em Estarreja !!!!! E porque é que em cima desses percursos não se monta um TRAIL-O ou mesmo se realizam Multiactividades tipo SCORE 100 !!!!

Retomando o nosso percurso, refiro que o Portal do Desporto do Sapo nos dá uma boa ideia sobre a estrutura da Administração Publica Desportiva e foi com base nesta organização que no "Sábado", no meio das visitas familiares preparei este texto dirigido a lançar um olhar sobre as "micro" políticas desportivas e a natureza das suas organizações.

Administração Pública Desportiva Regional - Açores e Madeira

Nos Açores temos a DREFD que administra as políticas regionais e gere o financiamento publico regional às actividades desportivas (FRFD) que vale anualmente 12 milhões Euros para 20 205 praticantes (600 €/atleta*ano) . Do seu plano para 2008? (único disponível no site) destaco duas referencias à Orientação:
- uma na pagina 3 onde é referida a aptidão do território para a Orientação e o interesse da região no seu desenvolvimento,
- e outra na página 14 onde nos anos lectivos 2003/04 e 04/05 estão referenciados jovens açorianos a participar no Desporto Escolar Nacional em Orientação (os números estão agregados a outras modalidades).

E a Orientação nos Açores ?? Temos à vários anos um clube "vazio"!!! Porque será, alguém sabe ??

Na Madeira temos o IDRAM que administra as políticas regionais e gere o financiamento publico regional às actividades desportivas que valeu em 2008, 34 milhões Euros para 16 482 praticantes (2060 €/atleta*ano). Não foi possível encontrar planos ou relatórios institucionais mas em contrapartida os dados da Demografia Desportiva são muito completos e dão-nos uma boa ideia da Orientação no arquipélago:
- A Orientação partiu de 10 atletas em 98/99 para sempre em crescendo atingir 198 em 2008/2009 (2000% de crescimento numa década é notável ???). A Orientação em 2009 teve na Madeira 8 clubes em 4 concelhos que organizaram 10 eventos regionais que distribuíram 12 títulos regionais. Participaram 37 e 22 atletas em provas nacionais e internacionais.

Administração Pública Desportiva Local - Autarquias

A lei 159/99 passou para as autarquias as seguintes competencias que em 2007 implicaram um orçamento de mais de 300 milhões de Euros, da qual a Orientação tem beneficiado essencialmente através dos seus clubes:

- Planeamento, gestão e realização de investimentos públicos em instalações e equipamentos para a prática desportiva e recreativa de interesse municipal;
- Licenciamento e fiscalização de recintos para espectáculos;
- Apoio de actividades desportivas e recreativas de interesse municipal;
- Apoio na construção e conservação de equipamentos desportivos e recreativos de âmbito local.

Ao nível autárquico não existe uma linha comum de desenvolvimento desportivo, no entanto, há uma prevalência clara para o apoio preferencial às organizações locais face aos forasteiros (e a Orientação é muitas vezes vista como forasteiro, sobretudo no interior do País)!!!

Forças Armadas e Forças de Segurança

O Dec. Reg. nº31/97 estabelece a constituição de uma Comissão de Educação Física e Desporto Militar (CEFDM), como um órgão do Ministério da Defesa Nacional que funciona, com carácter permanente, na dependência da Direcção–Geral de Pessoal e que define e gere todos os aspectos do desporto militar em Portugal.
A Orientação nas suas vertentes Pedestre e Corridas de Aventura tem sido objecto de competições neste âmbito. Não foi possível descobrir qual o orçamento disponível para esta Comissão nem me pareceu que as funções da mesma (promoção da actividade desportiva) tivessem relevância no seio dos objectivos da DG em que se encontra subordinada.

INATEL (Desporto no trabalho)

O Decreto-Lei nº 61/89 ( actuais Estatutos do INATEL) define como atribuições de carácter desportivo o estímulo pela cultura física e pelas actividades desportivas como meio polivalente de valorização humana, nomeadamente:
- Apoiando a criação e desenvolvimento de grupos desportivos de trabalhadores;
- Promovendo provas desportivas entre grupos de trabalhadores e fomentando o intercâmbio desportivo com organizações similares estrangeiras.

A Orientação, que já teve no passado alguma expressão nos calendários de actividades propostos pelo INATEL aos seus CCD's hoje desapareceu completamente do espectro da sua oferta desportiva. Quais as razões desta ausência e quais as medidas correctivas a adoptar para reverter a situação deverão ser questões que nos deverão fazer reflectir. Importa salientar que o âmbito das actividades do INATEL é sobretudo para uma população adulta - Seniores e Veteranos (+ 35).

Porque será que a Orientação não tem uma política assertiva no seu relacionamento com a Administração Publica Desportiva?? E, não existindo, é possível corrigir esta lacuna??
Mais uma vez este é um assunto simples que nós complicamos em demasia. E complicamos porque? Basicamente porque permitimos que se estabeleça uma quase caça ao subsidio entre os vários agentes da Orientação - com propostas concorrentes apresentadas às mesmas entidades por actores "idênticos" (clubes de Orientação) com objectivos semelhantes (competições de Orientação) e com pedidos completamente dispares e muitas vezes inconsistentes.

Como se resolve este problema? Fácil, estabelecendo protocolos com as entidades (ou as suas Associações) que definam as regras de contratualização para cada tipo de iniciativa enquadráveis no âmbito da Orientação (Ex: Caderno de encargos Standard, Guia de financiamento de Clubes, etc.)

De seguida, e no âmbito das micro politicas irei lançar um olhar sobre o Desporto Escolar e Universitário. Aguardem pois por aqui também há surpresas, Big GrinTongueRolleyes

Boa praia porque eu amanhã também vou WinkWinkWink,

Alexandre

Anexo: Estrutura da Administração Publica Desportiva como apresentada no Portal do Desporto no SAPO

.pdf  Administracao_Publica_Desportiva_Portugal.pdf (Size: 151.45 KB / Downloads: 1)
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08-17-2010, 02:00 PM (This post was last modified: 08-17-2010 02:12 PM by alix.)
Post: #16
E nalgumas portas batemos e depois não sabemos o que fazer ….
Olá novamente,

Desta feita fui directamente às fontes DGIDC - Desporto Escolar e à FADU - Federação Académica do Desporto Universitário.

Do Desporto Escolar consultei o Programa para 2009-2013, o Protocolo FPO-DE e o Regulamento das Competições de Orientação. Li também a entrevista do Ricardo (actual Director da FPO) ao OrientOvar e registei a existência em "2008/2009 de 47 escolas com grupos/equipas de Orientação e 60 Escolas com G/E de Multiactividades de Ar Livre" sobretudo em Lisboa e Vale do Tejo e no Norte.
De resto, foi o vazio…. não consegui encontrar nenhuma informação no site da FPO, nem no site do Desporto Escolar sobre os dados relativos ao ano de 2009/2010.

No entanto, na área das estatísticas o DE disponibiliza um interessante estudo com 142 paginas sobre os Anos de 2001 a 2005 onde a Orientação aparece como a 2ª modalidade do grupo das Actividades Nauticas e Exploração da Natureza logo atrás das Multiactividades de Aventura ???? Ou será que devo dizer a Orientação aparece em primeiro lugar com largo destaque (63,5%) mercê das suas disciplinas de Corridas de Aventura (43,6%) e Pedestre (19,9%).

Pois é, um dos erros flagrantes que detectei é a não assunção pela FPO de esta enorme mais valia que são as Multiactividades de Aventura (leiam-se Corridas de Aventura) para a sua esfera de influencia.

De referir que o actual regulamento para as competições de Orientação (leia-se Ori-Ped) é totalmente omisso em relação à disciplina, como de resto à Ori-BTT, mas permite a participação de estudantes oriundos dos G/E de Multiactividades de Aventura.
Terá sido esta uma escolha sensata??? Estará a ter o sucesso devido??? Gostaria que alguém que conhecesse a realidade dos quadros competitivos nacionais se pronunciasse pois a mim parece-me que não terá havido grande dinâmica e que os números médios anuais de 2001-2005 de 3272 alunos em Multiactividades e os 1497 em Ori-Ped não se repetiram em 2009.

Tomando como base os números médios de alunos participantes em 2001-2005 (105 000) e os números do financiamento do Desporto escolar de 2008 (5 450 000,00€) temos como indicador o valor de 52,00 € por participante (é obvio que há dois custos muito importantes não contabilizado que são a afectação dos salários dos professores e funcionários às actividades e os custos de transporte das deslocações que em regra são suportados pelas autarquias).

Por outro lado, no Desporto Universitário constatei que a Orientação não existe, ou melhor, aconteceram nos últimos dois anos um TNU e um CNU Directo montados em cima de outros eventos que acabaram por abafar a Competição Universitária e que em média tiveram menos de 20 participantes???.

Aliás o TNU teve mais participantes que o CNU???? É um resultado paupérrimo, considero que é mesmo um ultraje face ao esforço desenvolvido na promoção da modalidade. Então o que é que falha sistematicamente??? Porque é que não há competições locais e regionais? Lembro-me que na época da AEGIST havia só no IST 4 a 6 actividades de Orientação por ano.
Onde é que fica a FPO no meio disto tudo??? Qual é o tipo de relacionamento que existe com a FADU, com a ADESL, com a Fed. Académica do Porto, com a U. Minho ….. ???

Em boa verdade, eu recebi todos os comunicados da FADU (3) sobre o CNU de Orientação 2010 e li as noticias produzidas em duas Newsletter's e fiquei com a ideia que a divulgação foi boa, sobretudo em ano de Jornadas Técnicas de Orientação em Ambiente Académico- no mês de Janeiro na Escola Superior de Desporto de Rio Maior. Então o que é que aconteceu para que a Orientação tivesse o CNU menos participado de 2010????
Do meu ponto de vista cometeram-se três erros crassos:
- 1. Embeber a única prova Universitária do ano num CN Absoluto;
- 2. As datas tardias de Maio a coincidir com o inicio das épocas de Avaliação das Universidades e após época das "Queimas";
- 3. Um evento de dois dias a obrigar a custos extras para os atletas e para as AE's (ou acham que o solo duro era solução aceitável???).

Resumindo criaram-se todas as condições para o insucesso na captação de atletas e depois verificaram "in loco", os responsáveis da FADU, a ausência total de suporte técnico da FPO e teve de ser um atleta/dirigente/promotor/... a ter de tocar todos os instrumentos, inclusive produzir os resultados??? (é óbvio que com tanta versatilidade tinha de ser do Técnico, mas isso já é habitual WinkWinkWink ).

Enfim, para que conste a FADU em 2009 teve 105 clubes associados, 7152 atletas federados e recebe anualmente em subsídios 401 990,00 € (56 €/atleta) (do IDP só recebem 72 500,00€) para as suas actividades que envolvem 25 modalidades diferentes.

Resumindo e baralhando - Demonstra-se na pratica que a FPO não tem capacidade para se relacionar de uma forma útil e proveitosa com os parceiros críticos para o seu sucesso e por isso algo tem que mudar!!! Se nada se fizer, a Orientação irá perder esta janela de oportunidade que se nos fechará inexoravelmente!!!!

Só a titulo de exemplo refiro que o Programa Gira-Volei (Projecto Especial do Desporto Escolar) representa directamente para a FPV cerca de 19% dos seus filiados, foram 7610 filiados (3,25 vezes o total da FPO) em 2009 (Extracto dos dados Estatísticos da Relatório da FPV em Anexo) e indirectamente 54% por via da captação feita pelos clubes neste Programa (21593 filiados). Será que a Direcção da FPO irá continuar a dar "falta de comparência" no comentário a estes números !!!!!

E ainda faltam as Macro Politicas Desportivas, Confused

Mas isso será para mais tarde, pois agora vamos ver ... €€€€€€ ... ou ficar a vê-los passar que tem sido essa a nossa triste sina. Mantenham-se atentos pois ficarão de queixo "caído" ou de boca escancarada conforme os casos Big GrinBig GrinBig Grin !!!!!

Alexandre

Anexo: Mapa de Filiados FPVoleibol 2009

.pdf  Mapa_Filiados_FPVoleibol_2009.pdf (Size: 87.24 KB / Downloads: 3)
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08-18-2010, 12:41 PM (This post was last modified: 08-18-2010 05:51 PM by alix.)
Post: #17
O desporto, em Portugal, recebe menos de um terço do que a Ferrari gasta numa época!!
Olá a todosHeart,

Pois é Angel, em 2007 o valor total que a Administração Central e Local (ACL) Portuguesa disponibilizou para desenvolver o desporto e se realizarem actividades desportivas foi de cerca de 172 milhões de euros enquanto que o orçamento despendido na F1 pela Ferrari foi de cerca de 600 milhões. De resto, já em 2006 no Congresso do Desporto, Ferreira da Silva estabelecia esta mesma comparação referindo que uma equipa de topo do Futebol nacional tem um orçamento médio de 38 milhões - pouco menos de um quarto da verba disponibilizada pelo Estado para o Desporto Big Grin.

Em gráfico (vide anexo) apresento-vos a evolução dos financiamentos directos da ACL às Federações e Eventos Desportivos desde 1996 até 2007 e comparo-os com a evolução do financiamento do Desporto Escolar. Os dados foram rectificados com a evolução da inflação e adimensionalizados com o máximo histórico de 157 milhões de euros que ocorreu em 2003 (129 milhões a preços de 1996).

Da análise das tendências verifica-se que a AL (leia-se Autarquias Locais) tem investido na promoção desportiva de forma consistente ao longo do período (taxa media de crescimento de 4% ao ano) e que a Administração Central (AC) tem praticamente estagnado a sua contribuição, inclusive decrescendo?? a uma taxa média de 0,12% ao ano. O Desporto Escolar tem mantido inalterada a sua verba com ligeira flutuações que registaram máximos em 1999 e mínimos em 2005.

Desta análise resulta claro que a FPO, que tem apostado tudo na fonte de financiamento da AC, escolheu mal e ignorou a fonte de financiamento que tem crescido consistentemente e que representa em volume mais de 3 vezes o IDP e que é a AL. De facto, só nos anos em que a FPO organizou grandes eventos se nota alguma capacidade de captação de recursos vindos da AL, e mesmo assim só em 2010 as verbas apresentam valores significativos.

Resta saber se os clubes de Orientação tem sabido captar em condições os recursos que a AL tem disponibilizado localmente. Não consegui ainda encontrar nenhum Contrato-Programa de Desenvolvimento Desportivo de âmbito autárquico com a Orientação, apesar de já ter encontrado inúmeros no âmbito de outras modalidades, sobretudo Futebol. Se alguém tiver conhecimento e quiser contribuir, penso que esse exemplo pode ser importante para abrir os olhos à Modalidade.

Uma duvida, que me assaltou e que procurarei responder amanhã é a seguinte: "Então se o financiamento da AC à actividade desportiva estagnou em volume o que é que lhe aconteceu por praticante? É que o IDP tem-se vangloriado de ter aumentado o numero de praticante com de facto já constatamos em Post anterior…..

Mantenham-se atentos Rolleyes pois amanhã iniciaremos a descoberta da CRUA realidade em que a FPO está inserida (e já agora muitas outras federações).

Um abraço,
Alexandre

Anexo:
Evolução do financiamento publico às Actividades Desportivas (Movimento Associativo e Eventos Desportivos)

.pdf  Evolucao_Financiamento_Publico.pdf (Size: 77.19 KB / Downloads: 0)
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08-19-2010, 04:34 PM (This post was last modified: 08-20-2010 11:07 PM by alix.)
Post: #18
Porque é que à uma década que estamos abaixo da média de Financiamento do IDP ???
Olá a todos,

A vosso pedidoHeart e porque só é possível o download dos anexos por utentes registados no Forum passarei apartir de hoje a embeber no POST os gráficos mais relevantes da análise em curso.

A realidade dos números mostra que a Orientação está desde 2001 abaixo da média de financiamento do IDP às Federações. De facto, a valores de 2008 temos perdido desde 1996 cerca de 11,5 €/ por ano por atleta (isto quando a redução média do IDP foi de 7,0 €/ por ano por atleta). Pelos vistos, a suposta atenção que nos foi dada nos últimos tempos pelos "políticos do Desporto" serviu apenas para nos iludir e manter sob rédea curta enquanto procediam a uma sangria continuada dos fundos que nos seriam devidos.

[Image: AC-IDP_Financiamento_por_atleta-1996_2008.jpeg]

É bom que quando os nossos dirigentes lhes "apertarem" a mão ou lhes derem uma "palmadinha" nas costas o façam com a força do garrote com que a Administração Central tem "sufocado" a Orientação. Em doze anos o nosso financiamento por atleta diminuiu 329 % e nós na prática não fizemos "nada" para inverter ou alterar esta situação, que sintomaticamente se agravou apartir de 2007 após um período de breve recuperação (ver a tendência da curva na extremidade da direita).

Bom mas há federações em situação "pior" que a nossa, o Voleibol por exemplo passou de 348 Euros por atleta para 65 actualmente (mesmo assim mais do que a orientação) ou seja, uma redução de 536 % mas no mesmo período gerou-se uma necessária economia de escala pois a federação cresceu 660% no mesmo período. Por outro lado verifica-se que o SURF teve uma evolução bastante idêntica a nossa, mas menos reconhecida em termos financeiros pelo IDP, inverteu nos últimos anos essa tendência crescendo em financiamento de uma forma sustentada desde 2003 até 2008 (aliás em 2008 ultrapassou-nos e chegou a níveis muito próximos do financiamento médio do IDP).

Nos casos atípicos, extraordinários mesmo, temos as federações de Esgrima, Remo e Equitação em que os valores de capitação por atleta chegam a ser 17,5 vezes superiores à Orientação (Esgrima em 2003). Nestas federações tem-se assistido a uma redução superior no financiamento (77€/ano*atleta para a Equitação - que já convergiu para a média do IDP, 40€ para o Remo e 39€ para a Esgrima).

Um novo caso que surgiu é o do financiamento da "missão Olimpica e respectivas esperanças" que se autonomizou no COP apartir de 2006 e que representa um valor superior a 20 000,00 €/ por ano por atleta. Ou seja, a velha desculpa de ser modalidade Olímpica já não pode ser evocada para justificar a diferença de financiamento entre as Federações.

Então porque é que somos sistematicamente preteridos pela AC-IDP??? Simples, não fazemos o trabalho de casa bem feito. Não nos insinuamos devidamente, não pressionamos nos lugares devidos nem usamos os argumentos correctos. Em suma, e como já referi anteriormente, não existimos ...... para o poder instalado!!!!

Para amanhã fica prometida a radiografia do IDP e a análise às suas rubricas de financiamento e talvez a explicação para o nosso insucesso.

Alexandre

Anexo: Gráfico comparativo do Financiamento do IDP por atleta às Federações 1996-2008.
   
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08-19-2010, 05:18 PM
Post: #19
RE: Ori-Futuro - Onde queremos que a Orientação esteja em 2020 ?!?
Bom Dia,
É muito importante esta discussão e tenho pena de os dirigentes da FPO não se designem a contestarem os números. Se não dizem nada, se não contradizem nenhum aspecto do que aqui é dito, é porque tudo o que o Alexandre aqui diz faz algum sentido e é realmente merecedor de profunda reflexão de todos os praticantes.

Eu não posso falar sobre o relacionamento com as várias entidades que “patrocinam” a FPO porque não tenho conhecimento, mas penso que essa relação deveria ser valorizada e estimada. Sobre o que posso dar a minha opinião, é no que tenho observado ao longe de mais de uma década de anos que tenho acompanhado a orientação e as corridas de aventura. Esta modalidade têm condições para se tornar umas das disciplinas com mais aderentes. Por exemplo, enquanto o volei e o andebol é preciso que os praticantes tenham alguma disponibilidade fisica, vela é necessária alguma disponibilidade financeira, entre muitos outros casos. A orientação, pode ser praticada por qualquer pessoa, mesmo sem disponibilidade física ou financeira. Agora é preciso é de mostrar às pessoas isso, e a FPO precisa de uma equipa de promoção e imagem forte. Nesse sentido acho que o trabalho feito em torno do ARWC 2009 foi um grande exemplo de trabalho de imagem.

A FPO nestes últimos dois anos, têm apostado forte na promoção das selecções, dos campeonatos da Europa e do Mundo. No meu ver esse não deveria ser o objectivo principal. Os esforços deveriam ser centralizados maioritariamente na captação de praticantes. A Orientação não é uma disciplina que sobre a qual se consiga estar a acompanhar na televisão e que consiga dessa forma captar a essência de competição e atrair milhares de espectadores, como o futebol e o triatlo. Além de que nós não temos as condições que muitos outros países têm nesta modalidade. Não temos condições de ir lá fora e ganhar como aconteceu no triatlo e ganhar notoriedade com isso. Não estou a dizer que se deveria abdicar do apoio às selecções, só estou a dizer que a FPO deveria centralizar as suas forças na promoção da modalidade. Com isso irá-se conseguir mais dinheiro para apoiar as selecções e criar uma base de atletas muito maior.

De seguida deixo um conjunto de sugestões para a promoção da disciplina:
- Promover mais provas nos grandes centros urbanos. A FPO deveria anualmente (com apoio de clubes da zona), realizar provas como o baixa anima. É nos grandes centros urbanos que existe mais população, é também lá que existe pessoas com vontade de ter mais contacto com a natureza. Introduzi-las no campeonato, porque também as pessoas ao verem ao vivo outros atletas a correrem e darem o litro também ficam curiosas para saber o que se trata. Organizar anualmente duas provas nas grandes cidades seria uma boa forma de promover a Orientação.
- Criar equipas de voluntários para apoiar novos atletas nessas provas. Principalmente quem participa pela primeira vez. Os clubes da zona podem também usar estas provas para se promoverem e fazer com que os atletas adiram a esses clubes.
- Maior divulgação dessas provas, nos sites das câmaras, jornais, universidades, OTV, etc. E com bastante antecipação.
- Criar preços especiais para quem participa pela primeira vez. Ou criar um preço que permita às pessoas por exemplo pagar um X e participar em 3 provas ao longo do ano. Olhar para as politicas de marketing actuais e utilizá-las na orientação. A FPO têm que ter uma politica de marketing mais agressiva. Quem vai participar uma ou duas provas, não se vai federar. Até porque exige, pagamento de mais de 20 EUR, porque exige exame médico. Temos que olhar para os não federados como agentes de possíveis federados. Na orientação, a maior fonte de atletas até agora é por amigo que traz amigo.
- O site da FPO deveria ser mais apelativo, em 10 noticias da página principal, 7 são de selecções, ou mundiais. Devia sempre haver algum destaque para quem quer participar pela primeira vez, sobre as histórias da orientação, como o Margarido têm feito no blog Orientovar.
- A FPO deveria ter uma equipa de voluntários de apoio aos novos atletas. Ter um email para responder a qualquer duvida colocada por novos aderentes. Do género: “Gostavas de Praticar Orientação? Não sabes como? Manda-nos um email.” E colocar também, umas imagens de pessoas a passearem no campo com um mapa. É sempre algo que atrai.

Abraço,
Rui Marques
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08-21-2010, 12:24 AM
Post: #20
RE: Ori-Futuro - Onde queremos que a Orientação esteja em 2020 ?!?
Ola a todos,Big Grin

Antes de mais gostaria de deixar os meus cumprimentos ao Alexandre pela iniciativa de criar este tópico. Idea

E pena é que os restantes federados e participantes deste forúm não participem mais activamente nas discussões

Em relação ao post do Rui: penso que neste momento a fpo (entendendo fpo por toda a comunidade orientista de Portugal) precisa de evoluir em várias vertentes.
E verdade. O aproveitamento que temos na captação de jovens é insuficiente. Nisso concordo plenamente com a sua opinião de que é necessária uma promoção mais ofensiva da modalidade perante a população.

Apesar disto, evolução na promoção não chega. E necessário aumentar a qualidade do que fazemos! E impossível formar atletas competentes e capazes se o meio envolvente não acompanhar as exigências dos mesmos.
Há que tornar os eventos atractivos.
Há que eliminar margens para erros técnicos, quer estes sejam na ordem da cartografia, dos traçados dos percurso ou mesmo na logística da provas. Se a mensagem que transmitirmos aos iniciantes for de uma modalidade madura, experiente e desafiante estou seguro que eles voltarão a experimentar ou pelo menos tentarão informar-se sobre o assunto e, quem sabe, falar da orientação aos amigos.

Para este último ponto as selecções são um ponto fulcral.
Estas são o fruto de todo o trabalho que é desenvolvido no meio. São o resultado do nosso aproveitamento da modalidade. Poderão mostrar evolução, aí os atletas preparam-se para as competições internacionais de relevo (tendo na preparação a contribuição das provas TP, estágios de treinos específicos, etc) e tem técnicos dedicados e capacitados a acompanha-los (sim, porque os técnicos desempenham os papéis mais essenciais na preparação. Ter alguém inexperiente é completamente diferente de ter alguém com conhecimento da modalidade, das técnicas de treino mais actuais e de como anda a orientação pelo mundo e não apenas no nosso país).
Quero com isto dizer que todos estes pontos estabelecem uma simbiose. Nenhum poderá alcançar sucesso sem que o outro o acompanhe. E esta a infeliz realidade que nos mantém largos passos atrás dos pólos orientistas mundiais.

Mas não há que desesperar, não ainda!
Talvez se todos começarmos a pensar em prol do mesmo objectivo [ORIENTAÇÂO] consigamos lá chegar. Não é um caminho fácil, exige empenho por parte de todos, exige sacrifício, exige que ponhamos os interesses da modalidade a frente dos nossos.

Será que lá vamos chegar??Rolleyes


Abraço,

Fábio Silva
fed nº 4563
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